sábado, 14 de maio de 2016

Sagaranando recomenda: Esta terra selvagem

Um romance tenso e curto, capaz de prender o leitor do início ao fim. A história se passa em São Paulo e perpassa pela vida de João, jornalista policial que investiga crimes hediondos na cidade. Tudo se inicia quando ele conhece umas das vítimas, a qual lhe dá pistas sobre os crimes. A história se desenvolve na busca de novas pistas, que levam a um grupo composto, principalmente, por jovens. Esses cometem crimes de cunho xenófobos, racistas e homofóbicos.

Um livro para se apreciar uma leitura em poucas horas, já que possui apenas 112 páginas. De leitura fácil e muito bem escrito, a obra conta com excelentes diálogos e cenas de arrepiar e ficar horrorizado com tanto ódio. Infelizmente, algo não tão distante de nossa realidade. Eu gostei bastante do livro, por ser um assunto que incomoda bastante. Por ser um tema de suma importância, poderia ser melhor debatido e aprofundado, porém poderia perder a sensação de que você está descendo uma ladeira ao ler, de tão fácil que é a leitura.

O texto foi escrito por Isabel Moustakas, que vive em São Paulo e é formada em direito. Não se sabe muito sobre ela, porém há boatos que sejam apenas um pseudônimo de um escritor experiente. 

Luís Filipe Oliveira é médico.

sexta-feira, 13 de maio de 2016

Filmes pro final de semana - 13/05

1. What Happened, miss Simone? (2015)
Um documentário do Netflix que todo mundo deve assistir. Uma história de vida dramática que todos devem conhecer. A vida de Eunice Waymon, consagrada com o nome artístico de Nina Simone, se confunde com a luta pelos direitos civis nos Estados Unidos. Nascida nos anos 30 em uma pequena cidade da Carolina do Norte, a pobre menina negra aprendeu a tocar piano na igreja com apenas quatro anos. Aos sete, numa apresentação, chamou a atenção de uma senhora branca, que passou a lhe ensinar os maiores mestres da música clássica. Na mesma ocasião, conheceu o preconceito - seus pais tiveram de se sentar na última fila. Recusada por um conservatório, ela acabou tocando e cantando em bares, onde foi descoberta e a partir de então projetada como uma estrela. O casamento conturbado, a difícil relação com os filhos, a forte presença no movimento negro e a luta contra os próprios demônios são os grandes elementos muito bem abordados pelo filme que ajuda a preservar a memória de quem foi uma artista única e uma mulher mais singular ainda.
Nota: 9,5/ 10
2. A Bela e a Fera (The Beauty and the Beast, 1991)
Uma das poucas animações a concorrer ao Oscar de melhor filme (e salvo engano, a primeira), esse querido clássico conto de fadas figura entre os maiores sucessos da Disney. A história dispensa apresentação, mas caso algum ET leia isso... França, século XVIII. Num pequeno vilarejo vive o inventor Maurice com sua linda filha Bela. Certa vez, numa viagem, Maurice se perde numa floresta e acaba encontrando um castelo habitado por móveis encantados e uma horrível fera, que o faz prisioneiro. Bela chega até seu pai com a ajuda do cavalo dele e ao ver o destino de Maurice, se oferece à Fera para ficar no lugar dele. A Fera aceita, e com o passar do tempo os dois aprendem a conviver um com o outro. E blablablá, conto de fadas né amigos? Mas é show de bola. Uma de minhas animações preferidas, e meu conto de fadas preferido. Numa vida tão atribulada e corrida, é bom relembrar os prazeres da infância de vez em quando.
Nota: 9,0/ 10
3. Thelma & Louise (1991)
Um road movie que ganhou, entre muitos elogios, o de feminista, Thelma e Louise é a mal sucedida viagem de fim de semana de duas amigas que toma enormes e complicadas proporções. Thelma (Geena Davis) é uma dona de casa subjugada pelo marido machista e troglodita, que resolve aceitar o convite da amiga Louise (Susan Sarandon), uma animada garçonete, de passar o fim de semana numa casa de campo. No caminho, um incidente com um estuprador em potencial põe as duas amigas no rastro da polícia, enquanto elas fogem pelo interior dos Estados Unidos pensando em ir para o México. São vários os motivos do sucesso do filme, sendo os principais feminilizar um gênero até então exclusivo de personagens masculinas e sensibilizar todos os gêneros, raças e classes ao apresentar duas heroínas cuja grande batalha era sobreviver à realidade diária.
(além disso, temos aqui a selfie mais linda e conhecida do cinema)
Nota: 10
4. Uma linda mulher (Pretty Woman, 1990)
Tem muito tempo que eu quero falar sobre esse filme. Presença constante nas noites de sexta da Tela de sucessos do SBT, essa maravilhosa comédia romântica é queridíssima pelos cinéfilos e fez de Richard Gere e principalmente Julia Roberts dois queridinhos do grande público. Vivian (Roberts) é a Cinderela do fim do século XX, uma prostituta de Beverlly Hills que conhece o solitário e milionário Edward (Gere), que lhe faz a oferta de uma semana de companhia, recebendo todos os honorários por isso. A convivência mostra que os dois têm bom coração, bom humor e são bem mais do que os estereótipos sugerem. Embalados pelo clássico Oh, pretty woman, ambos se transformam ao longo do filme. A prostituta consegue se tornar uma dama (recatada e do lar) e o executivo mostra que é capaz de relaxar e ser sensível. Um filme tão irresistível quanto o enorme sorriso de Julia Roberts, capaz de chamar mais atenção que as minúsculas roupas de sua personagem.
Nota: 9,5/ 10
5. Wall Street - Poder e Cobiça (Wall Street, 1987)
Nos bastidores do poderoso mercado financeiro, Buddy Fox (Charlie Sheen) é um jovem e ambicioso corretor da bolsa de valores que tem origem simples mas um futuro muito promissor. Seu sonho é conhecer Gordon Genkko (Michael Douglas), um dos maiores investidores da cidade e implacável nos negócios. Quando surge a oportunidade, Fox mergulha de cabeça e se fascina pelo mundo de luxo e poder propiciado por transações envolvendo informações privilegiadas. Mas nada vem de graça na vida, e a rápida ascensão tem um preço moral muito caro a ser cobrado. Pra quem gostou de O Lobo de Wall Street (2013) ou mesmo de Wall Street: o dinheiro nunca dorme (2010), que é continuação deste, fica reforçada a recomendação.
Nota: 8,5/ 10

Luís F. Passos