1. Disque M para matar (Dial M for murder, 1954)
Ray Milland, grande ator do cinema clássico e vencedor do Oscar de melhor ator por Farrapo humano (1945) vive aqui um ex-tenista chamado Tony Wendice, um cara cujo dinheiro se foi há algum tempo junto com a carreira no esporte. O alto padrão que ele ostenta é patrocinado por sua bela esposa Margot (ninguém menos que Grace Kelly), mas o casamento dos dois não vai bem e ele descobre que ela pretende deixá-lo para viver com um amante. Para não perder a boa vida - aliás, melhorar a vida financeira - Tony decide matar a esposa e ficar com todo seu dinheiro. Contrata um amigo para matá-la, mas o tiro sai pela culatra e no momento de desespero, Margot reage e mata o criminoso. Final feliz? Calma, nem chegamos à metade do filme. Tony elabora rapidamente um plano B e... só assistindo pra saber. Hitchcock, do jeito que só ele sabia fazer, conduz cenas muito tensas segurando os mistérios da macabra trama do marido ambicioso. Show de direção.
Nota: 9,0/ 10
2. Namorados para sempre (Blue Valentine, 2010)
Malditos tradutores. Malditos. Transformar o título de um sério e triste drama num título de filme adaptação de Nicholas Spark é o fim. Isso porque Namorados para sempre não é, nem de longe, uma história de amor em que todos serão felizes para sempre e blablablá. O que temos aqui é o registro do fim de um casamento, mostrando desde o começo do namoro até o início da ruína do relacionamento. Cindy (Michelle Williams) trabalha num hospital, tem um emprego estável e com chances de crescimento, enquanto Dean (Ryan Gosling) está desempregado e faz bicos - um dos motivos do desgaste da relação. Muitas cenas são ambientadas num motel, para onde eles vão no dia dos namorados para tentar salvar o casamento, mas lá se demonstra ao máximo o quanto tudo está perdido; são momentos de muita tensão em que se vê o grande talento de dois jovens atores, alguns dos maiores nomes dessa nova geração.
Nota: 9,5/ 10
3. Tootsie (1982)
Michael Dorsey (Dustin Hoffman) é um ator perfeccionista, muito talentoso, mas que há algum tempo está fora dos holofotes. Desesperado por emprego, Michael se veste de mulher e tenta um papel numa novela. De vestido, peruca e maquiagem ele se transforma em Dorothy Michaels... e consegue o papel! Chega no estúdio, começa a gravar e simplesmente ignora o roteiro e inventa falas dando opinião sobre tudo, transformando a personagem secundária no maior sucesso da novela e seu alter-ego artístico numa mulher símbolo da geração dos anos 80. O desafio de esconder a verdade se torna muito pior por causa do sucesso de Dorothy e pela atração que ele sente por uma colega, Julie (Jessica Lange), a qual sente profunda amizade e admiração por Dorothy. Tootsie marcou época por dar início a uma sucessão de filmes que propunham a troca de lugar com outra pessoa para entender as dificuldades e passar a simpatizar com ela - no caso, com o sexo feminino. Além disso, o filme inova por dar destaque a atuações e elementos secundários e alusões pop, tendo também curtas e rápidas sequências que conduzem muito bem a história até o fim.
Nota: 9,0/ 10
4. Preciosa - uma história de esperança (Precious, 2009)
Harlem, NY, década de 80. Claireece Jones (Gabourey Sidibe), mais conhecida como Preciosa, é um poço de problemas. Com apenas 16 anos, a menina carrega o trauma de ser estuprada pelo pai, estar grávida do segundo filho dele, ser soropositiva, obesa, negra, e ter uma mãe (Mo'Nique) pra madrasta de Cinderela nenhuma botar defeito. A cereja em cima desse bolo de desgraças é o fato da coitada ser analfabeta. Apesar de tudo, ela não deixa de sonhar e às vezes se imagina rica, magra, famosa e desejada, mas isso não parece nada além de um sonho impossível. Felizmente Preciosa encontra em seu caminho algumas pessoas decentes, como sua professora miss Rain (Paula Patton), a assistente social sra Weiss (Mariah Carey) e o enfermeiro do hospital em que tem seu segundo filho, John (Lenny Kravitz). Como diz o título nacional, apesar dos pesares, é um título de esperança.
