1. Moulin Rouge - amor em vermelho (Moulin Rouge!, 2002)
O cabaré mais famoso do mundo chegou às telonas nesse inesquecível filme
do habilidoso e extravagante diretor Baz Luhrmann. Na Paris do fim do
século XIX, uma geração de jovens e pobres artistas buscava deixar sua
marca na cultura da época, visando uma arte que girasse em torno da
beleza, da verdade, da liberdade e do amor. Entre esses artistas há o
escritor Christian (Ewan McGregor), que se apaixona pela mais bela das
cortesãs do Moulin Rouge, Satine (Nicole Kidman) - mas entre os dois
havia os planos de transformar o cabaré num teatro, um rico e maléfico
barão e a doença que era o mal do século. Moulin Rouge fascina
pelo exagero, brilho, beleza, músicas (apesar de não ter nenhuma música
original, usando clássicos como Diamonds are the girls best friends e
Like a virgin) e tem o grande mérito de ressuscitar o decrépito gênero
dos musicais, sendo o primeiro musical em mais de vinte anos indicado ao
Oscar de melhor filme.
Nota: 9,5/ 10
Depois de muito, muito tempo longe dos holofotes internacionais, o cinema brasileiro voltou a brilhar no fim dos anos 90 com a emocionante história de um menino órfão (Vinícius de Oliveira) e de uma professora aposentada (Fernanda Montenegro) que tenta levá-lo até seu pai. As andanças da dupla pelo interior do país e antes disso, pelo Rio de Janeiro, são uma análise da crise social provocada por mais de vinte anos de governo militar, a inflação herdada e agravada no fim dos anos 80/ começo dos 90 e a falta de investimentos no serviço público e crescimento das diferenças sociais que foram efeitos colaterais da tentativa de pôr fim à inflação. Pobreza, analfabetismo e violência são vistos por toda a parte. Mas além disso, o filme mostra a bela amizade que surge entre o menino e a senhora, e também fala de amor e solidão. O reconhecimento internacional veio com o Urso de Ouro de melhor filme, Urso de Prata de melhor atriz pra Fernanda Montenegro, Globo de Ouro de melhor filme estrangeiro, indicações aos Oscar de melhor filme estrangeiro e melhor atriz.
Nota: 10
Coisa que ficou no passado: Tom Cruise ser um ótimo ator e Dustin Hoffman (sempre excelente) trabalhando a pleno vapor. Aqui Cruise vive Charlie, um vendedor de carros usados que viaja em busca de um irmão que ele mal sabia que existia para conseguir a herança multimilionária que o pai deixara para o suposto irmão mais velho. Daí ele encontra Raymond (Hoffman), um simpático autista que vive internado num asilo e cuja mente está num mundinho particular. Os dois pegam estrada por Raymond se recusar de todo jeito a entrar num avião, e a viagem serve pra unir os irmãos que aparentemente nunca se viram e que são tão diferentes e dar algum caráter a Charlie. O filme abocanhou Urso de Ouro, Oscar de filme, direção, roteiro e ator - Hoffman tá incrível, num dos pontos máximos de sua carreira.
Nota: 9,5/ 10
Nota: 9,5/ 10
4. O bebê de Rosemary (Rosemary's Baby, 1968)
Este clássico do terror atravessou décadas ganhando força e fãs por focar o lado psicológico de suas personagens. Quando o jovem casal Rosemary (Mia Farrow) e Guy (John Cassavetes) se muda para um antigo e enorme apartamento no coração de Manhattan, a jovem mal podia imaginar a trama macabra que estava por começar. Rosemary estava grávida de seu primeiro filho, mas a bênção da gestação acaba por se tornar uma maldição - graças à ambição de Guy, aliado aos macabros vizinhos. Nesse ponto tá o brilhantismo do filme: falar de traição, da impossibilidade de confiar na própria família ou nos amigos mais próximos, ou em mais ninguém. Polanski, na época um jovem diretor que já dera provas de seu grande talento, se consolidou manipulando medos tão viscerais. Quem também se deu muito bem foi Mia Farrow, que apesar de eu não gostar e achar uma vadia (kkk) fez uma Rosemary que não dá pra pensar noutra atriz.
Nota: 10
Este clássico do terror atravessou décadas ganhando força e fãs por focar o lado psicológico de suas personagens. Quando o jovem casal Rosemary (Mia Farrow) e Guy (John Cassavetes) se muda para um antigo e enorme apartamento no coração de Manhattan, a jovem mal podia imaginar a trama macabra que estava por começar. Rosemary estava grávida de seu primeiro filho, mas a bênção da gestação acaba por se tornar uma maldição - graças à ambição de Guy, aliado aos macabros vizinhos. Nesse ponto tá o brilhantismo do filme: falar de traição, da impossibilidade de confiar na própria família ou nos amigos mais próximos, ou em mais ninguém. Polanski, na época um jovem diretor que já dera provas de seu grande talento, se consolidou manipulando medos tão viscerais. Quem também se deu muito bem foi Mia Farrow, que apesar de eu não gostar e achar uma vadia (kkk) fez uma Rosemary que não dá pra pensar noutra atriz.
Nota: 10
Ô coisas lindas são esses filmes antigos restaurados. Deus abençoe as fundações e os grandes estúdios que trabalham recuperando filmes para que não se percam no tempo, como metade de todos os filmes feitos antes de 1950. A primeira restauração que assisti foi Os Sapatinhos Vermelhos, a maravilhosa história de uma garota, Victoria (Moria Shearer) que por ter parentesco com a aristocracia inglesa teve de dar duro para mostrar seu valor no ballet, em especial para o diretor Boris Lemontov (Anton Walbrook). Quando enfim consegue a atenção do brilhante e exigente diretor, ganha o papel principal no novo espetáculo do grupo, Os sapatinhos vermelhos, baseado no conto de Andersen, sobre uma garota que calça sapatilhas mágicas e dança até morrer de exaustão. Um filme sobre amor, ciúmes e dedicação extrema que é muito belo e pra mim é um dos melhores filmes de dança já feitos.
Nota: 10
Luís F. Passos
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