sábado, 5 de outubro de 2013

Kate Winslet

Hoje é aniversário de uma das melhores atrizes do cinema dos últimos anos: Kate Winslet. Nome conhecido entre cinéfilos ou não, Kate é uma combinação perfeita de popularidade e talento, sendo, ao mesmo tempo, uma atriz extremamente reconhecida por público e crítica, tendo em sua filmografia uma lista extensa de trabalhos dos mais diversos possíveis.


A carreira de sucesso de Kate iniciou-se em 1994 com Almas gêmeas, filme Cult/independente do então desconhecido Peter Jackson (o nome por trás da trilogia O senhor dos anéis e também por O hobbit, King Kong entre outros filmes bons e megalomaníacos). Com seu reconhecimento por este trabalho, Kate conseguiu um papel de coadjuvante na adaptação de Ang Lee da obra de Jane Austen, Razão e sensibilidade, pela qual recebeu sua primeira indicação ao Oscar (como melhor atriz coadjuvante). Os sucesso destes dois trabalhos, e de outros menores, levaram Kate a ser escalada para o filme mais grandioso dos anos 90: Titanic. Como não associar o nome da atriz com Rose, sua personagem principal neste filme? O sucesso  estrondoso (pra dizer o mínimo) de Titanic a elevou automaticamente a categoria mais alta de Hollywood, de onde não saiu nesse últimos 16 anos.

Apesar de ter tomado frente de um projeto tão popular e dispendioso como Titanic, Kate Winslet nunca demonstrou grande interesse em filmes megalomaníacos como este. De fato, se for analisar minimamente a carreira da atriz percebe-se claramente que Titanic é um estranho no ninho dentre todos seus trabalhos, que são, em sua maioria esmagadora, filmes menores, para públicos mais restritos e, principalmente, filmes muito pessoais. Então, nos anos que se seguiram após Titanic, Kate não pontuou superproduções hollywoodianas, mas sim pequenos filmes, sejam mais ácidos como Contos proibidos do marquês de Sade ou mais intimistas como Iris.


Ao longo dos anos 2000, Kate praticamente reinou no cinema americano, colecionando quatro indicações ao Oscar (as outras duas vieram ainda nos anos 90 – Razão e sensibilidade e Titanic, obviamente). Esses quatro filmes foram: Iris, Brilho eterno de uma mente sem lembranças, Pecados íntimos e, o filme que lhe deu o prêmio: O leitor. O interessante é notar que estes filmes são incrivelmente divergentes entre si. Iris é mais intimista. Brilho eterno é um romance totalmente fora do padrão convencional em que Kate vive uma antológica Clementine. Pecados íntimos mostra a atriz mais sexual do que nunca (sexualidade – não vulgaridade – é um elemento marcante em quase todas as personagens de Kate). O leitor talvez seja o que exigiu uma maior carga dramática e veio no mesmo ano que um interessantíssimo e desconfortável Foi apenas um sonho, filme que recria a parceria com Leonardo Di Caprio em que os dois vivem o fim do sonho americano. Assistir Foi apenas um sonho é uma experiência muito curiosa de observação da evolução artística dos dois atores. Por Foi apenas um sonho, venceu o Globo de ouro de melhor atriz (sendo que na mesma edição do prêmio venceu melhor atriz coadjuvante por O leitor – massacrando a concorrência).

Atualmente, Kate Winslet pisou um pouco no freio e apresenta um número menor de grandes trabalhos como fazia nos anos 2000, mas mesmo assim ainda foi capaz de transportar seu talento para a televisão, onde protagonizou a adaptação do filme dos anos 40, Mildred Pierce (papel originalmente vivido por Joan Crawford), em que interpretou o papel principal e ganhou todos os principais prêmios de atuação feminina para a televisão (SAG, Emmy e Globo de Ouro). A impressão que dá é que a versatilidade e o talento de Kate são mesmo inesgotáveis.


Filmes que vocês não podem deixar de ver: Razão e sensibilidade, Titanic (caso algum alien não tenha visto ainda), Brilho eterno de uma mente sem lembranças, Pecados íntimos, O leitor e Foi apenas um sonho.

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