Drive centra-se na relação entre um homem
misterioso, o qual nem sabemos o nome, interpretado por Ryan Gosling , que se
encontra perdidamente apaixonado por sua jovem vizinha de modo a se dispor a
protegê-la de todos os perigos que a envolvem, relacionados a seu marido recém
saído da prisão e da máfia que os cercam. Tecnicamente falando, Drive é impecável. A fotografia é belíssima e acompanha as
grandes mudanças de tom pelas quais o filme passa. Se num primeiro momento tudo
é a magia da descoberta do amor, com paisagens bucólicas e ensolaradas ao
entardecer, a metade final é negra, escura, sórdida e violenta. A violência é
elevada aos limites conforme o conto torna-se cada vez mais perigoso e
envolvente. A relação amorosa entre Ryan Gosling e Carey Mulligan é de uma
pureza e uma sensibilidade que contrasta a todo o momento com o extremismo da
violência onde aqueles personagens se encontram, tendo este antagonismo
alcançado o ápice na já clássica cena do elevador. É quase um conto de fadas na
verdade, onde um “príncipe encantado” luta a qualquer preço para defender sua
“donzela” em perigo. A diferença é que no lugar de uma armadura de metal temos
uma jaqueta prateada e em vez de cavalos brancos, carros envenenados dispostos
a intensas cenas de perseguições.
Harlem, NY, década de 80. Claireece Jones (Gabourey Sidibe), mais
conhecida como Preciosa, é um poço de problemas. Com apenas 16 anos, a menina
carrega o trauma de ser estuprada pelo pai, estar grávida do segundo filho
dele, ser soropositiva, obesa, negra, e ter uma mãe (Mo'Nique) pra madrasta de
Cinderela nenhuma botar defeito. A cereja em cima desse bolo de desgraças é o
fato da coitada ser analfabeta. Apesar de tudo, ela não deixa de sonhar e às
vezes se imagina rica, magra, famosa e desejada, mas isso não parece nada além
de um sonho impossível. Felizmente Preciosa encontra em seu caminho algumas
pessoas decentes, como sua professora miss Rain (Paula Patton), a assistente
social sra Weiss (Mariah Carey) e o enfermeiro do hospital em que tem seu
segundo filho, John (Lenny Kravitz). Como diz o título nacional, apesar dos
pesares, é um título de esperança.
Nota: 9,0/ 10
3. Closer - perto demais (Closer, 2004)
And so it is... impressionante a qualidade e a capacidade de impactar deCloser. Dirigido por ninguém menos que Mike Nichols, veterano diretor de A primeira noite de um homem e Quem tem medo de Virginia Woolf?, Closeraborda quatro pessoas em Londres e suas relações de amor, ciúme e ódio entre elas: a fotógrafa Anna (Julia Roberts), por quem o escritor frustrado Dan (Jude Law) se apaixona e cria uma certa obsessão. Indiretamente graças a Dan, Anna conhece o médico Larry (Clive Owen), com quem se casa, mas mais tarde mantém um caso com Dan. Nesse vai e vem, há também a stripper Alice (Natalie Portman), com quem Dan mantinha um relacionamento, e que também vai se aproximar de Larry. Um drama sólido e intenso que vai muito além da questão de relacionamentos e traições; uma grande produção coroada com a música The blower's daughter.
Nota: 9,0/ 10
And so it is... impressionante a qualidade e a capacidade de impactar deCloser. Dirigido por ninguém menos que Mike Nichols, veterano diretor de A primeira noite de um homem e Quem tem medo de Virginia Woolf?, Closeraborda quatro pessoas em Londres e suas relações de amor, ciúme e ódio entre elas: a fotógrafa Anna (Julia Roberts), por quem o escritor frustrado Dan (Jude Law) se apaixona e cria uma certa obsessão. Indiretamente graças a Dan, Anna conhece o médico Larry (Clive Owen), com quem se casa, mas mais tarde mantém um caso com Dan. Nesse vai e vem, há também a stripper Alice (Natalie Portman), com quem Dan mantinha um relacionamento, e que também vai se aproximar de Larry. Um drama sólido e intenso que vai muito além da questão de relacionamentos e traições; uma grande produção coroada com a música The blower's daughter.
Nota: 9,0/ 10
4. Cassino (1995)
Cinco anos depois do enorme sucesso de Os bons companheiros , Robert De Niro e Joe Pesci se reencontram sob a direção de Martin Scorsese para fazer aquele que é por muitos considerado como a continuação do filme de 1990: Cassino. De Niro interpreta Sam, jogador profissional que cresceu próximo a jogos de azar e todo o tipo de apostas, e é um dos melhores na sua área. Devido a sua reputação, é contratado por mafiosos de Las Vegas para gerir um grande cassino. Pouco tempo depois de se instalar em seu novo emprego, chama seu velho amigo Nicky (Pesci) para ajudá-lo com a segurança. Nicky é muito parecido com Tommy, personagem de Pesci emGoodfellas: muito esquentado e violento. Os negócios prosperam bastante para a dupla, que se estabelece de vez na cidade; fulano monta uma rede de restaurantes (além de ter uma quadrilha de ladrões sob suas ordens) e Jimmy constrói uma família ao lado da ex-prostituta Ginger (Sharon Stone) – figura que aparece para desestabilizar os negócios e a amizade de longa data de Sam e Nicky. Mais um exemplo da primorosa direção de Scorsese, que consegue fazer com que as 2h45 de Cassino passem rápido e deixem um gosto de quero mais.
Nota: 8,5/ 10
Nota: 8,5/ 10
Há tempo não via filme de Chaplin, e me acertei vendo um que era novo pra mim. Em O Circo temos mais uma vez o Vagabundo, Carlitos, que após um mal entendido com a polícia se mete num espetáculo circense e faz a plateia ir ao delírio com sua performance acidental. Ele é contratado como comediante pelo proprietário, um homem egoísta que vive maltratando a filha, que é corista no circo. Carlitos apieda-se da moça, que vive sendo maltratada pelo pai, e acaba criando um carinho especial por ela - bem especial, chegando a ter ciúmes de um equilibrista contratado. Bem, o filme é mudo e é predominantemente uma comédia, tendo algumas das cenas mais famosas da filmografia de Chaplin, como a que Carlitos fica preso na jaula de um leão. Uma boa pedida pra quem curte as mais clássicas comédias do cinema.
Nota: 8,0/ 10
Lucas Moura e Luís F. Passos