Num belo sábado, depois que saio da aula, estava no shopping e como de costume, entrei na livraria (se você é de Aracaju, sabe qual é). Aí enquanto andava meio sem rumo entre as prateleiras, achei Menino de engenho. Uma coincidência mais que feliz. Sempre ouvi falar do livro, principalmente depois de estudar modernismo. Além disso, minha mãe gosta muito dele, mais um motivo pra comprá-lo.
Como disse no post de domingo, é o livro de estreia de José Lins do Rêgo. E sinceramente, não poderia ter começado melhor. Aproveitando o clima social que dominava a literatura, Lins decidiu escrever sobre o universo canavieiro, onde cresceu e do qual entendia bem.
O livro narra a infância de Carlos de Melo, o Carlinhos, que vai morar no engenho de seu avô, o Coronel José Paulino, depois que seu pai mata a esposa numa crise de esquizofrenia. Carlinhos encontra em sua tia Maria a figura da mãe que perdera, apesar disso ele é criado com uma certa liberdade que beira o descuido. Assim, ao lado dos primos e de outras crianças que moravam no engenho, ele vê o mundo, aprende sobre o bem e o mal, e é apresentado precocemente a certos vícios e à adolescência (com oito anos, fazia visitas ao curral, onde fazia "bobagem" com as cabras).
O grande herói do livro é o avô, visto por Carlinhos como um poderoso e justo senhor feudal, amado por todos os seus súditos. Às vezes o coronel chega a ser comparado a um deus, de grandeza inatingível. Em consequência disso, Carlinhos, por ser neto, se considera merecedor a atenção e do mimo de todos, já que é o "coronelzinho". Uma coisa interessante: enquanto em Menino de engenho o coronel José Paulino tem essa boa imagem, em Fogo Morto ele é descrito como mais um dos poderosos da região, interessado apenas em seus lucros. Isso porque diferente do primeiro livro, Fogo Morto não é saudosista e autobiográfico.
Carlinhos conhece o amor com a prima Maria Clara, que vem do Recife passar alguns dias no engenho. A menina era mais velha e contava a ele as belezas da cidade grande. Quando a prima foi embora, ficou a saudade. Esse foi o amor puro, porque o sexo Carlinhos descobriu com Zefa Cajá, um tipo de "mulher de todos". E por ser de todos, era um poço de doenças; o menino contraiu sífilis. Depois de ficar muito doente, mas se recuperar, o avô decide "consertá-lo" mandando para um colégio interno. E é esse o tema de Doidinho, livro seguinte do grande José Lins do Rêgo.
Como disse no post de domingo, é o livro de estreia de José Lins do Rêgo. E sinceramente, não poderia ter começado melhor. Aproveitando o clima social que dominava a literatura, Lins decidiu escrever sobre o universo canavieiro, onde cresceu e do qual entendia bem.
O livro narra a infância de Carlos de Melo, o Carlinhos, que vai morar no engenho de seu avô, o Coronel José Paulino, depois que seu pai mata a esposa numa crise de esquizofrenia. Carlinhos encontra em sua tia Maria a figura da mãe que perdera, apesar disso ele é criado com uma certa liberdade que beira o descuido. Assim, ao lado dos primos e de outras crianças que moravam no engenho, ele vê o mundo, aprende sobre o bem e o mal, e é apresentado precocemente a certos vícios e à adolescência (com oito anos, fazia visitas ao curral, onde fazia "bobagem" com as cabras).
O grande herói do livro é o avô, visto por Carlinhos como um poderoso e justo senhor feudal, amado por todos os seus súditos. Às vezes o coronel chega a ser comparado a um deus, de grandeza inatingível. Em consequência disso, Carlinhos, por ser neto, se considera merecedor a atenção e do mimo de todos, já que é o "coronelzinho". Uma coisa interessante: enquanto em Menino de engenho o coronel José Paulino tem essa boa imagem, em Fogo Morto ele é descrito como mais um dos poderosos da região, interessado apenas em seus lucros. Isso porque diferente do primeiro livro, Fogo Morto não é saudosista e autobiográfico.
Carlinhos conhece o amor com a prima Maria Clara, que vem do Recife passar alguns dias no engenho. A menina era mais velha e contava a ele as belezas da cidade grande. Quando a prima foi embora, ficou a saudade. Esse foi o amor puro, porque o sexo Carlinhos descobriu com Zefa Cajá, um tipo de "mulher de todos". E por ser de todos, era um poço de doenças; o menino contraiu sífilis. Depois de ficar muito doente, mas se recuperar, o avô decide "consertá-lo" mandando para um colégio interno. E é esse o tema de Doidinho, livro seguinte do grande José Lins do Rêgo.
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