Love is blindness. A nova adaptação do imortal romance de Scott
Fitzgerald (há três anteriores, sendo a mais conhecida a dos anos 70
dirigida por Coppola) há muito era aguardada, e foi lançada em maio de 2013 em Cannes. Como não era de se estranhar, o diretor Baz
Luhrmann usou e abusou da extravagância para contar a história do
misterioso e extravagante Jay Gatsby (Leonardo DiCaprio), a partir da
narração de seu vizinho Nick Carraway (Tobey Maguire). Morando em um
verdadeiro palácio em Long Island, Gatsby é quase uma lenda viva, um
desafio à imaginação de suas centenas de convidados que todas as semanas
lotam sua mansão em festas inacreditáveis regadas a rios de bebidas
alcoólicas - isso em plena época da Proibição. Mas por trás da
ostentação e futilidade, lembranças do passado que envolvem a linda
prima de Nick, Daisy (Carrey Mulligan). O filme peca pelo excesso e é
mais uma tentativa de chegar à profundidade do livro que não dá certo,
mas não deixa de ser uma boa opção.
Nota: 8,5/ 10
Nota: 8,5/ 10
2. O Grande Lebowski (The Big Lebowski, 1998)
Jeff Lebowski (Jeff Bridges), mais conhecido como The Dude (o Cara), é
um beberrão folgado cuja maior paixão é o boliche. A vida do Dude dá uma
sacudida quando traficantes o confundem com um milionário que tem o
mesmo nome que ele, pois a mulher do ricaço era viciada. É quando o rico
Lebowski, chamado de Big, chama seu xará pobre que as coisas ficam
feias pro jogador de boliche: o plano era o Dude negociar com os
criminosos o regaste da mulher do Big Lebowski, mas graças à ajuda dos
amigos idiotas do Dude, nada dá certo. São os Irmãos Coen mais uma vez
trabalhando com figuras fracassadas e tirando situações hilárias e
violentas. As mirabolantes tentativas do Dude de sair da enrascada
misturam competições de boliche, veteranos neuróticos do Vietnã e até
mesmo prêmios do cinema pornô. Impossível não rolar de rir.
Nota: 8,5/ 10
3. Chinatown (1974)
Um dos melhores filmes de Roman Polanski é mais uma prova da genialidade
do cinema dos anos 70. Ambientado na Los Angeles dos anos 30, Chinatown traz
Jack Nicholson como um detetive que se vê no meio de uma trama que
quanto mais se aprofunda, mais complexa se mostra. Ao lado de uma femme
fatale vivida por Faye Dunaway, a personagem de Nicholson tentará
decifrar o mistério que envolve desde a guerra de águas da Califórnia
até terríveis segredos familiares. Eis um filme maravilhoso - sério, dá raiva
de quão bom ele é - que foi lançado no ano errado. 1974 foi apenas o ano
de O Poderoso Chefão parte II, que ofuscou todos seus rivais. O que não
tira em nada o mérito de Chinatown. O roteiro é perfeito, a direção é
de mestre, o elenco é sensacional. Além disso, aqui estão algumas das
melhores reviravoltas do cinema americano.São várias cenas marcantes, a começar pelo detetive vivido por
Nicholson ter seu nariz cortado por um bandido interpretado pelo próprio
diretor Polanski e dizer "por pouco não perco o meu nariz. E eu gosto
dele. Gosto de respirar por ele", passando por uma sucessão de tapas que
Nicholson dá no rosto de Dunaway (dizer o conteúdo do diálogo é spoiler
pesado) e claro, a inesquecível frase final (que também seria spoiler,
então assista ao filme
Nota: 10 + 1 por ser excelente e não tão conhecido
4. Lolita (1962)
Há quem diga que Lolita é o primeiro filme realmente 'de Kubrick', pois é
o primeiro que dá pra saber que nenhum outro diretor filmaria. Afinal,
haja ousadia para adaptar a polêmica obra de Vladimir Nabovok, que fora
censurada em vários países quando lançada. Lolita acompanha o professor
universitário Humbert Humbert (James Mason) e seu desejo doentio por uma
adolescente de catorze anos, Lolita, que o levou a se casar com a mãe
desta só para se aproximar dela. Com olhares furtivos e escrevendo em
seu diário, Humbert guarda para si a obsessão pela menina, enquanto a
mãe se atira sobre ele sem algum pudor. Reviravoltas no filme parecem
contribuir para o sucesso,de suas intenções, mas outras reviravoltas
deixam a história ainda mais interessante, e surpreendentemente fresca
mesmo cinquenta e poucos anos depois de seu lançamento.
Nota: 10
5. A Malvada (All about Eve, 1950)
Um clássico importante e interessantíssimo, A Malvada é mais um dos títulos que ficaram infelizes depois de traduzidos. Mas esse detalhe não é nada comparado ao roteiro inesquecível e às atuações ainda mais inesquecíveis, começando pelas protagonistas Bette Davis e Anne Baxter. Bette é Margo Channing, atriz veterana da Broadway, ícone entre os colegas e queridinha dos diretores, que vê sua vida mudar com o aparecimento de Eve Harrigton (Baxter), contratada por ela como assessora. Mas a aparentemente inocente Eve de boba não tem nada, se mostrando um poço de inveja e esperteza, fazendo de tudo para se tornar uma atriz do mesmo nível e prestígio de Margo. Os diálogos são ora ácidos, ora sagazes, mas sempre geniais, como o "apertem os cintos, esta será uma noite turbulenta!" proferido por Margo diante da tensão de uma festa de aniversário.
Nota: 10
Um clássico importante e interessantíssimo, A Malvada é mais um dos títulos que ficaram infelizes depois de traduzidos. Mas esse detalhe não é nada comparado ao roteiro inesquecível e às atuações ainda mais inesquecíveis, começando pelas protagonistas Bette Davis e Anne Baxter. Bette é Margo Channing, atriz veterana da Broadway, ícone entre os colegas e queridinha dos diretores, que vê sua vida mudar com o aparecimento de Eve Harrigton (Baxter), contratada por ela como assessora. Mas a aparentemente inocente Eve de boba não tem nada, se mostrando um poço de inveja e esperteza, fazendo de tudo para se tornar uma atriz do mesmo nível e prestígio de Margo. Os diálogos são ora ácidos, ora sagazes, mas sempre geniais, como o "apertem os cintos, esta será uma noite turbulenta!" proferido por Margo diante da tensão de uma festa de aniversário.
Nota: 10
Nenhum comentário:
Postar um comentário