domingo, 20 de novembro de 2011

Tony Bennett & Lady Gaga - The lady is a tramp

Bem, eu não gosto da Lady Gaga, mas essa parceria dela com Tony Bennett deu muito certo. Aliás, todas as parcerias de Bennett no seu novo cd deram certo. Tony é um famoso cantor de jazz que nesse ano, completando 85 anos de idade, lançou um cd só com duetos. Entre as parcerias estão Alejandro Sanz, Andrea Bocelli e nossa saudosa Amy Winehouse, com quem canta Body and soul, um clássico dos anos 30 que se tornou clássico definitivamente nas vozes marcantes de Amy e Bennet.
Body and soul é linda, mas decidi postar The lady is a tramp porque também ficou ótima, tanto a música quanto o clipe, em que Gaga parece botar medo no velhinho.
Ah, o nome do cd é Tony Bennett: Duets II.



sábado, 12 de novembro de 2011

Não se preocupe, estou bem!

Uma coisa que gosto em filmes franceses é a capacidade de surpreender. Você escolhe um filme achando que é legal, um filme bom mas normal, sem grandes expectativas, e quando assiste fica impressionado com a qualidade dele. É o que aconteceu há umas duas semanas quando assisti Não se preocupe, estou bem! (Je vais bien, ne t'en fais pas, 2006). Eu tava acessando o Laranja Psicodélica, blog que mais uso para baixar filmes e encontrei esse, que despertou meu interesse por ter Mélanie Laurent na capa. Já vi alguns filmes dela, como Bastardos Inglórios e O concerto, e a considero uma ótima atriz, o que se repetiu em Não se preocupe.
Vamos à historia: Lili (Mélanie) é uma jovem que chega de uma viagem à Espanha e ao chegar em casa recebe a notícia de que seu irmão gêmeo, Loïc, saiu de casa sem dizer aonde ia depois de uma séria briga com o pai. Por ser muito ligada ao irmão, Lili fica bastante preocupada, chegando a ficar sem comer. A garota volta à faculdade, e por estar de jejum por dias desmaia numa aula, sendo levada a um hospital, em que os médicos convencem seus pais a interná-la na ala psiquiátrica.
Lili tenta fugir do hospital com a ajuda de sua amiga Léa (Aïssa Maïga) e do noivo dela, Thomas (Julien Bosselier), mas é impedida pelas enfermeiras. Lili só aceita o tratamento e a comida quando, inesperadamente, chega um cartão postal de seu irmão, em que ele pede desculpas pela falta de notícias, diz que sente saudades e que saiu de casa por causa do pai, Paul (Kad Merad), o qual chama de idiota e autoritário. Em uma visita da mãe, Isabelle (Isabelle Renauld), Lili mostra o cartão, e Isabelle fica péssima com as palavras do filho.
De volta para casa, a jovem larga a faculdade e arruma um emprego num mercadinho onde Léa trabalha, e passa a se aproximar mais ainda da amiga e de Thomas. Os cartões de Loïc continuam chegando, sempre de cidades diferentes, o que impossibilitava Lili de respondê-los, e sempre com ofensas a seu pai. Aí temos duas consequências: Lili achar que seu irmão não queria mais vê-la, o que a deixa muito triste, e culpar Paul pela ausência de Loïc, já que os dois sempre brigaram muito. Com tanta pressão sobre ela, Lili decide sair de casa e alugar um pequeno apartamento; ao mesmo tempo termina o relacionamento de Léa e Thomas, mas eles continuam sendo amigos. É a partir daí que a participação de Thomas na vida de Lili vai aumentando, principalmente quando ele lhe sugere uma viagem em busca do irmão. Essa viagem é, para Lili, a chave para um importante processo de amadurecimento.
Não se preocupe, estou bem! é um filme muito, muito bom. Infelizmente não é muito conhecido aqui no Brasil, como ocorre com muitos filmes europeus, mas na França e em outros países fez grande sucesso. Primeiro porque tem grandes nomes do cinema francês, principalmente Mélanie Laurent, que vem ganhando espaço junto a grandes estrelas; o diretor, Philippe Lioret, também tem boa reputação por lá. As ótimas atuações de Kad Merad e Julien Boisselier também merecem elogios.
O enredo, montagem e principalmente a trilha sonora são incríveis. Chamo a atenção para a música tema de Lili, composta por seu irmão, que é muito bonita (Lili, da banda AaRON) e acompanha a protagonsta na tentativa de entender o que se passa com sua família. É este o principal tema do filme, as complicadas relações familiares, principalmente entre pais e filhos; tema este muito bem abordado durante todo o longa, com direito a um surpreendente desfecho (claro que é surpreendente, é francês!).

Luís F. Passos