Em seu segundo filme, Sofia Coppola provou ao mundo que não se firmaria em Hollywood apenas com o poderoso sobrenome, mas com o enorme talento que é comum à família (pai, avô e primo vencedores de Oscar, só pra resumir). Em Encontros e desencontros Sofia une a história de um ator de meia-idade que está em Tóquio para gravar comerciais de uísque (Bill Murray) à de uma bela jovem (Scarlett Johansson) que está na cidade porque seu marido fotógrafo está trabalhando em um filme. Os dois se sentem solitários e, a partir do momento em que estão numa terra tão diferente de seu país de origem, perdidos não só na cultura e língua japonesas como no rumo que a vida tomou - ele, vivendo um casamento de 25 anos que perdeu a força e ela casada com um workaholic que a deixa de lado por causa do trabalho. Filme excelente (para muitos o melhor de Sofia) que foi indicado aos Oscar de melhor filme, direção, ator e roteiro original, este último o único faturado pela jovem e promissora Coppola.
Nota: 9,0/ 10
Um dos meus primeiros filmes franceses - e primeiro filme comentado pelo Sagaranando! - foi a comédia francesa de 2009 cujo maior destaque é a presença de Mélanie Laurent, conhecida mundialmente a partir de Bastardos Inglórios. O concerto acompanha a trajetória de Andrei Filipov (Aleksei Gustov), que fora um dos maiores maestros do mundo mas teve sua carreira destruída pelo governo autoritário da URSS, que na época era liderada por Brejnev. A partir de um convite feito por um teatro francês à Orquestra do Bolshoi, Andrei reúne seus antigos amigos, que haviam largado a música, tenta formar uma nova orquestra e parte para Paris se passando pelo verdadeiro Bolshoi. Paralelamente, há a misteriosa relação entre o ex-maestro e a violinista Anne-Marie Jaquet (Mélanie), a número um da Europa - e peça chave para desvendar o misterioso e triste passado de Andrei.
Nota: 8,5/ 10
Usando elementos da nouvelle vague, do faroeste italiano e de John Ford, entre outros, Glauber Rocha mostra mais uma história de Antônio das Mortes (Maurício do Valle), matador do sertão nordestino. O pistoleiro é contratado por um fazendeiro para matar um certo cangaceiro que aparece na cidade e desafia o poder local com promessas messiânicas para a grande população que vive na miséria. Com muita metalinguagem, Rocha narra de forma muito alegórica a história relativamente simples mas que acaba bastante rebuscada graças à poderosa música, que é um pilar fundamental do filme e se mostra um importante elemento da narração e graças à brilhante direção - digo isso pela fotografia, pela posição das câmeras, pela edição. Através de diversos rituais, o longa se mostra antropofágico (lembre da Semana de 22), um dos fatores que o fez conquistar seletas plateias por todo o mundo, como a do Festival de Cannes, em que foi indicado à Palma de Ouro e saiu vencedor do Prêmio de direção.
Nota: 10
4. O iluminado (The shining, 1980)
Se pegarmos a brilhante carreira de Jack Nicholson e a perfeita carreira de Stanley Kubrick veremos que há um ponto de interseção: O iluminado, filme de terror baseado no livro homônimo de Stephen King. Na trama Nicholson vive Jack Torrance, professor e escritor que passa por um momento difícil e aceita o emprego de zelador no Hotel Overlook, um refúgio nas Montanhas Rochosas do Colorado que passa o inverno fechado devido ao difícil acesso. Jack leva consigo a mulher Wendy (Shelley Duval mais feia que o cão chupando limão) e o pequeno filho Danny (Danny Lloyd), que aparenta ter poderes psíquicos. No gigantesco hotel, os três ficam sozinhos - será mesmo? Kubrick leva por todo o filme a dúvida do que é loucura e do que é sobrenatural sobre os estranhos acontecimentos que pairam a família, especialmente o pai e o filho. A partir de um roteiro simples, o diretor faz um de seus melhores trabalhos através do jogo de cores, da sensação de estar sempre percorrendo labirintos e da tensão constante que deixa o espectador arrepiado com cenas como a famosa do triciclo no corredor ou faz pular da cadeira com coisas simples como a palavra terça-feira sobre o fundo negro. Uma obra-prima.
