Segunda postagem, agora para falar das atuações masculinas como coadjuvantes que mais me marcaram dentre os coadjuvantes que ganharam o Oscar e que eu pude ver.
Esse filmaço tem quatro grandes atuações. Todas foram indicadas ao Oscar. Três saíram vencedoras, e uma delas é a de Karl Malden, como o pobre coitado e muito bem intencionado Mitch, cujo grande problema é se sentir atraído e realmente querer algo sério com a problemática Blanche (Vivien Leigh). Tem uma sessão específica em que os dois discutem que é excepcional.
Um dos meus musicais preferidos e um dos meus coadjuvantes preferidos. Joel Grey faz aqui o mestre de cerimônia que faz vários e vários espetáculos nos palcos do famoso cabaré alemão dos anos 20 onde se apresenta a famosa Sally Bowles (Liza Minelli). Sua atuação é limitada aos palcos do cabaré, em grandes apresentações musicais como muita dança e cantoria. Todas ótimas, destaque para “Money makes de world go around, Money makes the world go around...” música chiclete que fala da relação não apenas deles, como de todos, com o dinheiro.
Quase tão bom quanto ver o Don Corleone forte, temido e poderoso feito por Marlon Brando, é ver o jovem Don Corleone interpretado por Robert DeNiro na segunda parte da trilogia. Aqui, Don Corleone é só mais um pobre coitado. Vamos acompanhar o nascimento daquela figura tão imponente e marcante que acompanhamos no primeiro filme.
O ator mais jovem a vencer nessa categoria, Timothy Hutton interpreta o jovem Conrad. Nossa, como esse cara sofre. Devastado pela perda não tão distante de seu irmão mais velho num acidente de barco, recém saído de uma internação por ter tentado cometer suicídio justamente por causa desse acidente e tendo que conviver com seu psicólogo, antigos amigos que nada podem fazer, um pai confuso (Donald Shutterland) e uma mãe que é uma mulher totalmente fria, distante e incompreensiva (interpretada por Mary Tyler Moore, também indicada ao Oscar pelo longa.
Paralelo a historinha de amor açucarada vivida por Richard Gere e Debra Winger, temos o sargento Emil Foley, cuja função é infernizar aquele rapazes, e moça, que tanto querem um alto cargo no exército. Ele realmente é muito rígido, muito agressivo e seu treinamento não é para qualquer um. Interessante também é sua relação com o protagonista, interpretado por Richard Gere, que vai da competição à admiração e o respeito mútuo, tanto como oficiais do exército quanto como pessoas.
O Elliot interpretado por Caine é uma figura meio desengonçada que acha estar perdidamente apaixonado por Lee (Barbara Hershey) ao mesmo tempo em que é casado com Hannah (Mia Farrow) com quem mantém uma relação instável, não por parte dela, mas por parte de si mesmo, por julgar a si mesmo como inferior e menos importante na relação com a esposa. Mais um dos personagens insatisfeitos que Woody Allen tanto gosta de mostrar.
Um “italiano” criminoso e mal caráter que faz questão de forçar muito seu sotaque tosco, tem um caso com a personagem de Jamie Lee Curtis, todo caricato, espalhafatoso e muito, muito engraçado. É a maior graça desse filme de comédia de nome esquisito que gosto tanto e o segundo trabalho de Kline que mais admiro (o primeiro, sem dúvida, é seu papel em A escolha de Sofia).
Demorou pra Joe Pesci levar seu Oscar, mas em 1990 chegou sua vez com o mau caráter, sem noção, violento e sádico Tommy, um baixinho ignorante e um dos mais perigosos homens daquela máfia que dominava grande parte dos negócios da cidade.
Martin interpreta Bela Lugosi, um grande nome dos primórdios do cinema, famoso por ter interpretado Drácula, o primeiro Drácula! Muitos anos mais tarde, Lugosi é um morto na industria cinematográfica e não há nenhum interesse no tipo de entretenimento que ele mostra em seu trabalho. Eis que surge a chance bizarra de trabalhar com Ed Wood, um dos diretores mais toscos da história do cinema, famoso por fazer filmes de ficção científica/ terror de baixo orçamento e de qualidade extremamente duvidosa. Obs: para quem não sabe tanto Bela Lugosi quanto Ed Wood são personagens reais da história do cinema!
