Comédia nacional, de Bruno Mazzeo, com esse título, dá pra esperar coisa boa? Não, mas o filme surpreende. Pelo menos dá uma surra no infame Cilada.com, também de Mazzeo. E ai, comeu? é centrado em três amigos que se reúnem quase todo dia num boteco para falar sobre a vida, mulheres e sexo. Honório (Marcos Palmeira) é um jornalista machão que começa a enfrentar problemas no casamento, Fernando (Mazzeo) acabou de se divorciar e ainda sofre com isso - e é perturbado pela vizinha de 17 anos - , e Afonsinho (Emílio Orciollo Neto) é um rico que sonha ser escritor e vive se relacionando com prostitutas. No bar, atendidos pelo sempre presente garçom Jorge (Seu Jorge), os três sempre estão tentando descobrir qual o papel deles num mundo povoado e (segundo eles) dominado pelas mulheres. Hilário e não tão infame.
Nota: 7,5/ 10
Após ser indicada ao Oscar em 2011, Jennifer Lawrence ganhou muita projeção com Jogos Vorazes e depois com O lado bom da vida, com o qual venceu o Oscar ano passado. Mas seu melhor papel ainda é aquele pelo qual ela recebeu sua primeira indicação - e pra mim, seu melhor filme também. A personagem de Jennifer, Ree, é uma garota de 17 anos que precisa encontrar o pai para que ela, sua mãe e seus irmãos pequenos não sejam despejados de sua casa. O pai, que tinha envolvimento com o crime, havia saído em condicional e deixado a casa como garantia caso fugisse - e estava desaparecido. Para encontrar o pai, Ree precisa ir atrás de gente perigosa, sem escrúpulos nem piedade, que somado à já difícil vida num lugar frio e árido, exige da jovem força e maturidade que ela precisa adquirir sem apoio de ninguém.
Nota: 8,5/ 10
3. Gangues de Nova York (Gangs of New York, 2002)
Sou muito suspeito pra falar de Scorsese, mas é difícil não se render a Gangues de Nova York. Show de sireção, roteiro, efeitos, trilha sonora, elenco. Elenco encabeçado por Daniel Day-Lewis e Leonardo DiCaprio, que vivem rivais nos subúrbios nova-iorquinos da segunda metade do século 19, num misto de vingança e disputa pelo domínio do crime numa grande região da cidade. Day-Lewis vive Bill, "the Butcher", que detém o controle da região de Cinco Pontas desde um memorável combate contra William M. Tweed - e considerava-se inatingível, até que o filho de seu antigo rival (DiCaprio) aparece sedento de vingança. É Scorsese explorando a história de sua cidade por um ângulo não muito conhecido e o talento de dois grandes atores: Day-Lewis, colossal como o açougueiro do crime, e DiCaprio, que faz aqui a primeira das cinco parcerias com o diretor.
Nota: 8,5/ 10
Sou muito suspeito pra falar de Scorsese, mas é difícil não se render a Gangues de Nova York. Show de sireção, roteiro, efeitos, trilha sonora, elenco. Elenco encabeçado por Daniel Day-Lewis e Leonardo DiCaprio, que vivem rivais nos subúrbios nova-iorquinos da segunda metade do século 19, num misto de vingança e disputa pelo domínio do crime numa grande região da cidade. Day-Lewis vive Bill, "the Butcher", que detém o controle da região de Cinco Pontas desde um memorável combate contra William M. Tweed - e considerava-se inatingível, até que o filho de seu antigo rival (DiCaprio) aparece sedento de vingança. É Scorsese explorando a história de sua cidade por um ângulo não muito conhecido e o talento de dois grandes atores: Day-Lewis, colossal como o açougueiro do crime, e DiCaprio, que faz aqui a primeira das cinco parcerias com o diretor.
