1. À beira do caminho (2012)
Tá certo que ver Roberto Carlos em especial de Natal todo ano enjoa e que ele já teve dias melhores, mas não dá pra negar que ele tem muita música boa. Imagine então um filme que pega meia dúzia das melhores canções do cara para formar sua trilha sonora. É o caso de À beira do caminho, do diretor Breno Silveira (2 filhos de Francisco), em que o caminhoneiro João (João Miguel) é um homem solitário e amargo que vive em conflito com seu passado. A vida de João começa a mudar quando ele descobre um pequeno garoto no baú de seu caminhão. O menino é um tagarela incessável que tenta aos poucos derreter o gelo do coração de João, que depois de certa relutância decide levar o pequeno até São Paulo, onde ele espera encontrar o pai - a questão da paternidade é recorrente na filmografia do diretor. A boa história, somada às ótimas atuações e às ótimas músicas de Roberto Carlos fazem deste emocionante filme uma boa pedida pra qualquer idade.
Nota: 8,5/ 10
Tá certo que ver Roberto Carlos em especial de Natal todo ano enjoa e que ele já teve dias melhores, mas não dá pra negar que ele tem muita música boa. Imagine então um filme que pega meia dúzia das melhores canções do cara para formar sua trilha sonora. É o caso de À beira do caminho, do diretor Breno Silveira (2 filhos de Francisco), em que o caminhoneiro João (João Miguel) é um homem solitário e amargo que vive em conflito com seu passado. A vida de João começa a mudar quando ele descobre um pequeno garoto no baú de seu caminhão. O menino é um tagarela incessável que tenta aos poucos derreter o gelo do coração de João, que depois de certa relutância decide levar o pequeno até São Paulo, onde ele espera encontrar o pai - a questão da paternidade é recorrente na filmografia do diretor. A boa história, somada às ótimas atuações e às ótimas músicas de Roberto Carlos fazem deste emocionante filme uma boa pedida pra qualquer idade.
Nota: 8,5/ 10
Quem é Salt? É a pergunta feita no pôster estampado com o rosto de Angelina Jolie. Eu pergunto mais: o que diabos Salt tem pra eu gostar tanto? Sabe Deus. Lembro que vi Salt no cinema, quando me presenteava com uma sessão depois de uma semana de aulas, e o filme não saiu de minha cabeça. Angelina Jolie interpreta Evelyn Salt, agente da CIA que no dia de seu aniversário de casamento é surpreendida por um russo que chega à agência afirmando ser um espião extraditado e que agentes soviéticos que entraram em território americano ainda na Guerra Fria poriam em prática um plano para destruir os Estados Unidos - e que Salt seria uma deles. O impacto é imediato, os superiores de Salt tentam prendê-la para esclarecer tudo mas ela foge em busca do marido civil para protegê-lo, sem pensar em provar sua inocência. A dúvida então é levada pelo filme: de qual lado ela está? Do russo, do americano, ou de seu próprio? Vale a pena conferir esse filme intenso que supera seus semelhantes típicos de ação.
Nota: 7,0/ 10
3. O Sonho de Cassandra (Cassandra's Dream, 2007)
Os irmãos Ian (Ewan McGregor) e Terry (Colin Farrel) são muito unidos, apesar das diferenças no que cada um quer para sua vida. Enquanto Ian é muito ambicioso e não vê o dia em que terá a chance de sair do restaurante dos pais para um emprego melhor, Terry é mais humilde e até se sente satisfeito com seu trabalho como mecânico automotivo. Seu grande problema é o vício no jogo, que faz dele um eterno endividado. Mesmo humilde, a família deles vive feliz e unida, e conta sempre com a ajuda do irmão da mãe, o milionário médico Howard (Tom Wilkinson). Tudo vai bem, os irmãos conseguem comprar um pequeno barco que chamam de O sonho de Cassandra (em homenagem ao cão de corrida cujo prêmio garantiu o dinheiro que faltava para a compra), Ian começa um relacionamento com uma linda atriz, com a qual planeja se casar... mas as coisas complicam quando o tio Howard pede aos rapazes um enorme e perigoso favor, prometendo dinheiro e baseado na máxima de que "família é família". Tal favor complica a vida dos irmãos e impulsiona mais um dos excelentes filmes de Allen que infelizmente não conseguem grande sucesso. Pena pra quem não conhece.