Melhor personagem desse grande filme de Clint Eastwood, Tim Robbins vive um homem problemático que sofre com um acontecimento trágico que ocorreu na sua infância e que se vê envolvido com a violenta morte da filha de um antigo amigo de quando era criança (interpretado por Sean Penn). Sua personalidade confusa e as evidências do crime levam até mesmo a sua esposa (Marcia Gay Harden) a acreditar que ele é o culpado.
11. Alan Arkin: Pequena miss Sunshine (Little miss Sunshine), 2006
O vovô é uma grande figura do filme. Em meio aquela família cheia de desajustados, ele consegue se destacar como uma figura totalmente diferente do que se imagina de alguém da terceira idade. Pervertido e viciado em heroína, o vovô dá vários conselhos totalmente fora do convencional e é a grande sustentação de Olive (Abigail Breslin) e quem mais alimenta seu sonho de ser a rainha da beleza infantil. Destaque para a coreografia que ele criou para a apresentação da neta no concurso... é uma cena que dispensa comentários de tão engraçada.
11. Alan Arkin: Pequena miss Sunshine (Little miss Sunshine), 2006
O vovô é uma grande figura do filme. Em meio aquela família cheia de desajustados, ele consegue se destacar como uma figura totalmente diferente do que se imagina de alguém da terceira idade. Pervertido e viciado em heroína, o vovô dá vários conselhos totalmente fora do convencional e é a grande sustentação de Olive (Abigail Breslin) e quem mais alimenta seu sonho de ser a rainha da beleza infantil. Destaque para a coreografia que ele criou para a apresentação da neta no concurso... é uma cena que dispensa comentários de tão engraçada.
12. Javier Bardem: Onde os fracos não tem vez (No country for old men), 2007
O sádico e implacável assassino do filme é o que há de mais interessante no longa. De assustador, ele passa a ser divertido. Principalmente por aquele cabelinho totalmente ridículo. Um personagem que não foge muito dos padrões dos irmãos Coen, e isso é muito bom por si só.
13. Heath Ledger: O cavaleiro das trevas (The dark knight), 2008
O Coringa de Ledger é mil vezes melhor que o próprio Batman de Christian Bale e consegue ser superior até mesmo ao Coringa interpretado por Jack Nicholson nos anos 80. É um dos melhores vilões de filmes de heróis que já foram feitos. Extremamente violento, perturbado e muito, muito sádico. É raro ver um ator se entregar tanto assim numa personagem. Com certeza é o melhor papel de Heath Ledger. É tão bom que se tivesse sido indicado a melhor ator, teria dado muito trabalho ao vencedor do ano, Sean Penn (Milk –a voz da igualdade). Infelizmente, esse Oscar é póstumo, visto que o ator morreu antes de receber o prêmio. É realmente uma grande pena, pois Heath Ledger era um grande ator e sua carreira com certeza só iria crescer mais e mais após esse papel impressionante.
14. Christoph Waltz: Bastardos inglórios (Inglorious basterds), 2009
Como esquecer do incrível Coronel Hans? Uma das personagens mais interessantes da filmografia de Quentin Tarantino, é o maior destaque desse grande filme que é Bastardos inglórios. Apesar de ser violento, o que realmente marca o coronel é seu humor sarcástico e ao mesmo tempo sádico, além de sua incrível inteligência. Não é a toa que no filme ele é o maior caçador de judeus da Alemanha nazista. Levou o ator austríaco Christoph Waltz ao sucesso imediato.
15. Christian Bale: O vencedor (The fighter), 2010
Fracassado, agressivo, problemático, viciado em drogas, péssima influência e ao mesmo tempo um grande nome do boxe. Esse é Dicky, personagem vivido por Christian Bale no filme O vencedor, que é uma espécie de modelo a ser seguido, e também a ser evitado, para seu irmão, Micky Ward (Mark Whalberg). É um personagem muito complicado e a peça chave de todo o filme. Durante o longa, muitas vezes tudo gira mais em torno de Dicky do que do irmão (teoricamente, o protagonista).
por Lucas Moura
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