Primeiramente, vamos às apresentações básicas. Sou Lucas Moura, 18 anos, cinéfilo, atualmente desocupado, e amigo do mais desocupado ainda dono deste blog e resolvi fazer pequenas participações aqui falando sobre meu hobbie: cinema! Então, de tempos em tempos pretendo aparecer aqui fazendo comentários, positivos ou não, sobre filmes dos mais diversos gêneros e épocas. De Casablanca a O hóspede quer bananas, nada será perdoado! Hehe
Então é isso, o filme escolhido para ser minha primeira postagem é o maravilhoso Vicky Cristina Barcelona (2008) do meu diretor preferido, Woody Allen. Ao analisar a possibilidade de postar algo sobre cinema nesse espaço não pensei duas vezes em escolher algum filme de Woody e como tinha visto recentemente (e gostado ainda mais que da primeira vez, diga-se de passagem) Vicky Cristina Barcelona resolvi falar sobre ele.
Primeiro vamos a um resumo básico do enredo do filme. Vicky e Cristina são duas amigas que decidem passar uns tempos na cidade de Barcelona. Vicky vai à cidade com o intuito de estudar para sua tese sobre identidade catalã está noiva de um homem de negócios bem sucedido que dá a estabilidade que, teoricamente, ela sempre procurou no seu conceito do que seria o amor. Cristina é passional, tem um ponto de vista amoroso totalmente diferente de Vicky, e não teme sair magoada de uma relação se durante o tempo que ela durar valer a pena. Não sabe o que quer, só sabe o que não quer.
Durante um jantar, após passeios turísticos pela cidade, as duas conhecem o sedutor Juan Antonio que as convida a passar um final de semana de vinho, música e sexo (é, ele é meio direto) na vila de Oviedo. Vicky não mostra nenhum interesse, diferente de Cristina. Em Oviedo, após Cristina ficar doente, Vicky e Juan Antonio saem para passear pela cidade, um vinhozinho aqui..uma musiquinha espanhola ali..enfim, acho que vocês já entenderam. Voltando a Barcelona, parece que tudo voltou ao normal. O noivo de Vicky chega a cidade e Cristina passa a ter um relacionamento firme com Juan Antonio. As coisas parecem seguir pelo caminho certo, mas as experiências vividas por Vicky em Oviedo e a aparição de seu noivo e da impulsiva Maria Helena dão um novo rumo ao filme.
Vicky Cristina é um filme sobre o choque de cultura no qual duas mulheres se vêem envolvidas por um espanhol sedutor. Juan Antonio é o oposto daquilo que Vicky procurava no amor, mas depois de Oviedo ela se sente cada vez mais atraída por ele (chegando a procurá-lo, desastrosamente, nos momentos finais do filme), mas seus valores morais tão enraizados não permitem que ela viva o que Cristina está vivendo: uma relação amorosa plena, livre e totalmente não casual com Juan Antonio. Nas palavras de Vicky: “nunca tive a coragem de Cristina”, coragem capaz de romper tabus sexuais a ponto da relação entre ela e Juan Antonio ter mais uma terceira pessoa, a explosiva Maria Helena, ex- mulher de Juan Antonio, pintora e totalmente desequilibrada psicologicamente. Os dois se amam muito, mas tinham uma relação altamente destrutiva e Cristina aparece como um elemento de equilíbrio na relação. Em termos mais diretos, o ménage dá certo. Eles vivem felizes, Cristina aprende sobre amor e arte, Maria Helena está em paz, tudo vai bem. A estabilidade dessa relação é tão frágil que a saída de Cristina, com sua personalidade confusa e incerta é difícil se manter parada em uma relação, Maria Helena e Juan Antonio voltam a se desentender (causando o pequeno desastre no final).
Vicky Cristina é um filme sobre o choque de cultura no qual duas mulheres se vêem envolvidas por um espanhol sedutor. Juan Antonio é o oposto daquilo que Vicky procurava no amor, mas depois de Oviedo ela se sente cada vez mais atraída por ele (chegando a procurá-lo, desastrosamente, nos momentos finais do filme), mas seus valores morais tão enraizados não permitem que ela viva o que Cristina está vivendo: uma relação amorosa plena, livre e totalmente não casual com Juan Antonio. Nas palavras de Vicky: “nunca tive a coragem de Cristina”, coragem capaz de romper tabus sexuais a ponto da relação entre ela e Juan Antonio ter mais uma terceira pessoa, a explosiva Maria Helena, ex- mulher de Juan Antonio, pintora e totalmente desequilibrada psicologicamente. Os dois se amam muito, mas tinham uma relação altamente destrutiva e Cristina aparece como um elemento de equilíbrio na relação. Em termos mais diretos, o ménage dá certo. Eles vivem felizes, Cristina aprende sobre amor e arte, Maria Helena está em paz, tudo vai bem. A estabilidade dessa relação é tão frágil que a saída de Cristina, com sua personalidade confusa e incerta é difícil se manter parada em uma relação, Maria Helena e Juan Antonio voltam a se desentender (causando o pequeno desastre no final).
Acho que a intenção de Woody nesse filme foi mostrar a questão da moralidade e de como agimos quando tudo aquilo em que acreditamos se encontra em cheque depois de algo que muda nossas vidas. O filme também fala sobre o amor, sobre a liberdade nos relacionamentos e, como não poderias faltar em um filme de Woody Allen, sobre as incertezas e confusões da mente do homem moderno. Em alguns momentos, sobretudo o relacionamento triplo e a personagem de Maria Helena, me lembrou Almodóvar.
Quanto às atuações, ótimas como eram de se esperar. Rebecca Hall dá o tom perfeito para a moralista Vicky, dando aquele ar de quem luta contra seus próprios sentimentos. Muito se fala sobre Penélope e Scarlett, mas Rebecca não fica atrás de nenhuma das duas, muito pelo contrário, as atuações aqui são todas do mesmo nível, e bem alto por sinal. Em Scarlett Johansson, atual musa de Allen, Cristina caiu como uma luva. Parabéns também para o sempre competente Javier Bardem. Outro papel menor porém decisivo que me chamou muito a atenção foi o de Patricia Clarkson que vive a anfitriã e parente de Cristina que hospeda as amigas na cidade. Ela é o que Vicky será se continuar com seu plano de vida sem graça: triste, solitária, entediada. Ama o marido mas não está apaixonada por ele há anos. Sua tentativa de ajudar a amiga a viver uma vida diferente da sua terá conseqüências no final do filme (que eu não quero revelar!). não vamos esquecer, é claro, da vencedora do Oscar de melhor atriz coadjuvante, Penelope Cruz que dá forma a Maria Helena, minha personagem preferida do filme. Para mim soou como um daqueles casos de “não consigo ver outra pessoa nesse papel!”, ficou totalmente perfeito e seu Oscar foi merecidíssimo.
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