1. A morte passou por perto (Killer’s Kiss, 1954)
A longa carreira de mais de quarenta anos de Stanley Kubrick produziu apenas treze filmes, sendo mais conhecidos os dez que ele lançou a partir de 1957 (de Glória feita de sangue a De olhos bem fechados), quando seu nome passou a possuir fama e prestígio em Hollywood. Mas seus três primeiros filmes também merecem a atenção do público, tanto por valor histórico e também por terem a qualidade que levou Kubrick ao panteão de maiores artistas do cinema. Seu segundo longa, A morte passou por perto, ainda não é bem um longa (menos de 70 minutos de duração), mas conta uma história intensa e interessante. Um boxeador veterano, Darvey Gordon, que há algum tempo vinha decepcionando as plateias, se envolve com uma jovem dançarina de um clube noturno, sem ter noção de quão perigoso é o romance. Bem, só dá pra dizer isso da história, além de que há cenas muito boas de perseguições, ameaças e luta corporal. Outro detalhe bacana é que este filme promoveu o nome do diretor, o fez conseguir recursos para um filme maior (que foi o seguinte, O grande golpe) e não demorou para que Kubrick dirigisse grandes produções.
Nota: 7,5/ 10
2. Os sonhadores (The dreammers, 2003)
Que Bernardo Bertolucci é um diretor polêmico, nem preciso dizer; basta lembrar de filmes como O último tango em Paris. E um de seus mais conhecidos trabalhos dos últimos anos (e consequentemente, polêmicos) foi Os sonhadores, de 2003, que acompanha um jovem americano que estuda em Paris, Matthew (Michael Pitt) que conhece os irmãos gêmeos Theo (Louis Garrel) e Isabelle (Eva Green), ambos apaixonados por cinema como eles. Os irmãos são filhos de um casal de intelectuais que parte numa viagem, e Matthew é convidado para passar um tempo na casa deles. Não preciso dizer que a estadia de Matthew é marcada por eventos no mínimo estranhos, que são um misto de cinefilia, filosofia e sexo – não exatamente relações sexuais, mas várias formas de expressão do sexo. Por trás da sexualidade e eventuais bizarrices, temos aqui um ótimo filme sobre o cinema antigo das décadas de 20 e 30 e a nouvelle vague nos anos 60, além de acompanhar o espírito juvenil durante a inquietação política que marcou a França no ano de 68.
Nota: 9,0/ 10
3. Batman Begins (2005)
Algum membro de uma tribo isolada ou um alienígena pode estranhar, mas o filme menos conhecido as trilogia Batman de Christopher Nolan é o primeiro, Batman Begins. Não que poucas pessoas tenham visto, mas o sucesso dos dois filmes seguintes foi muito maior do que o do primeiro. E apesar de ser um bocado inferior a O Cavaleiro das Trevas, Begins também tem seus créditos e merece sim ser visto. Nele vemos a origem do homem morcego, numa Gotham contaminada pelo crime e pela corrupção. Bruce Wayne (Christian Bale), herdeiro do bilionário conglomerado de empresas da família, é um órfão que perdeu seus pais num assalto e foi criado pelo fiel mordomo Alfred (Michael Caine). Decepcionado com a injustiça e a falta de moral da cidade, parte para uma remota região do Himalaia, onde aprende tudo que precisa para ser um símbolo da justiça que Gotham já não conhece, mas apesar de todo o treinamento, ele descobre que sua missão não é nada fácil. Na minha opinião, o diferencial de Batman Begins é mostrar o passo a passo da criação do Batman, o que a série anterior, cujos dois primeiros filmes são de Tim Burton, não fez.
Nota: 8,0/ 10
4. Dançando no escuro (Dancer in the dark, 2000)
Musical é bom e (quase) todo mundo gosta. Mas deixe de lado a idéia de filmes alegres onde as pessoas cantam do nada de tanto estarem felizes como Cantando na chuva ou mesmo os musicais mais problemáticos como Cabaret; a coisa aqui é muito mais pesada. O musical de Lars Von Trier acompanha a triste saga de uma operária tcheca que mora nos Estados Unidos, Selma (Bjork),que se esforça para juntar dinheiro para uma cirurgia que pode salvar seu filho da cegueira à qual ela própria já está condenada. Como válvula de escape para sua vida sofrida, Selma tem o cinema, onde sempre vai com sua amiga Cathy (Catherine Deneuve) e uma peça na qual atuará... a não ser que uma perversa sociedade a impeça. Como? De um jeito que causa dor a quem assiste. Não é uma questão de bizarrices como em Anticristo, mas o que Selma enfrenta também causa um desconforto enorme – especialidade do brilhante e sádico Lars Von Trier. Filme vencedor da Palma de Ouro e do Prêmio de atuação feminina em Cannes (Bjork).
