1. Minha vida em Marte (2018)
Vamos aplaudir as comédias nacionais. Os ótimos Mônica Martelli e Paulo Gustavo reaparecem como Fernanda e Aníbal quatro anos depois de Os homens são de marte... e é pra lá que eu vou, com a protagonista casada e mãe de uma filha. Desde o início do filme percebemos a grave crise do casamento de Fernanda e Tom (Marcos Palmeira) e suas tentativas de salvar a união. O longa então acompanha o dilema de Fernanda entre persistir com a ansiedade de seguir com alguém e a necessidade de ser feliz consigo mesma. Tudo isso em meio a cenas e diálogos hilários, em sua maioria divididos com a personagem de Paulo Gustavo, seu melhor amigo e eterno companheiro. E é nisso em que foca boa parte do filme: o valor inestimável de uma amizade verdadeira.
Nota: 7,5/ 10
2. 007 contra Spectre (Spectre, 2015)
Apesar de minha antipatia a filmes de ação, sou um grande fã da franquia 007, especialmente dos filmes estrelados por Daniel Craig nos últimos 14 anos. Em Spectre temos James Bond afastado do trabalho após uma operação não oficial que resultou em um tremendo estrago; o espião segue pistas que parecem pontas soltas mas que o levam a uma organização criminosa de imenso poder e alcance, que parece estar ligada a diversos problemas enfrentados anteriormente por ele - tanto da espionagem como pessoalmente. Por trás dessa organização há o maligno Franz Oberhauser (o sempre excelente Christolph Waltz), que tem clara obsessão por destruir Bond. O filme é sensacional. Quase tão bom quanto Skyfall, Spectre traz elementos clássicos da franquia, o formato tradicional e os amados clichês como os apetrechos, carros esportivos e estonteantes Bondgirls - aqui, uma sensacional: a maravilhosa Léa Seydoux.
Nota: 8,5/ 10
Um filme lindo, triste, sensível e abrilhantado pelo descomunal talento de suas protagonistas. Carol Aird (Cate Blanchett) é uma mulher rica e de personalidade forte que está se divorciando de seu marido Harge (Kyle Chandler), um empresário com quem tinha uma relação fria, em que a maior realização foi a filha Rindy. Às vésperas do Natal, enquanto procurava um brinquedo para sua filha, Carol conhece a jovem Therese Belivet (Rooney Mara), vendedora de uma loja de departamentos; imediatamente uma desperta interesse pela outra, e em pouco tempo se apaixonam. Em meio à Nova York dos anos 50, com toda sua ignorância e preconceito, o casal acaba enfrentando difíceis obstáculos, como Harge, que ameaça proibir que Carol se aproxime da filha. Através de uma direção meticulosa e das perfeitas atuações, o filme é marcado pela gentileza e suavidade, sem extravagâncias, onde um simples olhar pode dizer muito. Absolutamente encantador.
Nota: 9,5/ 10
Nota: 9,5/ 10
4. What Happened, miss Simone? (2015)
Um documentário do Netflix que todo mundo deve assistir. Uma história de vida dramática que todos devem conhecer. A vida de Eunice Waymon, consagrada com o nome artístico de Nina Simone, se confunde com a luta pelos direitos civis nos Estados Unidos. Nascida nos anos 30 em uma pequena cidade da Carolina do Norte, a pobre menina negra aprendeu a tocar piano na igreja com apenas quatro anos. Aos sete, numa apresentação, chamou a atenção de uma senhora branca, que passou a lhe ensinar os maiores mestres da música clássica. Na mesma ocasião, conheceu o preconceito - seus pais tiveram de se sentar na última fila. Recusada por um conservatório, ela acabou tocando e cantando em bares, onde foi descoberta e a partir de então projetada como uma estrela. O casamento conturbado, a difícil relação com os filhos, a forte presença no movimento negro e a luta contra os próprios demônios são os grandes elementos muito bem abordados pelo filme que ajuda a preservar a memória de quem foi uma artista única e uma mulher mais singular ainda.
Um documentário do Netflix que todo mundo deve assistir. Uma história de vida dramática que todos devem conhecer. A vida de Eunice Waymon, consagrada com o nome artístico de Nina Simone, se confunde com a luta pelos direitos civis nos Estados Unidos. Nascida nos anos 30 em uma pequena cidade da Carolina do Norte, a pobre menina negra aprendeu a tocar piano na igreja com apenas quatro anos. Aos sete, numa apresentação, chamou a atenção de uma senhora branca, que passou a lhe ensinar os maiores mestres da música clássica. Na mesma ocasião, conheceu o preconceito - seus pais tiveram de se sentar na última fila. Recusada por um conservatório, ela acabou tocando e cantando em bares, onde foi descoberta e a partir de então projetada como uma estrela. O casamento conturbado, a difícil relação com os filhos, a forte presença no movimento negro e a luta contra os próprios demônios são os grandes elementos muito bem abordados pelo filme que ajuda a preservar a memória de quem foi uma artista única e uma mulher mais singular ainda.
Nota: 9,5/ 10
5. Ela (Her, 2013)
Sem dúvidas um dos melhores e mais bonitos filmes dos últimos anos.
Theodore (Joaquin Phoenix) é um solitário escritor que acaba se
apaixonando por um sistema operacional (OS). O filme é ambientado num
futuro próximo, onde a tecnologia é sutilmente mais avançada que no
presente, e os sistemas operacionais são grandes facilitadores da vida
das pessoas. Samantha (voz de Scarlett Johansson), o OS de Theodore,
dotado de voz feminina e personalidade, acaba por envolver seu dono. A
ideia do amor entre um homem e um software parece totalmente plausível,
apesar de uma certa estranheza com que muitas pessoas encaram a relação.
A proposta é fazer pensar na relação de dependência com a tecnologia
além de, claro, afirmar que toda forma de amor vale a pena.
Nota: 10
Luís F. Passos