1. Dois dias, uma noite (Deux jours, une nuit, 2014)
Destaque no Festival de Cannes , esse filme já chama a
atenção por sua protagonista, Marion Cotillard, sem dúvida uma das
maiores atrizes da atualidade. Marion vive aqui Sandra, trabalhadora de
uma pequena empresa que está diante de uma delicada situação. Saindo de
uma crise depressiva, Sandra pretende retomar sua vida cotidiana e seu
emprego, mas devido a problemas financeiros, a empresa se vê diante da
necessidade de corte de funcionários. Seus colegas tiveram de escolher:
ou a firma mantinha o quadro completo de funcionários, ou concedia um
abono para os que permanecessem. Sandra inicia então uma jornada, porta a
porta, para tentar convencer os colegas a desistirem da bonificação
anual e mantê-la no emprego. Uma missão difícil, extremamente
desconfortável e que aborda a temática da solidariedade versus
interesses pessoais. Filme bastante humano que dá um show em sua
proposta.
Nota: 10
2. Perfume de mulher (Scent of a woman, 1992)
Demorou, mas o grande Al Pacino, um dos maiores atores de sua geração, foi consagrado com um Oscar. Pacino vive o tenente coronel Frank Slade, que ao ficar velho, cansado e cego, decide viver intensamente um feriado em Nova York com o que a vida e o dinheiro têm de melhor a oferecer, para depois se matar. Ele conta com a companhia de Charlie (Chris O'Donnell), estudante de uma tradicional escola próximo a sua casa. Ao chegarem em Nova York, a dupla encontra parentes de Frank com quem ele não falava há anos (e quando encontrava, sempre brigava), dirige carros de luxo e frequenta hotéis e restaurantes de luxo - destaque para a inesquecível cena do tango. Um filme simples, mas cativante, com ótimo elenco e com a garantia de satisfação.
Nota: 8,5/ 10
3. Lawrence da Arábia (Lawrence of Arabia, 1962)
Super clássico do cinema mundial, este longo filme de quase quatro horas acompanha as aventuras no deserto do oficial inglês T. E. Lawrence (Peter O'Toole) na Primeira Guerra Mundial, sendo peça importante no combate aos turcos. Lawrence fora escolhido por seu vasto conhecimento sobre os povos do deserto, e acaba se tornando uma verdadeira liderança dos árabes, chegando a se afastar dos ingleses e dos costumes ocidentais. A personagem de Lawrence é muito interessante e é muito trabalhada ao longo do filme, construindo e desconstruindo hábitos e culturas. Destaque para a restauração que o filme ganhou anos atrás, umas das mais famosas dos grandes clássicos - tão boa que nos surpreendemos com os grãos de areia no rosto de O'Toole e a profundidade de seus lendários olhos azuis.
Nota: 10
4. Juventude Transviada (Rebel whitout a cause, 1955)
James Dean figura até hoje, sessenta anos após sua morte precoce, como uma das maiores promessas que o cinema já viu. Combinando beleza, carisma e muito talento, sua carreira ascendeu tão rapidamente quando os carros que o ator gostava de dirigir. Dean foi e é lembrado como ícone de uma geração retratada de forma brilhante em Juventude transviada, em que deu vida ao jovem Jim Stark, desiludido com os pais, professores, amigos e sociedade. Jim é o retrato dos jovens que buscavam orientação de uma geração mais velha que não conseguia dar resposta às questões dos mais novos, talvez por não serem sábios ou felizes como esperado. Jim encontra refúgio na família que monta para si: a namorada Judy (Natalie Wood) e o ingênuo amigo Plato (Sal Mineo). A irresponsabilidade dos jovens faz paralelo com a recusa dos mais velhos em encarar a responsabilidade pela nova geração, e o filme se mostra muito mais crítico e profundo do que aparenta. Clássico imperdível.
Nota: 10
5. O Natal do Mickey Mouse (Mickey's Christimas Carol), 1983
Baseado na obra imortal de Charles Dickens, o curta da Disney traz Tio
Patinhas na figura do rico Ebenezer Scrooge (Tio Patinhas), velho, egoísta e solitário,
que acumulou fortuna às custas de trabalhadores mal-remunerados e
golpes em viúvas em crianças órfãs. A maldade de Scrooge era tamanha que
ele roubou o falecido sócio (Pateta) e usou o dinheiro do enterro,
jogando o corpo do defunto no mar. Um dos mais dedicados empregados do
velho é o pobre Bob Cratchit (Mickey), que sustenta sua família
precariamente com o péssimo salário pago pelo patrão. Na véspera de
Natal, Scrooge espanta coletores de donativos, briga com parentes e
aborrece funcionários, como sempre, sem imaginar o que lhe aconteceria
horas depois. Depois de dormir, Scrooge foi visitado pelos fantasmas do
Natal passado (Grilo falante), presente (Willi, o gigante) e futuro
(Bafo), que lhe mostraram todas suas maldades e as consequências que
elas trariam se o velho não mudasse seu comportamento para com o
próximo. Beleza que todo mundo já viu, que a Globo sempre passa antes da
Missa do Galo, mas nem isso tira a beleza da história ou do filme.
Nota: 9,5/ 10
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