1. Melancolia (Melancholia, 2011)
Transformar o fim do mundo numa obra de
arte de beleza singular- foi o que Lars von Trier fez em Melancolia. Dividido
em duas partes, o filme acompanha duas irmãs, Justine (Kirsten Dunst) e Claire (Charlotte
Gainsbourg), na iminência do choque de um planeta gigante com a Terra. A
primeira parte, intitulada Justine, mostra o casamento desta no castelo de seu
cunhado, John. A festa luxuosa é o ponto de partida para o desencadeamento da
severa depressão que se abate sobre Justine. Já na segunda parte, surge o
misterioso planeta Melancholia, que em sua rota gravitacional passaria próximo
à Terra, se bem que para muitos ele colidiria. O filme aborda as diferentes
reações diante do fim do mundo, a pequenez do homem diante do universo e outros
temas amplos de forma brilhante. Um espetáculo de imagens e sentimentos.
Nota: 10
2. Educação (An Education, 2009)
Charmoso e encantador, Educação é um filme sobre a transição entre adolescência e idade adulta, com todas as expectativas e frustrações dessa fase. Jenny (Carey Mulligan) tem 16 anos e mora com a família num subúrbio de Londres. Inteligente e erudita, Jenny sonha com um diploma de Oxford e uma vida agitada e interessante, ao mesmo tempo em que vive no que chama de tédio da adolescência e aguarda ansiosa seus dias de independência. Quando conhece um carismático homem de mais de trinta anos, Jenny se vê envolvida num mundo novo e elegante, frequentando concertos, restaurantes caros, leilões de arte e outros eventos cheios de glamour - deixando Jenny no dilema entre sua educação formal e o aprendizado que tal vida poderia lhe oferecer. Ótimo em diversos aspectos, tem na atuação da até então pouco conhecida Carey Mulligan um show à parte.
Nota: 9,5/ 10
3. Orgulho e Preconceito (Pride and Prejudice, 2005)
Uma das melhores e mais queridas adaptações para o cinema de clássicos literários, Orgulho e preconceito
traz a linda Keira Knightley como a jovem Elizabeth Bennet, uma das
poucas cabeças sensatas em meio a uma família de cinco irmãs do interior
da Inglaterra. Diferente dela e de sua irmã mais velha, Jane, as três
mais novas são desmioladas que só pensam em casar, graças à influência
de sua mãe. O que muda o destino das irmãs Bennet é a chegada do rico
sr. Bingley à cidade, acompanhado de suas irmãs e do antipático sr Darcy
(Matthew Mcfadyen). Enquanto a relação de Jane e Bingley promete seguir
um belo caminho, a de Elizabeth e Darcy é cheia de discussões. Mas nada
que um enredo não possa mudar.
Nota: 9,0/ 10
4. Clube da luta (Fight club, 1999)
A década de 90 não foi uma das melhores do cinema, mas alguns filmes fizeram história e até hoje são referência para profissionais e público da Sétima arte. Um dos maiores exemplos é Clube da luta, ícone da filmografia de David Fincher, que põe em xeque os valores de uma sociedade guiada pelo consumo e por definições vazias do que é sucesso ou felicidade - "trabalhamos em empregos que não gostamos para comprarmos coisas das quais não precisamos", diz Tyler Durden (Brad Pitt) para o narrador anônimo (Edward Norton). O narrador vive uma vida pacífica demais e é a convivência com Tyler, violento e rebelde, que vai mudá-lo, quando os dois iniciam um grupo que se reúne pra trocar porrada. Isso e a relação com Marla (Helena Bonham Carter), que ele conheceu frequentando grupos dos quais nenhum dos dois precisava. A proposta do filme e os segredos que vão sendo revelados são algo arrebatador que tão cedo não será esquecido. E vou encerrar aqui, afinal a primeira regra do Clube da Luta é não falar sobre o Clube da Luta.
Nota: 10
5. O Desprezo (Le Mépris, 1963)
Para o público mais exigente, a dica é um dos melhores filmes de Godard, e de todos os tempos. O desprezo acompanha
a ruína de um casamento a partir de um ato repugnante do marido Paul
(Michel Picoli) em relação à sua bela esposa Camille (Brigitte Bardot).
Paul, que é convidado a escrever o roteiro de um filme de Fritz Lang,
faz vista grossa às investidas do chefe, o produtor Jeremy (Jack
Palance) sobre sua esposa - e quando ela percebe, passa a desprezá-lo.
Enredo interessante, diálogos tensos e imagens deslumbrantes são alguns
dos ingredientes que fazem deste um clássico universal.
Nota: 10
Luís F. Passos
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