Nota: 8,5/ 10
4. Arizona Nunca Mais (Raising Arizona, 1987)
Um clássico na filmografia dos Irmãos Coen e sem dúvidas um clássico contemporâneo. Segundo filme da dupla que sacudiu o cinema nos anos 80, Arizona nunca mais é uma comédia escrachada e caricata que tem em Nicolas Cage um anti-herói atrapalhado, o ex-penitenciário HI, que acaba se casando com uma bela policial da cadeia onde cumpria pena, Ed (Holly Hunter). O casal recém-formado vive num mar de felicidade até descobrir que não podiam ter filhos - e bolam um plano para sequestrar um dos quíntuplos gêmeos de um milionário. As investigações do sumiço do bebê, a contratação de um pistoleiro implacável pelo pai da criança, o aparecimento de dois amigos fugitivos de HI e claro, a maluquice do casal sequestrador são os ingredientes certos para a estranha e exagerada comédia com tons de western que ainda conquista fãs quase trinta anos depois.
Nota: 9,0/ 10
Um clássico na filmografia dos Irmãos Coen e sem dúvidas um clássico contemporâneo. Segundo filme da dupla que sacudiu o cinema nos anos 80, Arizona nunca mais é uma comédia escrachada e caricata que tem em Nicolas Cage um anti-herói atrapalhado, o ex-penitenciário HI, que acaba se casando com uma bela policial da cadeia onde cumpria pena, Ed (Holly Hunter). O casal recém-formado vive num mar de felicidade até descobrir que não podiam ter filhos - e bolam um plano para sequestrar um dos quíntuplos gêmeos de um milionário. As investigações do sumiço do bebê, a contratação de um pistoleiro implacável pelo pai da criança, o aparecimento de dois amigos fugitivos de HI e claro, a maluquice do casal sequestrador são os ingredientes certos para a estranha e exagerada comédia com tons de western que ainda conquista fãs quase trinta anos depois.
Nota: 9,0/ 10
5. Um Estranho no Ninho (One Flew over the Cuckoo's nest, 1975)
Tá aí um filme que consegue me deixar emocionado de verdade. A história do malandro Randle P. McMurphy (Jack Nicholson), que se finge de louco para sair do presídio onde cumpria trabalhos forçados e vai para um hospício é um convite à reflexão sobre a psiquiatria manicomial e principalmente sobre liberdade e desafio ao sistema. Isso porque McMurphy vai encontrar o verdadeiro diabo de saias e touca: a enfermeira chefe Ratched (Louise Fletcher), que odeia toda e qualquer coisa que atrapalhe a disciplina e perfeita harmonia em seu hospital psiquiátrico. Onde esperava encontrar vida mansa, o bandido vai encontrar um ambiente tenso e sufocante, em que regras antigas e rígidas valem mais que a felicidade ou mesmo a vida humana. Filme excelente que faturou os cinco prêmios principais do Oscar, filme, direção, roteiro adaptado, ator (Nicholson) e atriz (Fletcher).
Nota: 10
Luís F. Passos
Tá aí um filme que consegue me deixar emocionado de verdade. A história do malandro Randle P. McMurphy (Jack Nicholson), que se finge de louco para sair do presídio onde cumpria trabalhos forçados e vai para um hospício é um convite à reflexão sobre a psiquiatria manicomial e principalmente sobre liberdade e desafio ao sistema. Isso porque McMurphy vai encontrar o verdadeiro diabo de saias e touca: a enfermeira chefe Ratched (Louise Fletcher), que odeia toda e qualquer coisa que atrapalhe a disciplina e perfeita harmonia em seu hospital psiquiátrico. Onde esperava encontrar vida mansa, o bandido vai encontrar um ambiente tenso e sufocante, em que regras antigas e rígidas valem mais que a felicidade ou mesmo a vida humana. Filme excelente que faturou os cinco prêmios principais do Oscar, filme, direção, roteiro adaptado, ator (Nicholson) e atriz (Fletcher).
Nota: 10
Luís F. Passos
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