Nota: 10
5. Hotel Ruanda (Hotel Rwanda, 2004)
Ambientado na Ruanda de 1994, quando a morte do presidente deu inicio a uma guerra civil entre as duas etnias do país, hutus e tutsis, Hotel Ruanda é centrado em Paul Rusesabagina (Don Cheadle), gerente do Hotel Des Milles Collines, propriedade de uma empresa belga. A guerra deu início a um genocídio em que a maioria hutu pretendia dizimar a minoria tutsi, e Paul se vê no meio disso tudo por ter um hotel cheio de turistas estrangeiros e por ser amigo do comandante das forças de paz da ONU no país. Com a ajuda de membros corruptos do governo e com a estrutura do hotel, Paul tenta salvar o maior número possível de tutsis – incluindo ele próprio e sua família. A coragem e solidariedade de Paul fazem sua história muito parecida com a de Oscar Schindler e sua lista; e assim como o filme de Spielberg, esse também é baseado em fatos reais.
Nota: 9,0/ 10
6. 72 horas (The next three days, 2010)
John (Russel Crowe) é um professor universitário casado com Lara (Elizabeth Banks) e tem um pequeno filho de três anos. A vida perfeita do casal desmorona quando Lara é acusada de assassinar brutalmente a chefe, é condenada e perde todos os recusos nos tribunais. Condenada à mais de vinte anos, após alguns anos ela perde a esperança e chega a tentar suicídio. John, desesperado, decide tirar sua mulher da prisão, ou morrer tentando. O problema é: como tirar alguém de um presídio de segurança máxima sem registro de fugas? O professor passa a juntar dinheiro e a lidar com todo tipo de gente se preparando para realizar o arriscado e quase impossível plano. Ação e tensão do primeiro ao último minuto, coroado com a ótima atuação de Crowe.
Nota: 7,0/ 10
7. Valente (Brave, 2012)
O décimo terceiro filme da Pixar é o primeiro a ter uma protagonista feminina. A princesa Merida, filha do rei Fergus e da rainha Elinor, é uma habilidosa arqueira que pretende traçar seu próprio destino, diferente de todas as outras princesas. Ela não pretende casar e viver num castelo, mas passar a vida atrás de aventuras. O principal obstáculo: sua mãe. E é por isso que Merida recorre a uma bruxa, mas a ajuda vem na forma de maldição. É justamente aí que Merida vai ter que demonstrar coragem como nunca, para desfazer a maldição enquanto é tempo. O filme é ótimo, muito engraçado e é impossível não se envolver com a história da jovem princesa de cabelos rebeldes e espírito indomável - detalhe pro cabelo ruivo, que parece estar pegando fogo e traduz perfeitamente a rebeldia da princesa.
Nota: 8,0/ 10
A longa carreira de mais de quarenta anos de Stanley Kubrick produziu apenas treze filmes, sendo mais conhecidos os dez que ele lançou a partir de 1957 (de Glória feita de sangue a De olhos bem fechados), quando seu nome passou a possuir fama e prestígio em Hollywood. Mas seus três primeiros filmes também merecem a atenção do público, tanto por valor histórico e também por terem a qualidade que levou Kubrick ao panteão de maiores artistas do cinema. Seu segundo longa, A morte passou por perto, ainda não é bem um longa (menos de 70 minutos de duração), mas conta uma história intensa e interessante. Um boxeador veterano, Darvey Gordon, que há algum tempo vinha decepcionando as plateias, se envolve com uma jovem dançarina de um clube noturno, sem ter noção de quão perigoso é o romance. Bem, só dá pra dizer isso da história, além de que há cenas muito boas de perseguições, ameaças e luta corporal. Outro detalhe bacana é que este filme promoveu o nome do diretor, o fez conseguir recursos para um filme maior (que foi o seguinte, O grande golpe) e não demorou para que Kubrick dirigisse grandes produções.
Nota: 7,5/ 10
2. Os sonhadores (The dreammers, 2003)
Que Bernardo Bertolucci é um diretor polêmico, nem preciso dizer; basta lembrar de filmes como O último tango em Paris. E um de seus mais conhecidos trabalhos dos últimos anos (e consequentemente, polêmicos) foi Os sonhadores, de 2003, que acompanha um jovem americano que estuda em Paris, Matthew (Michael Pitt) que conhece os irmãos gêmeos Theo (Louis Garrel) e Isabelle (Eva Green), ambos apaixonados por cinema como eles. Os irmãos são filhos de um casal de intelectuais que parte numa viagem, e Matthew é convidado para passar um tempo na casa deles. Não preciso dizer que a estadia de Matthew é marcada por eventos no mínimo estranhos, que são um misto de cinefilia, filosofia e sexo – não exatamente relações sexuais, mas várias formas de expressão do sexo. Por trás da sexualidade e eventuais bizarrices, temos aqui um ótimo filme sobre o cinema antigo das décadas de 20 e 30 e a nouvelle vague nos anos 60, além de acompanhar o espírito juvenil durante a inquietação política que marcou a França no ano de 68.
