1. Antes do inverno (Avant l'hiver, 2012)
Uma série de buquês de rosas vermelhas entregues na casa, no
consultório e no hospital em que o Paul (Daniel Auteuil), respeitado
neurocirurgião trabalha levanta um mistério na família do médico. Casado
há trinta anos com Lucie (Kristin S. Thomas), ele se vê envolvido com
Lou (Leila Bekhti), paciente de muitos anos atrás que está visivelmente
interessada nele. Pra piorar, seu casamento está degastado e ele percebe
que ele a esposa eram dois estranhos dormindo juntos. O aparecimento
das flores e de Lou parece ser a oportunidade de revelar fantasmas do
passado, no difícil momento que é a chegada da velhice. É hora então de
pôr em prova os velhos laços afetivos, incluindo a amizade com Gérard
(Richard Berry), velho amigo do casal, e os próprios filhos. Mais um
grande título do cinema francês e outro trabalho ótimo de Kristin Scott
Thomas.
Nota: 8,5/ 10
2. Renoir (2012)
A bela Côte d'Azur, no sul da França, é palco para a arte de
Pierre-Auguste Renoir, um dos maiores nomes do Impressionismo e das
artes em geral entre o fim do século XIX e início do XX. Vemos a rotina
de um Renoir já velho, atormentado pelas dores e limitações físicas
impostas por uma artrite reumatoide avançada, mas que continua a
executar sua arte com a perfeição de sempre. É a chegada da jovem modelo
Andrée e o consequente envolvimento da moça com a família que dá início
à ação do filme. Mais do que alguém que faz poses, ela se torna
inspiração para o artista, que vê na juventude de Andrée alívio para a
saudade da falecida esposa e preocupação com os filhos que estão na
guerra. A chegada dos filhos de Renoir, em especial o mais velho, Jean
(que viria a se tornar um dos maiores cineastas da história), que também
se encanta com Andrée, vai ser motivo de atrito: mágoas de família e
discussões a respeito do futuro dos jovens Renoir.
Nota: 9,0/ 10
Não subestimem os filmes populares com temas aparentemente clichê! Fui ver Comer Rezar Amar com dois quilos de preconceito e três de desconfiança, e aos trinta minutos de filme já estava desarmado. Liz Gilbert (Julia Roberts) tinha uma vida estável: marido, casa confortável, bom emprego, amigos queridos, até que percebe que durante toda sua vida perseguiu um ideal de felicidade que não era seu e que nunca havia sido bem sucedida em um relacionamento. Ela então larga tudo pra dar uma chance a si mesma e viver intensamente experiências em destinos incríveis: na Itália ela descobre o melhor da gastronomia e do prazer de cozinhar; na Índia se junta aos seguidores de uma guru e explora sua espiritualidade; em Bali encontra finalmente sua paz interior e a possibilidade de ter enfim um grande amor. Simples, um bocado clichê, mas bastante agradável.
Nota: 7,5/ 10
4. Inverno da Alma (Winter's Bone, 2010)
Após ser indicada ao Oscar em 2011, Jennifer Lawrence ganhou muita projeção com Jogos Vorazes e depois com O lado bom da vida,
com o qual venceu o Oscar em 2013. Mas seu melhor papel ainda é
aquele pelo qual ela recebeu sua primeira indicação - e pra mim, seu
melhor filme também. A personagem de Jennifer, Ree, é uma garota de 17
anos que precisa encontrar o pai para que ela, sua mãe e seus irmãos
pequenos não sejam despejados de sua casa. O pai, que tinha envolvimento
com o crime, havia saído em condicional e deixado a casa como garantia
caso fugisse - e estava desaparecido. Para encontrar o pai, Ree precisa
ir atrás de gente perigosa, sem escrúpulos nem piedade, que somado à já
difícil vida num lugar frio e árido, exige da jovem força e maturidade
que ela precisa adquirir sem apoio de ninguém.
Nota: 8,5/ 10
5. Bonnie e Clyde - uma rajada de balas (Bonnie and Clyde, 1967)
Baseado em fatos reais, Bonnie e Clyde acompanha uma dupla de
ladrões de banco que deu muito trabalho à polícia americana nos anos 30.
Atacando agências pelo interior do país, Bonnie Parker (Faye Dunaway) e
Clyde Barrow (Warren Beatty) eram bandidos de quinta em termos de
assalto a banco, pois nunca faturavam altas quantias, mas eram bons de
tiros e muito violentos - daí o subtítulo nacional, Uma rajada de balas.
Além do casal, a quadrilha é composta pelo irmão de Clyde, Buck (Gene
Hackman), que arrasta sua esposa chorona Blanche (Estelle Parsons), e C.
W. Moss (Michael J. Pollard), um zé ninguém achado no caminho. Apesar
de não ter a violência mais complexa que a década seguinte traria, Bonnie e Clyde
é um marco no cinema americano, uma prévia do fim do superficial e
tradicional cinema dos anos 60, além de ter sido um sucesso de
bilheteria por todo o mundo. O sucesso do filme também repercutiu nas
premiações; foi indicado a dez Oscar, sendo 5 das indicações por seu
elenco. Estelle Parsons venceu atriz coadjuvante e a fotografia também
foi vencedora.
Nota: 9,0/ 10
Luís F. Passos
Olá Luís F. Passos. Sou sua fã há anos e gostaria que vc mandasse um beijo da galera de Aracaju.
ResponderExcluirTe acho uma delícia viu?
Moça, Lulu tá solteiro, se jogue, pq ele é um partidão.
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