Nove anos depois de garantir o sono do papa ao expulsar traficantes de várias favelas da zona Oeste do Rio de Janeiro, o agora tenente-coronel Nascimento (Wagner Moura) é um homem mais maduro, ainda mais eficaz, com menos cabelo e mais solitário. Nascimento, à época dos acontecimentos do filme anterior, não confiou na capacidade de seu substituto, André Mathias (André Ramiro), de liderar sozinho sua equipe, e estendeu sua permanência no BOPE; o problema é que quanto mais ele permanecia, mais seu casamento ruía, a ponto de chegar ao fim. Nascimento então passa a se dedicar integralmente à Polícia Militar, sobe sua patente, e ao chegar ao posto de tenente-coronel, recebe o comando de todo o batalhão.
O filme começa com uma rebelião em Bangu 1, presídio que abriga os mais perigosos traficantes do estado, onde Beirada (Seu Jorge) inicia uma rebelião para matar seus rivais, e acaba fazendo reféns. O BOPE é chamado, e a antiga equipe de Nascimento, agora comandada por Mathias, que se tornou capitão, é a responsável pela operação, tendo o próprio Nascimento como supervisor. A operação tinha tudo para ser rápida e bem sucedida, não fosse a decisão do governador de enviar o professor universitário Diogo Fraga (Irandhir Santos) para fazer as negociações. Fraga era um velho inimigo de Nascimento - professor de esquerda e defensor dos direitos humanos, Fraga vivia dando palestras contra a polícia e o sistema prisional. As negociações pareciam dar certo, mas numa precipitação de Mathias, Beirada é morto e seu sangue suja a camisa dos direitos humanos vestida por Fraga, e o diabo da imagem percorre o mundo. A operação, que havia sido um sucesso, se tornou um circo político, e alguém tinha de pagar por ela. Nascimento foi afastado do BOPE, mas como para o povo bandido bom é bandido morto, sua saída do batalhão vira uma promoção - ele vai para a Secretaria de Segurança, assumir a sub-secretaria de Inteligência. Quem sai por baixo mesmo é Mathias, que perde a farda preta e vai parar no batalhão do coronel Fábio (Milhem Cortaz), corrupto até o dedo do pé, mas que gostava dele, já que Mathias lhe salvara a vida anteriormente.
O filme começa com uma rebelião em Bangu 1, presídio que abriga os mais perigosos traficantes do estado, onde Beirada (Seu Jorge) inicia uma rebelião para matar seus rivais, e acaba fazendo reféns. O BOPE é chamado, e a antiga equipe de Nascimento, agora comandada por Mathias, que se tornou capitão, é a responsável pela operação, tendo o próprio Nascimento como supervisor. A operação tinha tudo para ser rápida e bem sucedida, não fosse a decisão do governador de enviar o professor universitário Diogo Fraga (Irandhir Santos) para fazer as negociações. Fraga era um velho inimigo de Nascimento - professor de esquerda e defensor dos direitos humanos, Fraga vivia dando palestras contra a polícia e o sistema prisional. As negociações pareciam dar certo, mas numa precipitação de Mathias, Beirada é morto e seu sangue suja a camisa dos direitos humanos vestida por Fraga, e o diabo da imagem percorre o mundo. A operação, que havia sido um sucesso, se tornou um circo político, e alguém tinha de pagar por ela. Nascimento foi afastado do BOPE, mas como para o povo bandido bom é bandido morto, sua saída do batalhão vira uma promoção - ele vai para a Secretaria de Segurança, assumir a sub-secretaria de Inteligência. Quem sai por baixo mesmo é Mathias, que perde a farda preta e vai parar no batalhão do coronel Fábio (Milhem Cortaz), corrupto até o dedo do pé, mas que gostava dele, já que Mathias lhe salvara a vida anteriormente.
E por falar em Nascimento, é para Wagner Moura que vão meus mais sinceros elogios. Se Nascimento mudou, se tornando mais maduro e adquirindo um ar cansado, de quem luta sem sucesso há vários anos, foi graças a Wagner Moura, cujo desempenho não fica devendo a nenhum ator de fama internacional. Me atrevo a comparar sua evolução à de Al Pacino, que ao longo da trilogia O Poderoso Chefão é muito versátil para acompanhar as mudanças de sua personagem. Isso porque além de militar e sub-secretário, Nascimento precisa lidar com problemas pessoais, como o fim da amizade com Mathias, sua relação com a ex-mulher e o novo marido dela, e principalmente a difícil convivência com seu filho adolescente, que o vê como um tirano. Sai de cena o capitão que "subia na favela pra deixar corpo no chão" e entra o coronel que tenta destruir o Sistema batendo de frente. As cenas de violência se reduzem, e muito - mas as únicas duas cenas em que Nascimento desce o braço em alguém são algumas das melhores do filme. Podem dizer que é exagero, mas interpretação melhor que a de Wagner Moura, em filme nacional, só vi a de Fernanda Montenegro em Central do Brasil.
Ah, já ia esquecendo! Os bordões aqui são bem melhores e menos grudentos que o do primeiro.
Nota: 9.5/10
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Luís F. Passos
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