domingo, 3 de junho de 2012

Drácula de Bram Stoker - vampiros e Coppola


Tudo começa quando um jovem corretor de imóveis (ou algo do tipo) chamado Johnattan de Londres viaja até o final da Transilvânia, na região dos cárpatos europeus para assinar um contrato de venda de imóveis (digamos assim) localizados em diversos pontos de Londres para um velho conde que mora num castelo abandonado e longe de tudo. O nome desse conde: Conde Dracule. Já fica claro, então, quem esse velho estranho realmente é: o famoso Conde Drácula. 
Breve histórico sobre Drácula: ele, inicialmente, foi um soldado corajoso e carniceiro que lutava a favor da igreja católica, durante a idade média, contra os turcos que haviam avançando contra o império do catolicismo. Durante essa batalha, ele teve que deixar de lado sua amada, a princesa Elisabeta, que se suicidou ao receber uma falsa carta dizendo que seu amado havia morrido em batalha. A partir daí, tornou-se ainda mais violento, conturbado, perigoso e rompeu de vez não só com a igreja a quem defendia como também com o Deus em que acreditava, tornando-se, assim, uma criatura das trevas fadada a vagar pela eternidade sem descanso (também conhecido como vampiro).
Voltando ao século XIX, o conde Drácula está tão interessado em Johnattan e na Inglaterra porque é lá que vive a jovem e inocente Mina. A questão é que Mina não é uma pessoa qualquer, ela é a reencarnação de Elisabeta, e tudo que Drácula mais quer é tê-la para si de novo para que juntos passem toda a eternidade, já que em vida não puderam ficar juntos. Isso vai dar certo? 
Drácula de Bram Stoker (Bram Stoker's Dracula, 1992) é uma história de vampiros como há tempos eu não via. Para ser mais exato, desde que vi Entrevista com o vampiro que não via nada interessante sobre o gênero. Aqui, tem tudo que originalmente um conto vampiresco deve ter: violência, sangue, sedução, fanatismo, medo, devoção e por aí vai. Tudo (ou quase tudo) que Coppola faz é de qualidade, e aqui não é diferente. Pode ser um filme à parte em sua filmografia, mas também tem suas qualidades. Conta também com um elenco cheio de atores conhecidos. Destaque para o bom e velho Gary Oldman interpreta o Conde Drácula da melhor forma possível. É sério, é de longe a melhor personagem do filme e ele é realmente assustador, como a personagem deve ser. Muito bom. A então jovem e no auge de sua carreira Winoma Ryder interpreta Mina/Elisabeta também muito bem. A carinha meiga da atriz ajuda na construção de personagens desse tipo, mas também não deixa a desejar nas cenas mais intensas de suas personagens. Falando em Winoma, ele teve uma participação importante no filme, pois o roteiro de Drácula foi apresentado a Coppola através da atriz, logo após ela ter recusado um papel em O poderoso chefão, parte III por motivos de saúde. Outros rostos bem conhecidos no filme são o de Keanu Reeves, como o coitado do Johnattan, e do bom e velho Anthony Hopkins, como ninguém mais ninguém menos que Van Helsing. 
Então, se você estiver interessado em ver um bom filme de vampiros – não essas porcarias água com açúcar que tem hoje em dia (não preciso citar nomes) – Drácula de Bram Stoker é a minha recomendação.

por Lucas Moura

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