1. Sergio (2020)
Produzido e estrelado por Wagner Moura, esse original da Netflix mostra parte da carreira do diplomata Sergio Vieira de Mello (Moura), Alto Comissário de Direitos Humanos que vai para Bagdá na Guerra do Iraque para coordenar a equipe que planejava a reconstrução e redemocratização do país. Vítima fatal de um atentado à bomba, Sergio tinha uma carreira brilhante e altas chances de ser o próximo Secretário-Geral das Nações Unidas. O filme mostra sua permanência no Iraque e momentos importantes de sua carreira, como a atuação na independência do Timor Leste, além de detalhes de sua vida pessoal - a distante relação com os filhos e o namoro com a colega da ONU Carolina Larriera (Ana de Armas), que após sua morte foi reconhecida como sua esposa. Pouco documental e emocionante na medida certa, o filme tem um ótimo elenco, capitaneado pelo sempre excelente Wagner Moura.
Nota: 8,0/ 10
Essa carismática comédia romântica é centrada em Ellis (Saoirse Ronan), uma jovem irlandesa que deixa sua terra natal porque sonhava com algo diferente de casar e ser dona de casa - destino de todas as moças de sua cidade. Ela então se muda para os Estados Unidos e vai morar no Brooklyn, onde arruma emprego e começa a conhecer novas pessoas. Quando conhece o simpático e divertido bombeiro Tony (Emory Cohen), descente de italianos, Ellis acredita ter conhecido o amor de sua vida e que todo seu futuro está definido, mas acontecimentos na Irlanda põem a garota numa encruzilhada para decidir entre o amor e o dever familiar.
Nota: 8,0/ 10
A cinebiografia do genial e autodestrutivo cantor brasileiro é baseado em livro do crítico Nelson Motta. Vemos a infância pobre, o início da carreira na adolescência (tendo Robson Nunes como intérprete)- ao lado de Roberto Carlos, que seguiu caminhos diferentes - , a ida aos Estados Unidos e o retorno ao Brasil (já interpretado por Babu Santana) trazendo uma imensa influência do soul e do funk. Ótimo compositor e extraordinário cantor, Tim Maia surfou em ondas de sucesso que quebravam devido à sua personalidade forte e pavio curto, além de acontecimentos bizarros como sua participação na seita da Cultura Racional, que rendeu três discos com letras estranhas mas com melodias e arranjos sensacionais. Apesar das críticas negativas de familiares e amigos, que apontaram algumas incoerências no longa, o filme tem seus méritos e merece ser assistido.
Nota: 8,5/ 10
Talvez seja o mais aclamado filme de Steven Spielberg, e é um dos que mais gosto (meu preferido dele é A cor púrpura). Quase todo mundo já viu, e quem não viu deve ver. Baseado na história real do empresário alemão que salvou milhares de vidas, A lista de Schindler é um filme que emociona sem ser apelativo. Mostra como Schindler (Liam Neeson), um industrial que empregava judeus de um gueto, consegue se esquivar da máquina mortífera da SS e livrar os moradores do gueto de serem enviados a Auschwitz, onde a morte era quase inevitável. O filme traz cenas inesquecíveis como a do oficial psicopata Amön Goth (Ralph Fiennes) praticando tiro ao alvo em pessoas e a marcha dos judeus saindo do gueto, com uma pequena garota vestida de vermelho (único elemento colorido do filme, que é em preto e branco) andando à frente.
Nota: 10
Um dos filmes mais elegantes de Alfred Hitchcock traz Cary Grant como o bon vivant John Robie, ex-ladrão de joias conhecido como Gato, devido a suas habilidades em invadir apartamentos e fugir por telhados. O bonitão corre o risco de ser preso quando começa uma onda de roubos de joias na Riviera Francesa, já que o estilo dos crimes é idêntico ao seu. Para provar sua inocência ele tenta seguir o rastro dos crimes, contando com a ajuda da charmosa e mimada Frances Stevens (Grace Kelly), filha de uma milionária que é um alvo em potencial do novo Gato. Charmoso e intenso, este é mais um bom representante da obra do Mestre do suspense.
Nota: 9,5/ 10
Luís F. Passos
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