Nota: 9,0/ 10
5. Cantando na chuva (Singin'in the rain, 1952)
A não ser que você seja um alienígena nascido e criado em Saturno que chegou recentemente à Terra, você deve conhecer a cena em que Gene Kelly canta e sapateia por uma rua enquanto uma chuva cai sem piedade. A tão famosa cena, em que a personagem de Kelly, o ator Don Lockwood mal cabe em si de tanta felicidade e dá um show na chuva, resume bem o espírito do filme: um tributo à alegria. Sim, o filme é feliz demais, tanto que às vezes você pensa: tomara que aconteça uma desgraça! A feliz história se passa em 1927, quando a Warner lança O cantor de jazz e dá início à era do cinema falado e mudando a indústria cinematográfica. Don e sua desagradável parceira Lina Lamont (Jean Hagen) são os rostos mais queridos do cinema mudo e precisam se adaptar à nova realidade de Hollywood, sempre com a ajuda do amigo de infância de Don, Cosmo Brown (Donald O'Connor) e pra balançar o mundo deles, a chegada da jovem corista Kathy Selden (Debbie Reynolds), que sonha em ser atriz e mostra ter muito mais talento que figuras como Lina. Um clássico inesquecível - você pode até esquecer da história, mas não das músicas grudentas.
Nota: 10
Luís F. Passos
Harlem, NY, década de 80. Claireece Jones (Gabourey Sidibe), mais conhecida como Preciosa, é um poço de problemas. Com apenas 16 anos, a menina carrega o trauma de ser estuprada pelo pai, estar grávida do segundo filho dele, ser soropositiva, obesa, negra, e ter uma mãe (Mo'Nique) pra madrasta de Cinderela nenhuma botar defeito. A cereja em cima desse bolo de desgraças é o fato da coitada ser analfabeta. Apesar de tudo, ela não deixa de sonhar e às vezes se imagina rica, magra, famosa e desejada, mas isso não parece nada além de um sonho impossível. Felizmente Preciosa encontra em seu caminho algumas pessoas decentes, como sua professora miss Rain (Paula Patton), a assistente social sra Weiss (Mariah Carey) e o enfermeiro do hospital em que tem seu segundo filho, John (Lenny Kravitz). Como diz o título nacional, apesar dos pesares, é um título de esperança.
Nota: 9,0/ 10
5. Cantando na chuva (Singin'in the rain, 1952)
A não ser que você seja um alienígena nascido e criado em Saturno que chegou recentemente à Terra, você deve conhecer a cena em que Gene Kelly canta e sapateia por uma rua enquanto uma chuva cai sem piedade. A tão famosa cena, em que a personagem de Kelly, o ator Don Lockwood mal cabe em si de tanta felicidade e dá um show na chuva, resume bem o espírito do filme: um tributo à alegria. Sim, o filme é feliz demais, tanto que às vezes você pensa: tomara que aconteça uma desgraça! A feliz história se passa em 1927, quando a Warner lança O cantor de jazz e dá início à era do cinema falado e mudando a indústria cinematográfica. Don e sua desagradável parceira Lina Lamont (Jean Hagen) são os rostos mais queridos do cinema mudo e precisam se adaptar à nova realidade de Hollywood, sempre com a ajuda do amigo de infância de Don, Cosmo Brown (Donald O'Connor) e pra balançar o mundo deles, a chegada da jovem corista Kathy Selden (Debbie Reynolds), que sonha em ser atriz e mostra ter muito mais talento que figuras como Lina. Um clássico inesquecível - você pode até esquecer da história, mas não das músicas grudentas.
Nota: 10
Luís F. Passos
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