1. Bastardos Inglórios (Inglorious Basterds, 2009)
Na França ocupada pelos nazistas, um pequeno pelotão americano formado apenas por judeus e comandado pelo tenente Aldo "o Apache" (Pitt) desembarca com um único objetivo: matar nazistas. O terror espalhado pelos Bastardos Inglórios se espalha pelas fileiras alemãs e chega ao próprio Hitler. Paralelamente, há uma jovem dona de cinema (Mélanie) que anos antes viu sua família ser morta pelo genial e sádico coronel da SS Hans Landa (Waltz), que tem a chance de vingar seus parentes e todos os judeus mortos pelos nazistas. Utilizando a violência típica de seus filmes, enchendo a tela de sangue e fazendo referências cinematográficas e à cultura pop, Tarantino cria uma história que é considerada por muitos a melhor dos anos 2000. O roteiro é excelente, envolvente e divertido; e também merece toda a glória Christoph Waltz, até então um desconhecido ator austríaco, que levou o Oscar de melhor ator coadjuvante pelo maravilhoso trabalho como Hans Landa. Bingo! (entendedores entenderão).
Nota: 9,5/ 10
2. Match Point (2005)
Um grande ritual de passagem, The Graduate explora os caminhos confusos de um jovem pela sua transição entre a juventude descompromissada e os direitos e deveres de sua vida adulta. Na figura de Benjamin (Dustin Hoffman) todas as fobias juvenis sobre incerteza do futuro, apreensões sexuais, dúvidas amorosas e inexperiência de vida estão personificadas. A graduação a qual o título se refere não se limita apenas ao simples ato de adquirir um diploma universitário, mas ao amadurecimento (da personagem e do cinema americano também). Tornar-se um homem aprendendo com os erros e lidando com responsabilidades. Aliado a isso, The Graduate ainda se dispõe a compor um dos triângulos amorosos mais absurdamente interessantes do cinema, afinal, Benjamin ama a jovem e bela Elaine (Katharine Ross), mas encontra-se nas garras da sexualmente dominadora Sra. Robinson (Anne Bancroft), mãe da garota, com quem manteve um caso amoroso. O amor, aliás, é bem explorado pelo filme, mas já não é construído de uma maneira idealizada ou artificialmente romântica. Não existe essa história de felizes para sempre. Sua temática controversa e de teor polêmico nitidamente foi um choque para a sociedade de 1967, mas seu impacto o tornou um dos filmes mais importantes da indústria e o eternizou como um dos propulsores da revolução cinematográfica dos anos 70. Isso sem esquecer a trilha sonora brilhante liderada por The Sound of Silence de Simon and Garfunkel, que pontua todas as dúvidas e os sentimentos do confuso e empático Benjamin.
Na França ocupada pelos nazistas, um pequeno pelotão americano formado apenas por judeus e comandado pelo tenente Aldo "o Apache" (Pitt) desembarca com um único objetivo: matar nazistas. O terror espalhado pelos Bastardos Inglórios se espalha pelas fileiras alemãs e chega ao próprio Hitler. Paralelamente, há uma jovem dona de cinema (Mélanie) que anos antes viu sua família ser morta pelo genial e sádico coronel da SS Hans Landa (Waltz), que tem a chance de vingar seus parentes e todos os judeus mortos pelos nazistas. Utilizando a violência típica de seus filmes, enchendo a tela de sangue e fazendo referências cinematográficas e à cultura pop, Tarantino cria uma história que é considerada por muitos a melhor dos anos 2000. O roteiro é excelente, envolvente e divertido; e também merece toda a glória Christoph Waltz, até então um desconhecido ator austríaco, que levou o Oscar de melhor ator coadjuvante pelo maravilhoso trabalho como Hans Landa. Bingo! (entendedores entenderão).
Nota: 9,5/ 10
2. Match Point (2005)
No fim dos anos 90 Woody Allen entrou numa fase negativa de
sua carreira; seu último filme de muito boa qualidade fora Desconstruindo Harry
(1997) e no início dos anos 2000 fez alguns de seus filmes menos queridos, como
O Escorpião de Jade (2001). Em 2005 o grande diretor volta com tudo dirigindo
uma trama tensa e sexy (não há palavra melhor para descrever o filme) que se
passa em Londres, em meio à aristocracia britânica. Chris Wilton (Jonathan R. Meyers) é um
ex-jogador de tênis que passa a dar aulas em um clube de alto padrão, e logo
conquista a amizade de um de seus alunos, Tom Hewitt (Matthew Goode), que o leva para
conhecer sua família. A irmã de Tom, Chloe, se encanta pelo professor, mas
foi a noiva dele que chamou a atenção de Chris. Nola Rice (Scarlett Johanson) é
uma aspirante a atriz com atributos físicos de deixar qualquer um doido. Mesmo começando a namorar Chloe e consequentemente sendo cunhado de Tom, Chris se aproxima de Nora e os dois começam um caso. A tensão sexual que existe entre o casal de protagonistas é impressionante e alimenta o clima de suspense que tomará conta do filme no final; não um suspense a la Hitchcock, mas uma questão mais profunda ao estilo de Crime e castigo.