Nota: 8,5/ 10
3. O Sonho de Cassandra (Cassandra's Dream, 2007)
Os irmãos Ian (Ewan McGregor) e Terry (Colin Farrel) são muito unidos, apesar das diferenças no que cada um quer para sua vida. Enquanto Ian é muito ambicioso e não vê o dia em que terá a chance de sair do restaurante dos pais para um emprego melhor, Terry é mais humilde e até se sente satisfeito com seu trabalho como mecânico automotivo. Seu grande problema é o vício no jogo, que faz dele um eterno endividado. Mesmo humilde, a família deles vive feliz e unida, e conta sempre com a ajuda do irmão da mãe, o milionário médico Howard (Tom Wilkinson). Tudo vai bem, os irmãos conseguem comprar um pequeno barco que chamam de O sonho de Cassandra (em homenagem ao cão de corrida cujo prêmio garantiu o dinheiro que faltava para a compra), Ian começa um relacionamento com uma linda atriz, com a qual planeja se casar... mas as coisas complicam quando o tio Howard pede aos rapazes um enorme e perigoso favor, prometendo dinheiro e baseado na máxima de que "família é família". Tal favor complica a vida dos irmãos e impulsiona mais um dos excelentes filmes de Allen que infelizmente não conseguem grande sucesso. Pena pra quem não conhece.
Nota: 8,5/ 10
Eu sempre enchi a boca pra dizer que Fale com ela (2002) é o melhor filme de Almodóvar, mas depois de ver Tudo sobre minha mãe fiquei um pouco hesitante. E mesmo o primeiro sendo meu preferido, acho que os dois estão no mesmo patamar de qualidade. O longa de 1999 é centrado em Manuela (Cecilia Roth), enfermeira que perde seu único filho num acidente depois de assistir à peça Uma rua chamada pecado. Ela então vai à Barcelona em busca do pai do garoto para dar a notícia, mas não o encontra; quem ela reencontra é o travesti Agrado (Antonia San Juan), sua amiga de muitos anos atrás, e através de quem conhece a freira Rosa (Penélope Cruz), que descobre estar grávida e soropositiva. Manuela se vê mantendo Rosa sob seus cuidados e responsabilidade ao mesmo tempo em que se aproxima do elenco de Uma rua chamada pecado, cuja protagonista Huma (Marisa Paredes) vive Blanche DuBois dentro e fora dos palcos. Com referências ao cinema clássico, Almodóvar mais uma vez constrói perfis femininos através da ótica de um homem crescido entre mulheres, especialmente a figura materna simbolizada por Manuela. O resultado é um filme maravilhoso, vencedor do Prêmio de direção de Cannes e do Oscar de melhor filme estrangeiro.
Nota: 10
Nota: 10
5. A doce vida (La dolce vita, 1960)
Obra-prima do mestre Fellini (mais uma das, na verdade), A doce vida acompanha a espetacular vida dos ricos e famosos em Roma, os legítimos bon-vivants que passam o verão de 1959 na capital italiana. Em meio a eles está o jornalista Marcello (Marcello Mastroiani), outrora um sério escritor que decaiu até chegar ao barato mercado editorial que acompanha os famosos. Marcello, com a ajuda de seu fotógrafo Paparazzo (que deu origem ao termo tão conhecido atualmente) se sustenta das histórias que colhe no mundo dos parasitas sociais - mundo este que não é só trabalho, mas do qual o repórter acaba fazendo parte por se relacionar com seus alvos, tendo vários amigos e amantes. Um dos maiores méritos de Fellini foi conseguir condenar o estilo boêmio e fútil ao mesmo tempo em que o contempla cheio de fascínio. Um exemplo fácil? A cena em que a estrela de cinema Sylvia (Anita Ekberg) entra na Fontana di Trevi de madrugada usando um vestido longuíssimo e gritando "Marcello! Come here!"; uma cena que tanto provoca um "que mulher idiota!" quanto um "que coisa linda!". Coisa de mestre.
Nota: 10
Luís F. Passos
Obra-prima do mestre Fellini (mais uma das, na verdade), A doce vida acompanha a espetacular vida dos ricos e famosos em Roma, os legítimos bon-vivants que passam o verão de 1959 na capital italiana. Em meio a eles está o jornalista Marcello (Marcello Mastroiani), outrora um sério escritor que decaiu até chegar ao barato mercado editorial que acompanha os famosos. Marcello, com a ajuda de seu fotógrafo Paparazzo (que deu origem ao termo tão conhecido atualmente) se sustenta das histórias que colhe no mundo dos parasitas sociais - mundo este que não é só trabalho, mas do qual o repórter acaba fazendo parte por se relacionar com seus alvos, tendo vários amigos e amantes. Um dos maiores méritos de Fellini foi conseguir condenar o estilo boêmio e fútil ao mesmo tempo em que o contempla cheio de fascínio. Um exemplo fácil? A cena em que a estrela de cinema Sylvia (Anita Ekberg) entra na Fontana di Trevi de madrugada usando um vestido longuíssimo e gritando "Marcello! Come here!"; uma cena que tanto provoca um "que mulher idiota!" quanto um "que coisa linda!". Coisa de mestre.
Nota: 10
Luís F. Passos
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