quinta-feira, 7 de julho de 2011

Zoya

Zoya foi escrito por Danielle Steel. Então não preciso dizer que é bonito. O bacana é que consegue ser bonito mesmo com tanta tristeza - a história é cheia de altos e baixos, e são as reações da protagonista que tornam o livro tão bonito.
Na Rússia de 1917, vivia uma menina de dezoito anos chamada Zoya Ossupov. Mas não era uma menina comum: seu pai era conde e primo do czar Nicolau II. A família de Zoya vivia num palacete e tinha uma vida luxuosa. Mas 1917 não era um bom ano na Rússia, especialmente pra quem tinha sangue sobre, pois estourou a primeira revolução socialista do mundo. Em meio às revoltas populares, o pai e o irmão de Zoya morreram, e quando ela fugia de sua casa, sua mãe morreu num incêndio, restando a ela apenas a avó e o velho empregado da família, Feodor. Depois de passar uma semana junto à família imperial, eles fogem para Paris, onde as condições de vida estavam difíceis por causa da Primeira Guerra. Com poucos meses na capital francesa, Zoya perde a avó e Feodor, e quase morre de fome e desgosto até conhecer o capitão do exército americano Clayton Andrews, por quem se apaixona, casando-se com ele e mudando-se para Nova York.
Andrews investia na bolsa de valores, o que garantiu ao casal e aos seus dois filhos, Nicolau e Sasha uma vida bastante confortável, até que, em 1929, houve a queda da bolsa, que acabou com várias empresas e milhões de empregos. Falido, o capitão morre de um ataque cardíaco. Zoya e seus filhos mudam-se para um apartamento modesto e ela arruma um emprego noturno, que abandona quando um incêndio destruiu quase todos seus pertences e quase matou as crianças.
Então Zoya resolve fazer valer o seu título de condessa e consegue um emprego numa das mais caras grifes de NY, onde se destaca junto à patroa, chegando a ser convidada para viagens à Europa para assistir desfiles nas principais cidades da moda. Numa dessas viagens Zoya conhece o milionário da indústria têxtil Simon Hirsch, com quem se casa e tem um novo filho, Mateus.
Em 1939 começou a Segunda Guerra Mundial, na qual os EUA entraram em 1941. Simon decidiu se voluntariar e foi morto em combate. Novamente viúva, Zoya decidiu se dedicar aos negócios, principalmente à sua loja de departamentos, Condessa Zoya. Com o passar do tempo ela se envolve com o advogado Paul Kelly, mas não oficializa o romance. Outra tragédia marca a vida de Zoya: a morte de Sasha, com apenas 21 anos, que deixa uma filha, Zoe.
Zoya é uma história de esperança. Mesmo após sucessivas tragédias, a protagonista consegue se reerguer, e encontrar motivos para viver. Ao final do livro, ela resolve viajar à Russia pela primeira vez depois da Revolução com sua neta Zoe, e relembrar sua querida infância.

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