Nota: 8,5/ 10
Cinco anos depois do enorme sucesso de Os bons companheiros
, Robert De Niro e Joe Pesci se reencontram sob a direção de Martin Scorsese
para fazer aquele que é por muitos considerado como a continuação do filme de
1990: Cassino. De Niro interpreta Sam, jogador profissional que cresceu
próximo a jogos de azar e todo o tipo de apostas, e é um dos melhores na sua
área. Devido a sua reputação, é contratado por mafiosos de Las Vegas para gerir
um grande cassino. Pouco tempo depois de se instalar em seu novo emprego, chama
seu velho amigo Nicky (Pesci) para ajudá-lo com a segurança. Nicky é
muito parecido com Tommy, personagem de Pesci em Goodfellas: muito esquentado e
violento. Os negócios prosperam bastante para a dupla, que se estabelece de vez
na cidade; fulano monta uma rede de restaurantes (além de ter uma quadrilha de
ladrões sob suas ordens) e Jimmy constrói uma família ao lado da ex-prostituta
Ginger (Sharon Stone) – figura que aparece para desestabilizar os negócios e a
amizade de longa data de Sam e Nicky. Mais um exemplo da primorosa direção de Scorsese, que consegue
fazer com que as 2h45 de Cassino passem rápido e deixem um gosto de quero mais.
Nota: 8,5/ 10
4. A primeira noite de um homem (The graduate, 1967)Nota: 8,5/ 10
Um grande ritual de passagem, The Graduate explora os caminhos confusos de um jovem pela sua transição entre a juventude descompromissada e os direitos e deveres de sua vida adulta. Na figura de Benjamin (Dustin Hoffman) todas as fobias juvenis sobre incerteza do futuro, apreensões sexuais, dúvidas amorosas e inexperiência de vida estão personificadas. A graduação a qual o título se refere não se limita apenas ao simples ato de adquirir um diploma universitário, mas ao amadurecimento (da personagem e do cinema americano também). Tornar-se um homem aprendendo com os erros e lidando com responsabilidades. Aliado a isso, The Graduate ainda se dispõe a compor um dos triângulos amorosos mais absurdamente interessantes do cinema, afinal, Benjamin ama a jovem e bela Elaine (Katharine Ross), mas encontra-se nas garras da sexualmente dominadora Sra. Robinson (Anne Bancroft), mãe da garota, com quem manteve um caso amoroso. O amor, aliás, é bem explorado pelo filme, mas já não é construído de uma maneira idealizada ou artificialmente romântica. Não existe essa história de felizes para sempre. Sua temática controversa e de teor polêmico nitidamente foi um choque para a sociedade de 1967, mas seu impacto o tornou um dos filmes mais importantes da indústria e o eternizou como um dos propulsores da revolução cinematográfica dos anos 70. Isso sem esquecer a trilha sonora brilhante liderada por The Sound of Silence de Simon and Garfunkel, que pontua todas as dúvidas e os sentimentos do confuso e empático Benjamin.
Nota: 9,5/ 10
“Eu sou grande. Os filmes é que ficaram pequenos”. A meu ver, não há duvidas de que este aqui é o melhor filme de Billy Wilder. Crepúsculo dos deuses é
uma grande crítica à própria indústria do cinema e do entretenimento,
um mundo que pode num momento elevar uma pessoa ao céu e, em questão de
minutos, lançá-lo no total ostracismo quando não lhes é mais
conveniente. É isso que ocorre com a Norma Desmond interpretada por
Gloria Swanson. Uma musa do cinema mudo largada no esquecimento após o
advento do cinema falado e que sofre com sua loucura e suas obsessões ao
mesmo tempo em que alimenta fantasias megalomaníacas de uma volta ao
estrelato que jamais ocorrerá. O roteiro de Wilder é fantástico. A forma
como amarra as diferentes circunstâncias que culminam para o grande
final, que é revelado já no início do filme, é de uma inteligência
incrível. O filme é ácido, maldoso e as coisas se desenrolam de uma
maneira ironicamente cruel para todas as personagens. Wilder não se
importa de vê-las sofrer e as castiga pelos seus erros. Com certeza,
este é também um dos melhores filmes não vencedores do Oscar de melhor
filme, mas nem em 1951 nem em qualquer outro ano sua vitória ocorreria.
Afinal, é uma produção metonímica crítica e mordaz demais para que os
votantes dêem o braço a torcer e o consagrem dessa maneira. Bom, isso
não importa. O que importa é que este é um dos melhores filmes de todos
os tempos, e isso já é consagração mais que suficiente.
Nota: 10
Lucas Moura e Luís F. Passos
Nota: 10
Lucas Moura e Luís F. Passos
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