1. Me chame pelo seu nome (Call me by your name, 2017)
Todo ano no verão, Elio (Timothée Chalamet) e seus pais vão para sua casa de campo na Itália, onde seu pai, que é professor universitário, recebe algum aluno de pós graduação para orientar. No verão de 1983 a família recebe o americano Oliver (Armie Hammer), que logo inicia uma ótima relação com todos, e que desperta sentimentos mais intensos em Elio. À medida em que vai compreendendo seus sentimentos por Oliver, Elio se aproxima do americano e eles descobrem um sentimento mútuo. Temos aqui um lindo filme sobre a descoberta da sexualidade e que aborda a temática LGBT de uma forma um pouco diferente do convencional: menos ativista (o que despertou algumas críticas negativas) e que traz a naturalidade com que o tema deve ser tratado - demonstrado também no apoio que Elio recebe da família, especialmente em uma cena lindíssima que consegue com facilidade arrancar algumas lágrimas de quem assiste.
Nota: 10
2. Lady Bird: A hora de voar (Lady Bird, 2017)
Um dos filmes mais adoráveis do ano acompanha a adolescente Christine (Saoirse Ronan), que está concluindo o ensino médio em meio a crises existenciais, atritos familiares esperados para alguém de sua idade e um desejo imenso de sair de sua pequena cidade para cursar a faculdade em um ambiente bem mais cosmopolita. Auto batizada de Lady Bird, Christine é uma típica garota (e típica personagem nessa categoria de filme) que está chegando À maturidade tendo que lidar com uma mãe supercontroladora, uma escola religiosa onde não se sente muito confortável, os desafios do primeiro namoro e as cobranças e expectativas de quem está saindo da escola e pretende ir para a universidade. Tudo isso em um filme com um roteiro leve, despretensioso, que sabe que está abordando um tema que não é novidade e que o faz de uma maneira original, divertida, mas sem a sensação de que está descobrindo a roda. Ponto para Saoirse Ronan, uma grande promessa da nova geração de atrizes, e ponto para a queridíssima Greta Gerwing, que assina a direção e o roteiro deste que é um dos filmes mais cool da década.
Nota: 10
Um dos filmes mais adoráveis do ano acompanha a adolescente Christine (Saoirse Ronan), que está concluindo o ensino médio em meio a crises existenciais, atritos familiares esperados para alguém de sua idade e um desejo imenso de sair de sua pequena cidade para cursar a faculdade em um ambiente bem mais cosmopolita. Auto batizada de Lady Bird, Christine é uma típica garota (e típica personagem nessa categoria de filme) que está chegando À maturidade tendo que lidar com uma mãe supercontroladora, uma escola religiosa onde não se sente muito confortável, os desafios do primeiro namoro e as cobranças e expectativas de quem está saindo da escola e pretende ir para a universidade. Tudo isso em um filme com um roteiro leve, despretensioso, que sabe que está abordando um tema que não é novidade e que o faz de uma maneira original, divertida, mas sem a sensação de que está descobrindo a roda. Ponto para Saoirse Ronan, uma grande promessa da nova geração de atrizes, e ponto para a queridíssima Greta Gerwing, que assina a direção e o roteiro deste que é um dos filmes mais cool da década.
Nota: 10
3. A forma da água (The shape of water, 2017)
Não há dúvidas de que o vencedor do Oscar desse ano divide (e muito) as opiniões sobre si. Há quem diga que é só uma mistura de ficção científica com romance, da mesma forma que há quem diga que é uma linda história de amor e superação de desafios em nome do amor. O filme é centrado em Elisa (Sally Hawkins), uma zeladora que trabalha em um complexo tecnológico militar americano na época da Guerra Fria. Elisa é muda, tímida e vive fechada em seu mundo, e tem poucos amigos. Mas quando os militares trazem para o laboratório um ser místico da América do Sul, Elisa descobre uma transformação dentro de si - ela se afeiçoara de uma forma bastante especial pela criatura. Preocupada com os interesses cruéis dos cientistas e comandantes pelo estranho ser, ela decide, junto de um vizinho e de sua colega Zelda (a sempre ótima Octavia Spencer) salvar seu amado e devolvê-lo à natureza. Aqui o diretor Guillermo del Toro explora mais uma vez o território da fantasia para dedicar uma obra aos incompreendidos e desajustados, com uma linguagem surpreendentemente poética.
Nota: 10
Não há dúvidas de que o vencedor do Oscar desse ano divide (e muito) as opiniões sobre si. Há quem diga que é só uma mistura de ficção científica com romance, da mesma forma que há quem diga que é uma linda história de amor e superação de desafios em nome do amor. O filme é centrado em Elisa (Sally Hawkins), uma zeladora que trabalha em um complexo tecnológico militar americano na época da Guerra Fria. Elisa é muda, tímida e vive fechada em seu mundo, e tem poucos amigos. Mas quando os militares trazem para o laboratório um ser místico da América do Sul, Elisa descobre uma transformação dentro de si - ela se afeiçoara de uma forma bastante especial pela criatura. Preocupada com os interesses cruéis dos cientistas e comandantes pelo estranho ser, ela decide, junto de um vizinho e de sua colega Zelda (a sempre ótima Octavia Spencer) salvar seu amado e devolvê-lo à natureza. Aqui o diretor Guillermo del Toro explora mais uma vez o território da fantasia para dedicar uma obra aos incompreendidos e desajustados, com uma linguagem surpreendentemente poética.
