Hoje é
aniversário de uma das melhores atrizes do cinema dos últimos anos: Kate
Winslet. Nome conhecido entre cinéfilos ou não, Kate é uma combinação perfeita
de popularidade e talento, sendo, ao mesmo tempo, uma atriz extremamente reconhecida
por público e crítica, tendo em sua filmografia uma lista extensa de trabalhos
dos mais diversos possíveis.
A carreira de
sucesso de Kate iniciou-se em 1994 com Almas
gêmeas, filme Cult/independente do então desconhecido Peter Jackson (o nome
por trás da trilogia O senhor dos anéis
e também por O hobbit, King Kong entre outros filmes bons e
megalomaníacos). Com seu reconhecimento por este trabalho, Kate conseguiu um
papel de coadjuvante na adaptação de Ang Lee da obra de Jane Austen, Razão e sensibilidade, pela qual recebeu
sua primeira indicação ao Oscar (como melhor atriz coadjuvante). Os sucesso
destes dois trabalhos, e de outros menores, levaram Kate a ser escalada para o
filme mais grandioso dos anos 90: Titanic.
Como não associar o nome da atriz com Rose, sua personagem principal neste
filme? O sucesso estrondoso (pra dizer o
mínimo) de Titanic a elevou
automaticamente a categoria mais alta de Hollywood, de onde não saiu nesse
últimos 16 anos.
Apesar de ter
tomado frente de um projeto tão popular e dispendioso como Titanic, Kate Winslet nunca demonstrou grande interesse em filmes
megalomaníacos como este. De fato, se for analisar minimamente a carreira da
atriz percebe-se claramente que Titanic
é um estranho no ninho dentre todos seus trabalhos, que são, em sua maioria
esmagadora, filmes menores, para públicos mais restritos e, principalmente,
filmes muito pessoais. Então, nos anos que se seguiram após Titanic, Kate não
pontuou superproduções hollywoodianas, mas sim pequenos filmes, sejam mais
ácidos como Contos proibidos do marquês
de Sade ou mais intimistas como Iris.
Ao longo dos
anos 2000, Kate praticamente reinou no cinema americano, colecionando quatro
indicações ao Oscar (as outras duas vieram ainda nos anos 90 – Razão e sensibilidade e Titanic, obviamente). Esses quatro
filmes foram: Iris, Brilho eterno de uma mente sem lembranças,
Pecados íntimos e, o filme que lhe
deu o prêmio: O leitor. O
interessante é notar que estes filmes são incrivelmente divergentes entre si. Iris é mais intimista. Brilho eterno é um romance totalmente
fora do padrão convencional em que Kate vive uma antológica Clementine. Pecados íntimos mostra a atriz mais
sexual do que nunca (sexualidade – não vulgaridade – é um elemento marcante em
quase todas as personagens de Kate). O
leitor talvez seja o que exigiu uma maior carga dramática e veio no mesmo
ano que um interessantíssimo e desconfortável Foi apenas um sonho, filme que recria a parceria com Leonardo Di
Caprio em que os dois vivem o fim do sonho americano. Assistir Foi apenas um sonho é uma experiência
muito curiosa de observação da evolução artística dos dois atores. Por Foi apenas um sonho, venceu o Globo de
ouro de melhor atriz (sendo que na mesma edição do prêmio venceu melhor atriz
coadjuvante por O leitor –
massacrando a concorrência).
Atualmente,
Kate Winslet pisou um pouco no freio e apresenta um número menor de grandes
trabalhos como fazia nos anos 2000, mas mesmo assim ainda foi capaz de
transportar seu talento para a televisão, onde protagonizou a adaptação do
filme dos anos 40, Mildred Pierce
(papel originalmente vivido por Joan Crawford), em que interpretou o papel
principal e ganhou todos os principais prêmios de atuação feminina para a
televisão (SAG, Emmy e Globo de Ouro). A impressão que dá é que a versatilidade
e o talento de Kate são mesmo inesgotáveis.
Filmes que
vocês não podem deixar de ver: Razão e
sensibilidade, Titanic (caso algum alien não tenha visto ainda), Brilho eterno de uma mente sem lembranças, Pecados
íntimos, O leitor e Foi apenas um
sonho.
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