Sidney Sheldon (1917-2007) foi um cara que soube deixar sua marca na indústria cultural americana. Em 1936, quando chegou a Hollywood, começou a trabalhar como adaptador de obras literárias para o cinema. Foi a adaptação do livro Ratos e homens que lhe garantiu um contrato com a Universal, o que foi o início de uma bem-sucedida relação com o cinema. Em cerca de vinte anos Sheldon participou de trinta filmes como roteirista, diretor e produtor.
Na década de 50, resolveu tentar a sorte na Broadway, encenando oito peças. Algumas fizeram sucesso (Rodhead ganhou o Tonny -o '"Oscar do teatro americano"- e ficou dois anos em cartaz), outras nem tanto (Roman candle ficou apenas uma semana em cartaz). Do teatro, foi para a televisão, onde criou mais de duzentos roteiros, dentre eles Jeannie é um gênio e Casal 20.
Foi só em 1970, com 57 anos de idade, que Sheldon lançou seu primeiro livro, A outra face, bem recebido pelo público e pela crítica, vencendo, inclusive, o Prêmio Edgard Allan Poe como "Melhor Livro de Estréia". A obra seguinte, O outro lado da meia-noite, ficou na lista de mais vendidos do The New York Times por 53 semanas seguidas, atingindo a primeira colocação várias vezes.
Seu estilo era inconfundivel: protagonistas geralmente femininas, de personalidade forte e carregadas de sensualidade (segundo Sheldon, a feminilidade é uma vantagem é que as mulheres têm sobre os homens), suspense constante e ações marcadas por elementos como fama, fortuna, crimes e intrigas. Foram essas características que tornaram todos os livros do autor verdadeiros best-sellers. Ao todo, Sheldon vendeu mais de 340 milhões de exemplares em 180 países, sendo traduzido para 51 idiomas. Por isso é considerado pelo Guiness o autor mais traduzido do mundo.
Foi em 2007, pouco antes de completar 90 anos, que Sheldon faleceu, deixando uma legião de fãs pelos quatro cantos do mundo. Seus últimos livros foram Quem tem medo de escuro? (2004) e O outro lado de mim, autobiografia (2005).
Acho que tinha 10 anos quando li Sidney Sheldon pela primeira vez. O livro foi Escrito nas Estrelas (quando eu falar dele aqui, vocês vão ver que não é livro pra um guri de 10 anos), e eu gostei tanto que logo depois li mais quatro. Desde então, todo ano lia pelo menos um, até que nesse ano li o último dos doze que tem aqui em casa. O "tio Sid" até hoje é meu autor preferido, então ainda vou falar muita coisa dele por aqui.
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