Não vou me demorar falando da história ou dos significados por trás dela - Lucas já fez isso quando falou do filme. Sim, o filme é extremamente fiel ao livro, já que o diretor e roteirista, Stephen Chbosky, é o mesmo Stephen Chosky que escreveu o livro. Er... e que filme. Não lembro se foi o primeiro ou um dos primeiros filmes que vi esse ano, só sei que me fez sentir que comecei meu ano de cinéfilo com pé direito.
Pra relembrar a história: Charlie é um garoto que chega ao ensino médio sem amigos e sem muita noção do mundo a sua volta - é invisível -, e é cheio de traumas que aos poucos vão sendo revelados; no caso do livro, aos poucos mesmo. O filme dá mais indícios desses traumas e as causas ficam mais previsíveis. Sua história muda quando conhece os irmãos Sam e Patrick, veteranos, e passa a frequentar o círculo de amigos deles. A partir daí um novo mundo se abre para Charlie; cheio de pessoas que ele ama e para quem ele é alguém, além de várias experiências - um bolo de haxixe, álcool, cigarro, outras drogas e seu primeiro beijo. Mas nem tudo são flores nesse lado do front, e Charlie precisa aprender a lidar com os problemas que seu passado vai trazendo à tona, e também problemas de seus amigos e sua família.
A primeira coisa para a qual chamo atenção é que este é um livro epistolar - escrito em cartas, destinadas a um "querido amigo" e que sempre terminam com "Com amor, Charlie", um tom afetuoso que aumenta o carisma da obra. E que carisma... (desculpem as reticências, mas é pra dar um tom de suspiro) o livro é narrado de um jeito que conseguimos ouvir a voz de Charlie, adolescente que sabe tão pouco da vida e ao mesmo tempo tem uma maturidade admirável. Acho que isso se deve às cartas, que fazem parecer que Charlie está conversando com o leitor. Uma diferença do filme é que o livro é um pouco mais brutal, aqui temos algumas coisas que não foram pro cinema e que mostram que coisas ruins acontecem com todo mundo, e que Charlie não é o único traumatizado da história.
Não pretendo me prolongar, então quero encerrar com a principal lição do livro: existem razões para acreditar na literatura juvenil. Não é porque a maioria dos best sellers oferece histórias insossas de vampiros que parecem a fada Sininho ou lobisomens metrossexuais que todos sejam assim; As vantagens de ser invisível nos traz um drama meio simples, porém genuíno e cativante o suficiente para ser inesquecível. As baboseiras são maioria, mas os simples e bons ainda resistem.
Leia também: As vantagens de ser invisível (filme)
Luís F. Passos
A primeira coisa para a qual chamo atenção é que este é um livro epistolar - escrito em cartas, destinadas a um "querido amigo" e que sempre terminam com "Com amor, Charlie", um tom afetuoso que aumenta o carisma da obra. E que carisma... (desculpem as reticências, mas é pra dar um tom de suspiro) o livro é narrado de um jeito que conseguimos ouvir a voz de Charlie, adolescente que sabe tão pouco da vida e ao mesmo tempo tem uma maturidade admirável. Acho que isso se deve às cartas, que fazem parecer que Charlie está conversando com o leitor. Uma diferença do filme é que o livro é um pouco mais brutal, aqui temos algumas coisas que não foram pro cinema e que mostram que coisas ruins acontecem com todo mundo, e que Charlie não é o único traumatizado da história.
Não pretendo me prolongar, então quero encerrar com a principal lição do livro: existem razões para acreditar na literatura juvenil. Não é porque a maioria dos best sellers oferece histórias insossas de vampiros que parecem a fada Sininho ou lobisomens metrossexuais que todos sejam assim; As vantagens de ser invisível nos traz um drama meio simples, porém genuíno e cativante o suficiente para ser inesquecível. As baboseiras são maioria, mas os simples e bons ainda resistem.
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Luís F. Passos
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