1. Inside Llewyn Davis (2013)
Até agora o filme que mais gostei nesse ano. Os Irmãos Coen contam a história de Llewyn Davis (Oscar Isaac), cantor fracassado que não conseguiu emplacar sucesso, viu seu parceiro e melhor amigo falecer, a família lhe virar as costas e estragou um relacionamento com a mulher que amava (amava mesmo?) Ambientado no Greenwich Village dos anos 60, de onde saíram astros do quilate de ninguém menos de Bob Dylan, Inside Llewyn Davis é um tanto influenciado pela história real do cantor Dave Von Ronk, cuja problemática personalidade era digna de fama. Llewyn é um pobre coitado que sabe que é um coitado ao mesmo tempo que mantém um desdém por tudo e todos, inclusive Jean (Carey Mulligan), com quem teve um caso, Jim (Justin Timberlake), marido de Jean e cantor bem sucedido, além dos vários outros personagens. Mais um filmaço dos Coen sobre figuras fracassadas, dessa vez abrilhantado por uma excelente trilha sonora.
Nota: 10
2. Vicky Cristina Barcelona (2008)
Sem dúvidas um dos mais queridos entre os últimos filmes de Woody Allen, Vicky Cristina Barcelona esbanja sensualidade através de seus quatro protagonistas e beleza e encanto de seu cenário, a cidade de Barcelona e a região da Catalunha. Quando Vicky (Rebeca Hall) e Cristina (Scarlett Johansson) chegam à cidade, não imaginavam que em meio à rica cultura espanhola iriam encontrar o amor na figura do provocante pintor Juan Antonio (Javier Bardem), que as convida para um fim de semana cheio de lugares lindos, bons vinhos, pratos deliciosos e muito sexo. O inusitado convite é o ponto de partida para um breve contato entre
Vicky e Juan Antonio e o início da relação do artista com Cristina - que
será sacudido com a volta da ex mulher dele, Maria Elena (Penélope
Cruz). Os cenários, o idioma, a música, a fotografia e o elenco são
ingredientes que fazem deste um filme intenso, sexy e carismático,
mostrando a versatilidade de Woody mesmo depois dos setenta anos, além
de sua capacidade de criar grandes personagens femininas que presenteiam
suas intérpretes com Oscar - Penélope Cruz foi vencedora na categoria
atriz coadjuvante.
Nota: 9,0/ 10
3. Os Bons Companheiros (GoodFellas, 1990)
Violento, brutal, e estranhamente carismático. Um dos melhores filmes de Scorsese aborda a escória da máfia, gângsters nascidos no subúrbio que em nada lembram a elegante e cavalheiresca máfia romantizada em outras obras. Henry (Ray Liotta) desde garoto sabia que queria entrar na máfia e ter todos privilégios que o crime lhe proporcionaria, e ao lado de seus amigos Tommy (Joe Pesci) e Jimmy (Robert De Niro) ganha experiência e uma extensa ficha criminal que inclui agressão, extorsão, assassinato e tráfico de drogas. A amizade dos três beira a fraternidade, as famílias se dão muito bem, mas nem mesmo uma organização criminosa com base tão sólida pode ser resitente a tudo. A ascensão social a partir da máfia, o status que representa a gangue, as relações entre as personagens e a forte violência são mostradas com magestria e por incrível que pareça, com um humor um tanto irônico. (Funny? Funny how, motherfucker?)
Nota: 10
Nota: 10
4. Nascido para Matar (Full Metal Jacket, 1987)
Um filme sobre a Guerra do Vietnã de arrepiar: além de mostrar soldados no campo de batalha, Nascido para matar se dedica a tratar da formação deles. O filme começa em solo americano, numa base de recrutas dos Fuzileiros Navais, onde um sargento terrorista afirma para seus comandados que a partir daquele momento até seus rabos pertenciam à pátria. Metade do longa é ambientada na base, mostrando o rígido treinamento e a disciplina de ferro do sargento, e a outra metade se passa em solo vietnamita, onde se prova que no fundo não há muita diferença entre soldados, sargentos ou oficiais: todos são vítimas da alienação da guerra, treinados apenas para matar, sem saber por que ou para quem. Um filme único, e sem dúvidas um dos melhores já feitos sobre guerra.
Nota: 10
Um filme sobre a Guerra do Vietnã de arrepiar: além de mostrar soldados no campo de batalha, Nascido para matar se dedica a tratar da formação deles. O filme começa em solo americano, numa base de recrutas dos Fuzileiros Navais, onde um sargento terrorista afirma para seus comandados que a partir daquele momento até seus rabos pertenciam à pátria. Metade do longa é ambientada na base, mostrando o rígido treinamento e a disciplina de ferro do sargento, e a outra metade se passa em solo vietnamita, onde se prova que no fundo não há muita diferença entre soldados, sargentos ou oficiais: todos são vítimas da alienação da guerra, treinados apenas para matar, sem saber por que ou para quem. Um filme único, e sem dúvidas um dos melhores já feitos sobre guerra.
Nota: 10
5. Quanto mais quente melhor (Some like it hot, 1959)
Dois músicos pobretões que precisam fugir da máfia de Chicago, uma banda feminina bem assanhadinha, uma cantora loira de parar o trânsito e milionários na Flórida. Tudo isso, sob a direção de um mestre da comédia, vira um clássico que permanece incólume num pódio há mais de cinquenta anos. Joe (Tony Curtis) e Jerry (Jack Lemmon) são amigos que testemunham um massacre promovido pela máfia e precisam fugir da cidade, e o disfarce perfeito é encontrado junto a uma banda feminina que partia em direção à Flórida. Vestidos de mulher, passam a ser Josephine e Daphne. Mas na banda da controladora Sweet Sue, eles conhecem Sugar Kane (Marilyn Monroe), uma cantora que tenta esquecer seus amores fracassados com ajuda do uísque e da esperança de encontrar um milionário sensível que a ame. Enfim, tudo pode acontecer na Flórida, e quase de tudo acontece - romance, fugas e principalmente comédia escrachada. Ingredientes perfeitos pra uma obra-prima.
Nota: 10
Luís F. Passos
Dois músicos pobretões que precisam fugir da máfia de Chicago, uma banda feminina bem assanhadinha, uma cantora loira de parar o trânsito e milionários na Flórida. Tudo isso, sob a direção de um mestre da comédia, vira um clássico que permanece incólume num pódio há mais de cinquenta anos. Joe (Tony Curtis) e Jerry (Jack Lemmon) são amigos que testemunham um massacre promovido pela máfia e precisam fugir da cidade, e o disfarce perfeito é encontrado junto a uma banda feminina que partia em direção à Flórida. Vestidos de mulher, passam a ser Josephine e Daphne. Mas na banda da controladora Sweet Sue, eles conhecem Sugar Kane (Marilyn Monroe), uma cantora que tenta esquecer seus amores fracassados com ajuda do uísque e da esperança de encontrar um milionário sensível que a ame. Enfim, tudo pode acontecer na Flórida, e quase de tudo acontece - romance, fugas e principalmente comédia escrachada. Ingredientes perfeitos pra uma obra-prima.
Nota: 10
Luís F. Passos
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