1. The Bling Ring - a gangue de Hollywood (The Bling Ring, 2013)
O último e badalado trabalho de Sofia Coppola foi baseado num episódio de anos atrás, quando jovens de classe média foram presos por invadir mansões de famosos em Los Angeles e roubar itens de grife que para eles eram verdadeiros tesouros por causa dos donos. Aparentemente, sem necessidade alguma. Mas é isso que o filme procura debater: a futilidade de uma geração. Remetendo a clássicos como Juventude transviada, Sofia mostra a que ponto pode chegar a falta de personalidade, a perda de valores, a desorientação pessoal e a desvalorização do indivíduo e claro, o culto às celebridades. Todos esses aspectos apresentados num filme com as marcas já conhecidas de Sofia Coppola: roteiro bem elaborado, a delicadeza da fotografia, os diálogos ágeis e a trilha sonora que é, no mínimo, impecável.
Nota: 9,0/ 10
2. Kill Bill - vol. 1 (2003)
O último e badalado trabalho de Sofia Coppola foi baseado num episódio de anos atrás, quando jovens de classe média foram presos por invadir mansões de famosos em Los Angeles e roubar itens de grife que para eles eram verdadeiros tesouros por causa dos donos. Aparentemente, sem necessidade alguma. Mas é isso que o filme procura debater: a futilidade de uma geração. Remetendo a clássicos como Juventude transviada, Sofia mostra a que ponto pode chegar a falta de personalidade, a perda de valores, a desorientação pessoal e a desvalorização do indivíduo e claro, o culto às celebridades. Todos esses aspectos apresentados num filme com as marcas já conhecidas de Sofia Coppola: roteiro bem elaborado, a delicadeza da fotografia, os diálogos ágeis e a trilha sonora que é, no mínimo, impecável.
Nota: 9,0/ 10
2. Kill Bill - vol. 1 (2003)
Poucos
filmes me surpreenderam tanto ano passado quanto Kill Bill,
especialmente o vol. 1. A primeira parte da sangrenta vingança da Noiva
(cujo nome só é revelado no vol. 2) mostra uma parte dos eventos que a
deixaram em coma, seu despertar quatro anos mais tarde e seu plano de
cobrar a dívida daqueles que quase a mataram: seus colegas matadores
profissionais, o Esquadrão Assassino de Víboras Mortais. Antes de sair
em busca deles, a Noiva (Uma Thurman) vai à cidade japonesa de Okinawa
buscando de uma lenda viva uma espada de samurai, depois parte para o
primeiro grande desafio, que é enfrentar a ex-parceira que se tornara
rainha do crime de Tóquio, O-Ren Ishii (Lucy Liu). A história não é lá
muito profunda, mas o roteiro, como todos de Tarantino, é bem feito e o
filme é muito estilizado, repleto de referências que vão desde o
brilhante Bernard Herrman (compositor de inesquecíveis trilhas sonoras
como as de Psicose e Taxi driver) ao western spaghetti italiano e filmes
japoneses de samurai. Além disso, reforça-se aqui a ideia de que para
Tarantino o corpo humano é dividido em pele e sangue. Por que? Assista e
descubra.
Nota: 9,0/ 10
3. De olhos bem fechados (Eyes wild shut, 1999)
Um médico bem sucedido cujo nome era conhecido pela alta sociedade nova-iorquina (Tom Cruise), casado com uma bela mulher (Nicole Kidman) e pai de uma adorável criança acreditava ter uma vida perfeita. Gostava de ter tudo sob seu controle e acabava menosprezando sua esposa dentro da relação, até o dia em que ela confessa que fantasiou com um oficial da marinha que passou por ela em um hotel. Perturbado pela revelação da esposa, ele parte em busca de aventuras sexuais, sem imaginar a dimensão das consequências de seus atos. Uma aventura que divide o espectador entre o que é real e o que onírico, mas com um final sólido e esperançoso. Um filme que é um dos melhores trabalhos de direção de Kubrick e que quanto mais eu penso sobre, mais fascinado fico. De gravações demoradas e intenso trabalho de edição e pós-produção, De olhos bem fechados foi o último filme do diretor, que faleceu alguns dias depois de mostrar o resultado final aos executivos da Warner, há exatos 15 anos.
Nota: 10
4. Manhattan (1979)
Um médico bem sucedido cujo nome era conhecido pela alta sociedade nova-iorquina (Tom Cruise), casado com uma bela mulher (Nicole Kidman) e pai de uma adorável criança acreditava ter uma vida perfeita. Gostava de ter tudo sob seu controle e acabava menosprezando sua esposa dentro da relação, até o dia em que ela confessa que fantasiou com um oficial da marinha que passou por ela em um hotel. Perturbado pela revelação da esposa, ele parte em busca de aventuras sexuais, sem imaginar a dimensão das consequências de seus atos. Uma aventura que divide o espectador entre o que é real e o que onírico, mas com um final sólido e esperançoso. Um filme que é um dos melhores trabalhos de direção de Kubrick e que quanto mais eu penso sobre, mais fascinado fico. De gravações demoradas e intenso trabalho de edição e pós-produção, De olhos bem fechados foi o último filme do diretor, que faleceu alguns dias depois de mostrar o resultado final aos executivos da Warner, há exatos 15 anos.
Nota: 10
4. Manhattan (1979)
Numa
época em que cineastas mostravam os subúrbios e a imundície social de
Nova York, sendo Scorsese e seu Taxi driver o melhor exemplo, Woody
Allen realiza seu maior tributo à cidade em que nasceu, viveu, realizou
boa parte de sua obra e pela qual é apaixonado. Manhattan mostra a Big apple através de um preto e branco que a romantiza, embalado pelo jazz constante na filmografia de Woody. Na trama, o diretor mais uma vez vive o protagonista, que aqui é um roteirista de um programa de televisão que se demite por odiar o emprego e a má qualidade da programação e sua relação com a namorada de dezessete anos, a ex-mulher que o largou para morar com outra mulher e a amante, uma jornalista pedante. E claro, a cidade, que além de cenário é quase uma personagem e fonte constante de inspiração para a personagem de Woody - "ele adorava Nova York. Ele a idolatrava". Da mesma forma, é difícil não adorar essa encantadora história.
Nota: 10
Baseado em fatos reais, Bonnie e Clyde acompanha uma dupla de ladrões de banco que deu muito trabalho à polícia americana nos anos 30. Atacando agências pelo interior do país, Bonnie Parker (Faye Dunaway) e Clyde Barrow (Warren Beatty) eram bandidos de quinta em termos de assalto a banco, pois nunca faturavam altas quantias, mas eram bons de tiros e muito violentos - daí o subtítulo nacional, Uma rajada de balas. Além do casal, a quadrilha é composta pelo irmão de Clyde, Buck (Gene Hackman), que arrasta sua esposa chorona Blanche (Estelle Parsons), e C. W. Moss (Michael J. Pollard), um zé ninguém achado no caminho. Apesar de não ter a violência mais complexa que a década seguinte traria, Bonnie e Clyde é um marco no cinema americano, uma prévia do fim do superficial e tradicional cinema dos anos 60, além de ter sido um sucesso de bilheteria por todo o mundo. O sucesso do filme também repercutiu nas premiações; foi indicado a dez Oscar, sendo 5 das indicações por seu elenco. Estelle Parsons venceu atriz coadjuvante e a fotografia também foi vencedora.
Nota: 9,0/ 10
Luís F. Passos
Luís F. Passos
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