sábado, 27 de julho de 2013

Sagaranando recomenda: Headhunters

Headhunters é centrado na figura de Roger Brown, que é um headhunter, na verdade, o melhor deles - um o quê? Headhunter é o profissional contratado por empresas para escolher os executivos e apontar aquele que parece ser mais apto para tal cargo, e a empresa praticamente só precisa assinar o contrato. As habilidades de um headhunter são uma mistura de psicólogo, executivo, mestre de cerimônias, policial e vizinha fofoqueira, afinal ele deve indicar realmente o melhor candidato, ou sua reputação já era. Outra coisa exigida de um headhunter é a boa aparência, e nisso Roger não deixa a desejar. Apesar de sua baixa estatura, coisa da qual ele reclama várias vezes, Roger compensa com muita elegância e roupas caras, além de ostentar um estilo de vida luxuoso, que inclui uma galeria de arte administrada por sua linda esposa Diana. Acontece que os ordenados e os bônus de seu emprego e o pouco lucro dado pela galeria não são suficientes para manter tão alto padrão - é aí que entra a atividade complementar: roubo de obras de arte. Com a ajuda de um parceiro que trabalha numa empresa de segurança privada, Roger rouba telas e as vende no mercado negro.
Tudo corre bem, até que Roger conhece Clas Greve, executivo holandês brilhante que lhe traria duplo sucesso: além de ser o candidato perfeito para uma grande empresa tecnológica, Greve era proprietário de uma valiosíssima pintura de Rubens que se julgava perdida desde a 2ª Guerra. Mas contrariando todas as expectativas, o que seria um golpe de mestre se torna uma corrida de vida ou morte, em que Roger se vê caçado pelo maníaco Greve, ao mesmo tempo em que acha que foi traído por sua Diana.
Ao longo de pouco mais de duzentas páginas, Jo Nesbo nos conduz por uma perigosa história cujo suspense foi a garantia de seu sucesso internacional. O rápido ritmo do livro acelera diversas vezes, acompanhando os riscos corridos por Roger; o que nos remete a autores como Stieg Larsson, da trilogia Millenium, e que particularmente me lembrou o livro O vendedor de armas, de Hugh Laurie (sim, House) pelo sarcasmo e humor ácido muito bem aplicados durante todo o livro. Não dá pra revelar muito mais coisa pra não estragar as boas surpresas do livro, então pra terminar eu digo que ainda podemos confiar nas listas de livros mais vendidos.

Nota: 7,0/ 10

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Luís F. Passos

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