Na França ocupada pelos nazistas,
um pequeno pelotão americano formado apenas por judeus e comandado pelo
tenente Aldo "o Apache" ( Brad Pitt) desembarca com um único objetivo: matar
nazistas. O terror espalhado pelos Bastardos Inglórios se espalha pelas
fileiras alemãs e chega ao próprio Hitler. Paralelamente, há uma jovem
dona de cinema (Mélanie Laurent) que anos antes viu sua família ser morta pelo
genial e sádico coronel da SS Hans Landa (Cristoph Waltz), que tem a chance de
vingar seus parentes e todos os judeus mortos pelos nazistas. Utilizando
a violência típica de seus filmes, enchendo a tela de sangue e fazendo
referências cinematográficas e à cultura pop, Tarantino cria uma
história que é considerada por muitos a melhor dos anos 2000. O roteiro é
excelente, envolvente e divertido; e também merece toda a glória
Christoph Waltz, até então um desconhecido ator austríaco, que levou o
Oscar de melhor ator coadjuvante pelo maravilhoso trabalho como Hans
Landa. Bingo! (entendedores entenderão).
Nota: 9/ 10
2. Volver (2006) Nota: 9/ 10
Voltando a trabalhar com fortes personagens femininas, Almodóvar dirige a história das irmãs Raimunda (Penélope Cruz) e Sole (Lola Dueñas), que perderam os pais num trágico incêndio. O maior destaque da história vai para Raimunda, que logo no início do filme se vê diante da morte do marido pela sua própria filha, que o matara para se defender de abuso sexual. Mãe protetora, Raimunda decide esconder o cadáver para proteger sua filha. Na mesma noite, Sole viaja para o enterro de sua tia Paula, uma idosa debilitada que quando viva jurava para as duas irmãs que era a falecida mãe delas, Irene, quem cuidava dela na velhice - e as irmãs achavam que a tia estava ficando caduca. Mas acontece o impensável: Sole encontra sua falecida mãe mais viva do que nunca no porta-malas de seu carro. Estamos diante do sobrenatural? É a indagação que Almodóvar conduz pelo filme, com sua habilidade única de revelar aos poucos os mistérios de suas obras. Além das marcas do diretor espanhol, Volver tem como principal mérito as atuações de suas protagonistas, vencedoras do prêmio de atuação feminina em Cannes (foram cinco vencedoras empatadas), e talvez a melhor atuação da carreira de Penélope Cruz.
Nota: 8,5/ 103. Fargo (1996)
Tudo pode acontecer no meio do
nada. Meu filme preferido dos singulares irmãos Coen, Fargo nos traz uma tragicomédia que envolve sequestro, roubo,
assassinato, medo, arrependimento, piadas, uma policial grávida e muitos,
muitos erros. O subtítulo recebido em sua distribuição nacional, Uma comédia de
erros, na verdade é bem conveniente. Um filme sobre erros que simplesmente
acerta em tudo. Assistir Fargo é uma
experiência divertida, sendo um prazer inestimável sentar e ver aquelas pessoas
se destruindo pelas próprias bobagens que foram largando pela mais pura
incompetência. Dentro de seu universo particular de filmes bizarros, Fargo pode até ser o que não bate mais
nesta tecla, mas é de longe o trabalho mais sólido e mais competente dos irmãos
Coen. Uma das coisas que mais gosto aqui é que toda a comédia, não são gags
estúpidas, mas sequências de ironias e exageros tratadas como algo extremamente
natural. Não se força a barra, tudo simplesmente flui. É como se dissessem:
este aqui é nosso mundo, e no nosso mundo coisas assim acontecem a qualquer
momento. A atuação de Frances McDormand é a cereja do bolo.
Nota: 10
4. Os bons companheiros (GoodFellas, 1990)Nota: 10
A escória da máfia. Diferente do alto escalão dos mafiosos ítalo-americanos
apresentados pela trilogia de Coppola, Scorsese nos mostra o baixo escalão
desta mesma instituição, dando um novo ponto de vista de algo já muito familiar.
Os bons companheiros desenvolve-se na
relação entre Henry Hill (Ray Liotta) e sua vida na máfia. Uma vida toda
preparada para fazer parte disto, algo que sempre foi julgado como algo maior.
No meio da confusão e da pobreza dos bairros suburbanos violentos, ser da máfia
representava ser alguém. Scorsese desenvolve desta forma, a ascensão de Henry
para a máfia e como ele construiu destruir-se totalmente uma vez tendo abusado
de todos os privilégios e riqueza que lhe beneficiaram e ultrapassado qualquer
limite e senso de moralidade. Violento do começo ao fim, Os bons companheiros é ironicamente cômico. Situações absurdas
acontecem o tempo todo e risos são inevitáveis. O desenrolar da trama segue uma
sequência não muito imprevisível, mas muito interessante de ser acompanhada.
Representa, também, a terceira derrota mais amarga de Scorsese ao Oscar de
direção. Afinal, temos aqui o terceiro melhor filme do diretor, perdendo apenas
para Taxi Driver e Touro indomável.
Nota: 10
5. Farrapo humano (The lost weekend, 1945)
Primeiro filme a retratar o alcoolismo como o grande problema que é, Farrapo humano é uma abordagem adulta, inteligente e impiedosa da degradação daqueles que sofrem desse mal. No filme Ray Milland dá vida a Don Birnam, escritor que vem lutando contra a bebida e que enfrenta um final de semana crítico em que está sozinho, sem sua namorada e seu irmão, que o incentivam a ficar longe do álcool. Na solidão, a falta de dinheiro para comprar whisky leva Don a mentir, trair, roubar e até mesmo tentar vender sua máquina de escrever, numa sucessão de cenas tensas e humilhantes para o protagonista - e a excelente direção de Billy Wilder nos leva para junto de Don a todo o tempo, sofrendo com ele e vendo sua triste história a partir de seu ponto de vista. Filme ícone dos anos 40, vencedor dos Oscar de melhor filme, direção, roteiro adaptado e ator.
Nota: 10
Lucas Moura e Luís F. Passos
Nota: 10
5. Farrapo humano (The lost weekend, 1945)
Primeiro filme a retratar o alcoolismo como o grande problema que é, Farrapo humano é uma abordagem adulta, inteligente e impiedosa da degradação daqueles que sofrem desse mal. No filme Ray Milland dá vida a Don Birnam, escritor que vem lutando contra a bebida e que enfrenta um final de semana crítico em que está sozinho, sem sua namorada e seu irmão, que o incentivam a ficar longe do álcool. Na solidão, a falta de dinheiro para comprar whisky leva Don a mentir, trair, roubar e até mesmo tentar vender sua máquina de escrever, numa sucessão de cenas tensas e humilhantes para o protagonista - e a excelente direção de Billy Wilder nos leva para junto de Don a todo o tempo, sofrendo com ele e vendo sua triste história a partir de seu ponto de vista. Filme ícone dos anos 40, vencedor dos Oscar de melhor filme, direção, roteiro adaptado e ator.
Nota: 10
Lucas Moura e Luís F. Passos
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