Nota: 10
5. O exorcismo de Emily Rose (The exorcism of Emily Rose, 2005)
Pra quem quer aproveitar bem a sexta-feira 13, além do clássico citado acima, tem um dos melhores filmes de terror dos últimos anos. A partir do julgamento do padre Richard Moore (Tom Wilkinson), acusado de omissão e homicídio doloso da jovem Emily Rose (Jennifer Carpenter), vemos através de flashbacks uma história de arrepiar: Emily, jovem católica, começa a sofrer alucinações e acredita estar possuída por demônios, enquanto os médicos afirmam ser um caso raro de associação de esquizofrenia, psicose e epilepsia - mas é claro que o filme não é imparcial e se desloca para o argumento sobrenatural. Emily é aconselhada pelo padre a abandonar o tratamento psiquiátrico e se dedicar a um tratamento religioso conduzido por ele, que tenta realizar um exorcismo. O resultado... só vendo. É um filme muito, muito assustador, muito tenso, que gela fácil o sangue de quem o assiste. E o melhor de tudo: baseado em fatos reais.
Nota: 8/ 10
Leia também: O concerto
Luís F. Passos
4. O iluminado (The shining, 1980)
Se pegarmos a brilhante carreira de Jack Nicholson e a perfeita carreira de Stanley Kubrick veremos que há um ponto de interseção: O iluminado, filme de terror baseado no livro homônimo de Stephen King. Na trama Nicholson vive Jack Torrance, professor e escritor que passa por um momento difícil e aceita o emprego de zelador no Hotel Overlook, um refúgio nas Montanhas Rochosas do Colorado que passa o inverno fechado devido ao difícil acesso. Jack leva consigo a mulher Wendy (Shelley Duval mais feia que o cão chupando limão) e o pequeno filho Danny (Danny Lloyd), que aparenta ter poderes psíquicos. No gigantesco hotel, os três ficam sozinhos - será mesmo? Kubrick leva por todo o filme a dúvida do que é loucura e do que é sobrenatural sobre os estranhos acontecimentos que pairam a família, especialmente o pai e o filho. A partir de um roteiro simples, o diretor faz um de seus melhores trabalhos através do jogo de cores, da sensação de estar sempre percorrendo labirintos e da tensão constante que deixa o espectador arrepiado com cenas como a famosa do triciclo no corredor ou faz pular da cadeira com coisas simples como a palavra terça-feira sobre o fundo negro. Uma obra-prima.
Nota: 10
5. O exorcismo de Emily Rose (The exorcism of Emily Rose, 2005)
Pra quem quer aproveitar bem a sexta-feira 13, além do clássico citado acima, tem um dos melhores filmes de terror dos últimos anos. A partir do julgamento do padre Richard Moore (Tom Wilkinson), acusado de omissão e homicídio doloso da jovem Emily Rose (Jennifer Carpenter), vemos através de flashbacks uma história de arrepiar: Emily, jovem católica, começa a sofrer alucinações e acredita estar possuída por demônios, enquanto os médicos afirmam ser um caso raro de associação de esquizofrenia, psicose e epilepsia - mas é claro que o filme não é imparcial e se desloca para o argumento sobrenatural. Emily é aconselhada pelo padre a abandonar o tratamento psiquiátrico e se dedicar a um tratamento religioso conduzido por ele, que tenta realizar um exorcismo. O resultado... só vendo. É um filme muito, muito assustador, muito tenso, que gela fácil o sangue de quem o assiste. E o melhor de tudo: baseado em fatos reais.
Nota: 8/ 10
Leia também: O concerto
Luís F. Passos
Nenhum comentário:
Postar um comentário