Nota: 9,0/ 10
3. Batman Begins (2005)
Algum membro de uma tribo isolada ou um alienígena pode estranhar, mas o filme menos conhecido as trilogia Batman de Christopher Nolan é o primeiro, Batman Begins. Não que poucas pessoas tenham visto, mas o sucesso dos dois filmes seguintes foi muito maior do que o do primeiro. E apesar de ser um bocado inferior a O Cavaleiro das Trevas, Begins também tem seus créditos e merece sim ser visto. Nele vemos a origem do homem morcego, numa Gotham contaminada pelo crime e pela corrupção. Bruce Wayne (Christian Bale), herdeiro do bilionário conglomerado de empresas da família, é um órfão que perdeu seus pais num assalto e foi criado pelo fiel mordomo Alfred (Michael Caine). Decepcionado com a injustiça e a falta de moral da cidade, parte para uma remota região do Himalaia, onde aprende tudo que precisa para ser um símbolo da justiça que Gotham já não conhece, mas apesar de todo o treinamento, ele descobre que sua missão não é nada fácil. Na minha opinião, o diferencial de Batman Begins é mostrar o passo a passo da criação do Batman, o que a série anterior, cujos dois primeiros filmes são de Tim Burton, não fez.
Nota: 8,0/ 10
4. Dançando no escuro (Dancer in the dark, 2000)
Musical é bom e (quase) todo mundo gosta. Mas deixe de lado a idéia de filmes alegres onde as pessoas cantam do nada de tanto estarem felizes como Cantando na chuva ou mesmo os musicais mais problemáticos como Cabaret; a coisa aqui é muito mais pesada. O musical de Lars Von Trier acompanha a triste saga de uma operária tcheca que mora nos Estados Unidos, Selma (Bjork),que se esforça para juntar dinheiro para uma cirurgia que pode salvar seu filho da cegueira à qual ela própria já está condenada. Como válvula de escape para sua vida sofrida, Selma tem o cinema, onde sempre vai com sua amiga Cathy (Catherine Deneuve) e uma peça na qual atuará... a não ser que uma perversa sociedade a impeça. Como? De um jeito que causa dor a quem assiste. Não é uma questão de bizarrices como em Anticristo, mas o que Selma enfrenta também causa um desconforto enorme – especialidade do brilhante e sádico Lars Von Trier. Filme vencedor da Palma de Ouro e do Prêmio de atuação feminina em Cannes (Bjork).
Nota: 10
5. Hotel Ruanda (Hotel Rwanda, 2004)
Ambientado na Ruanda de 1994, quando a morte do presidente deu inicio a uma guerra civil entre as duas etnias do país, hutus e tutsis, Hotel Ruanda é centrado em Paul Rusesabagina (Don Cheadle), gerente do Hotel Des Milles Collines, propriedade de uma empresa belga. A guerra deu início a um genocídio em que a maioria hutu pretendia dizimar a minoria tutsi, e Paul se vê no meio disso tudo por ter um hotel cheio de turistas estrangeiros e por ser amigo do comandante das forças de paz da ONU no país. Com a ajuda de membros corruptos do governo e com a estrutura do hotel, Paul tenta salvar o maior número possível de tutsis – incluindo ele próprio e sua família. A coragem e solidariedade de Paul fazem sua história muito parecida com a de Oscar Schindler e sua lista; e assim como o filme de Spielberg, esse também é baseado em fatos reais.
Nota: 9,0/ 10
6. 72 horas (The next three days, 2010)
John (Russel Crowe) é um professor universitário casado com Lara (Elizabeth Banks) e tem um pequeno filho de três anos. A vida perfeita do casal desmorona quando Lara é acusada de assassinar brutalmente a chefe, é condenada e perde todos os recusos nos tribunais. Condenada à mais de vinte anos, após alguns anos ela perde a esperança e chega a tentar suicídio. John, desesperado, decide tirar sua mulher da prisão, ou morrer tentando. O problema é: como tirar alguém de um presídio de segurança máxima sem registro de fugas? O professor passa a juntar dinheiro e a lidar com todo tipo de gente se preparando para realizar o arriscado e quase impossível plano. Ação e tensão do primeiro ao último minuto, coroado com a ótima atuação de Crowe.
Nota: 7,0/ 10
7. Valente (Brave, 2012)
O décimo terceiro filme da Pixar é o primeiro a ter uma protagonista feminina. A princesa Merida, filha do rei Fergus e da rainha Elinor, é uma habilidosa arqueira que pretende traçar seu próprio destino, diferente de todas as outras princesas. Ela não pretende casar e viver num castelo, mas passar a vida atrás de aventuras. O principal obstáculo: sua mãe. E é por isso que Merida recorre a uma bruxa, mas a ajuda vem na forma de maldição. É justamente aí que Merida vai ter que demonstrar coragem como nunca, para desfazer a maldição enquanto é tempo. O filme é ótimo, muito engraçado e é impossível não se envolver com a história da jovem princesa de cabelos rebeldes e espírito indomável - detalhe pro cabelo ruivo, que parece estar pegando fogo e traduz perfeitamente a rebeldia da princesa.
Nota: 8,0/ 10
Luís F. Passos
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