1. Muita calma nessa hora (2010)
Três amigas cariocas estão num momento tenso de suas vidas. Tita (Andréia Horta) flagrou o noivo com outra e passou a se lamentar por ter gasto toda sua adolescência e idade adulta até então num relacionamento fracassado; Mari (Gianni Albertoni) está cheia de seu chefe tarado e da fama de pegadora, e quer esquecer que os homens existem; e Aninha (Fernanda Souza) se sente perdida no mundo, já que nunca consegue escolher algo, e já trancou a faculdade várias vezes. Para relaxar, as três vão passar um feriado em Búzios, onde conhecerão um argentino de araque dono de uma creperia (Nelson Freitas), um(a) tequileiro(a) muito louco(a) (Luis Miranda), uma hippie que sonha conhecer o pai (Débora Lamm), um chicleteiro sem noção (Lúcio Mauro Filho) e uma trupe de beberrões que não pega ninguém. Comédia engraçadíssima com seu tanto de beleza e surpreendentemente nada abusiva. Digo isso porque em tempos de Bruno Mazzeo, qualquer comédia de qualidade é lucro.
Nota: 7,5/ 10
2. O voo (Flight, 2012)
A volta triunfante do diretor Robert Zemeckis (Forrest Gump) deu-se no
início deste ano com o thriller empolgante sobre um piloto de aviões que
oscila entre herói por ter evitado uma grande catástrofe aérea e vilão,
pela acusação de ter sido o culpado pelo acidente por estar bêbado
enquanto pilotava. A questão é que ele não estava simplesmente bêbado,
mas sim que ele é um alcoólatra convicto. O filme que se inicia
extremamente intenso com a queda do avião começa a passear por águas
mais calmas, retratando o cotidiano do vício do protagonista,
interpretação de Denzel Washington indicada ao Oscar, analisando todo
seu passado e propondo perspectivas a seu futuro.
Nota: 8.5/10
3. O profissional (Leon, 1994)
A violenta jornada da jovem Mathilda (Natalie Portman) na companhia de
seu amigo (?) Leon (Jean Reno), um assassino profissional, em busca de
uma vingança quase impossível contra a polícia corrupta que matou toda
sua família pontua um dos filmes mais interessantes dos anos 90. Intenso
do começo ao fim, O profissional representa um filme de ação de
qualidade, com algumas doses esporádicas de drama, que inclui um
relacionamento incomum entre as personagens e culmina com uma conclusão
épica. Também marcante por ser a estreia de Natalie Portman nos cinemas,
numa personagem juvenil que disputa com a Iris de Jodie Foster em Taxi
Driver pelo posto de mais complexa. Altamente recomendável.
Nota: 10
4. Amor sem escalas (Up in the air, 2009)
Ryan (George Clooney) é um profissional de uma empresa que é contratada por outras empresas para demitir seus empregados. Todos os dias ele fica de frente a dezenas de pessoas que nunca viu na vida e diz "seus serviços não são mais necessários". E de um trabalho para outro, Ryan viaja de avião, seu maior prazer. A cada ano ele passa quase trezentos dias fora de casa - aliás, é realmente sua casa? Para ele, seu lar são os aeroportos, as salas de espera, as confortáveis poltronas executivas da American Airlines. Tudo na vida de Ryan é emprego, voo, e a meta de acumular dez milhões de milhas aéreas. Para mudar isso, surge o casamento de sua irmã caçula e uma nova colega de trabalho que tem ideias que podem mudar radicalmente seu estilo de vida. Uma ótima reflexão sobre a vida que cada um quer levar e sobre a crise econômica de 2008/09.
Nota: 9,5 / 10
5. O desprezo (Le mépris, 1963)
Para o público mais exigente, a dica é um dos melhores filmes de Godard, e de todos os tempos. O desprezo acompanha a ruína de um casamento a partir de um ato repugnante do marido Paul (Michel Picoli) em relação à sua bela esposa Camille (Brigitte Bardot). Paul, que é convidado a escrever o roteiro de um filme de Fritz Lang, faz vista grossa às investidas do chefe, o produtor Jeremy (Jack Palance) sobre sua esposa - e quando ela percebe, passa a desprezá-lo. Enredo interessante, diálogos tensos e imagens deslumbrantes são alguns dos ingredientes que fazem deste um clássico universal.
Nota: 10
Leia também: O desprezo
Lucas Moura e Luís F. Passos
Nenhum comentário:
Postar um comentário