sexta-feira, 26 de maio de 2017

Filmes pro final de semana - 26/05

1. Antes do inverno (Avant l'hiver, 2012)
Uma série de buquês de rosas vermelhas entregues na casa, no consultório e no hospital em que o Paul (Daniel Auteuil), respeitado neurocirurgião trabalha levanta um mistério na família do médico. Casado há trinta anos com Lucie (Kristin S. Thomas), ele se vê envolvido com Lou (Leila Bekhti), paciente de muitos anos atrás que está visivelmente interessada nele. Pra piorar, seu casamento está degastado e ele percebe que ele a esposa eram dois estranhos dormindo juntos. O aparecimento das flores e de Lou parece ser a oportunidade de revelar fantasmas do passado, no difícil momento que é a chegada da velhice. É hora então de pôr em prova os velhos laços afetivos, incluindo a amizade com Gérard (Richard Berry), velho amigo do casal, e os próprios filhos. Mais um grande título do cinema francês e outro trabalho ótimo de Kristin Scott Thomas.
Nota: 8,5/ 10
2. Renoir (2012)
A bela Côte d'Azur, no sul da França, é palco para a arte de Pierre-Auguste Renoir, um dos maiores nomes do Impressionismo e das artes em geral entre o fim do século XIX e início do XX. Vemos a rotina de um Renoir já velho, atormentado pelas dores e limitações físicas impostas por uma artrite reumatoide avançada, mas que continua a executar sua arte com a perfeição de sempre. É a chegada da jovem modelo Andrée e o consequente envolvimento da moça com a família que dá início à ação do filme. Mais do que alguém que faz poses, ela se torna inspiração para o artista, que vê na juventude de Andrée alívio para a saudade da falecida esposa e preocupação com os filhos que estão na guerra. A chegada dos filhos de Renoir, em especial o mais velho, Jean (que viria a se tornar um dos maiores cineastas da história), que também se encanta com Andrée, vai ser motivo de atrito: mágoas de família e discussões a respeito do futuro dos jovens Renoir.
Nota: 9,0/ 10
3. Comer Rezar Amar (Eat Pray Love, 2010)
Não subestimem os filmes populares com temas aparentemente clichê! Fui ver Comer Rezar Amar com dois quilos de preconceito e três de desconfiança, e aos trinta minutos de filme já estava desarmado. Liz Gilbert (Julia Roberts) tinha uma vida estável: marido, casa confortável, bom emprego, amigos queridos, até que percebe que durante toda sua vida perseguiu um ideal de felicidade que não era seu e que nunca havia sido bem sucedida em um relacionamento. Ela então larga tudo pra dar uma chance a si mesma e viver intensamente experiências em destinos incríveis: na Itália ela descobre o melhor da gastronomia e do prazer de cozinhar; na Índia se junta aos seguidores de uma guru e explora sua espiritualidade; em Bali encontra finalmente sua paz interior e a possibilidade de ter enfim um grande amor. Simples, um bocado clichê, mas bastante agradável.
Nota: 7,5/ 10
4. Inverno da Alma (Winter's Bone, 2010)
Após ser indicada ao Oscar em 2011, Jennifer Lawrence ganhou muita projeção com Jogos Vorazes e depois com O lado bom da vida, com o qual venceu o Oscar em 2013. Mas seu melhor papel ainda é aquele pelo qual ela recebeu sua primeira indicação - e pra mim, seu melhor filme também. A personagem de Jennifer, Ree, é uma garota de 17 anos que precisa encontrar o pai para que ela, sua mãe e seus irmãos pequenos não sejam despejados de sua casa. O pai, que tinha envolvimento com o crime, havia saído em condicional e deixado a casa como garantia caso fugisse - e estava desaparecido. Para encontrar o pai, Ree precisa ir atrás de gente perigosa, sem escrúpulos nem piedade, que somado à já difícil vida num lugar frio e árido, exige da jovem força e maturidade que ela precisa adquirir sem apoio de ninguém. 
Nota: 8,5/ 10
5. Bonnie e Clyde - uma rajada de balas (Bonnie and Clyde, 1967)
Baseado em fatos reais, Bonnie e Clyde acompanha uma dupla de ladrões de banco que deu muito trabalho à polícia americana nos anos 30. Atacando agências pelo interior do país, Bonnie Parker (Faye Dunaway) e Clyde Barrow (Warren Beatty) eram bandidos de quinta em termos de assalto a banco, pois nunca faturavam altas quantias, mas eram bons de tiros e muito violentos - daí o subtítulo nacional, Uma rajada de balas. Além do casal, a quadrilha é composta pelo irmão de Clyde, Buck (Gene Hackman), que arrasta sua esposa chorona Blanche (Estelle Parsons), e C. W. Moss (Michael J. Pollard), um zé ninguém achado no caminho. Apesar de não ter a violência mais complexa que a década seguinte traria, Bonnie e Clyde é um marco no cinema americano, uma prévia do fim do superficial e tradicional cinema dos anos 60, além de ter sido um sucesso de bilheteria por todo o mundo. O sucesso do filme também repercutiu nas premiações; foi indicado a dez Oscar, sendo 5 das indicações por seu elenco. Estelle Parsons venceu atriz coadjuvante e a fotografia também foi vencedora.
Nota: 9,0/ 10
Luís F. Passos

2 comentários:

  1. Olá Luís F. Passos. Sou sua fã há anos e gostaria que vc mandasse um beijo da galera de Aracaju.
    Te acho uma delícia viu?

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    1. Moça, Lulu tá solteiro, se jogue, pq ele é um partidão.

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