Nota: 10
4. Três anúncios para um crime (Three Billboards Outside Ebbing, Missouri, 2017)
Cara, que filme. Filmaço. Que enredo e que atuações. O filme que deu a Frances McDormand seu segundo Oscar de melhor atriz é uma estória carregada de dor, ressentimento e desejo de justiça e vingança. McDormand interpreta Mildred Hayes, uma mãe que há meses convive com o luto após perder sua filha em um crime bárbaro, até então sem esclarecimento. Cansada da falta de respostas por parte da polícia, ela aluga 3 outdoors em uma estrada na saída da cidade para chamar a atenção sobre a lentidão da investigação. Os anúncios fazem com que não se fale em outra coisa na cidade... e atrai para Mildred muita raiva por parte dos moradores, que consideram uma ofensa pessoal contra o delegado, que é um cara muito bem quisto e que fora diagnosticado com um câncer terminal. Mildred não esmorece, demonstrando uma força descomunal para resistir aos ataques contra si, e continuar a lutar por justiça para sua filha. Uma personagem incrível que trouxe uma atuação inesquecível.
Nota: 10
Cara, que filme. Filmaço. Que enredo e que atuações. O filme que deu a Frances McDormand seu segundo Oscar de melhor atriz é uma estória carregada de dor, ressentimento e desejo de justiça e vingança. McDormand interpreta Mildred Hayes, uma mãe que há meses convive com o luto após perder sua filha em um crime bárbaro, até então sem esclarecimento. Cansada da falta de respostas por parte da polícia, ela aluga 3 outdoors em uma estrada na saída da cidade para chamar a atenção sobre a lentidão da investigação. Os anúncios fazem com que não se fale em outra coisa na cidade... e atrai para Mildred muita raiva por parte dos moradores, que consideram uma ofensa pessoal contra o delegado, que é um cara muito bem quisto e que fora diagnosticado com um câncer terminal. Mildred não esmorece, demonstrando uma força descomunal para resistir aos ataques contra si, e continuar a lutar por justiça para sua filha. Uma personagem incrível que trouxe uma atuação inesquecível.
Nota: 10
5. Gran Torino (2008)
Saindo da lista do Oscar desse ano, temos aqui um filme que antes de tudo merece ser chamado de filme adulto. Não, não tem nada a ver com pornografia. Tô falando de um filme maduro, consistente, rígido de tão firme que é. Nosso conhecido de longa data Clint Eastwood dirige o filme e dá vida ao protagonista Walter Kowalski, um aposentado veterano da Guerra da Coreia que se torna viúvo e mora sozinho num subúrbio de Detroit. Walter é rabugento racista, extremamente solitário, não mantém boas relações com a família e muito menos com sua vizinhança - o bairro decadente em que mora se tornara refúgio de imigrantes asiáticos. A rotina de Walter se resume a cuidar da casa, beber cerveja na varanda, sair com sua cadela (sua única amiga) e cuidar de sua paixão, um Gran Torino 1972 que ele próprio ajudou a montar quando trabalhava na Ford. Surpreendentemente, Walter começa a se aproximar da família vizinha após atitudes inesperadas de ambas as parte. Passamos a ver uma transformação do protagonista, deixando pra trás sua xenofobia e outros preconceitos, percebendo que aqueles imigrantes que ele antes desprezava tem muito mais em comum com ele do que os próprios filhos.
Nota: 10
[Bônus de Natal] 6. O Natal do Mickey Mouse (Mickey's Christimas Carol), 1983
[Bônus de Natal] 6. O Natal do Mickey Mouse (Mickey's Christimas Carol), 1983
Baseado na obra imortal de Charles Dickens, o curta da Disney traz Tio Patinhas na figura do rico Ebenezer Scrooge (Tio Patinhas), velho, egoísta e solitário, que acumulou fortuna às custas de trabalhadores mal-remunerados e golpes em viúvas em crianças órfãs. A maldade de Scrooge era tamanha que ele roubou o falecido sócio (Pateta) e usou o dinheiro do enterro, jogando o corpo do defunto no mar. Um dos mais dedicados empregados do velho é o pobre Bob Cratchit (Mickey), que sustenta sua família precariamente com o péssimo salário pago pelo patrão. Na véspera de Natal, Scrooge espanta coletores de donativos, briga com parentes e aborrece funcionários, como sempre, sem imaginar o que lhe aconteceria horas depois. Depois de dormir, Scrooge foi visitado pelos fantasmas do Natal passado (Grilo falante), presente (Willi, o gigante) e futuro (Bafo), que lhe mostraram todas suas maldades e as consequências que elas trariam se o velho não mudasse seu comportamento para com o próximo. Beleza que todo mundo já viu, que a Globo sempre passa antes da Missa do Galo, mas nem isso tira a beleza da história ou do filme.
Nota: 9,5/ 10
Luís F. Passos