Os filmes sobre guerras, cujo apogeu foram as décadas de 70 e 80, pós- Guerra do Vietnã, ainda têm muito a nos oferecer. É o que prova Sniper Americano. Dirigido pelo sempre competente Clint Eastwood, é baseado na história real de Chris Kyle (Bradley Cooper), o mais letal atirador de elite da história militar norte americana. Foram mais de 150 mortes confirmadas pelo Pentágono, chegando a 250 em versões não confirmadas. O mérito de Sniper Americano é fazer o que seus antecessores dos anos 80 também fizeram: acompanhar a degradação psicológica e moral de Chris ao longo do tempo, e os graves efeitos da guerra na sua mente e na sua vida social.
Nota: 8,0/ 10
O último filme filme de Woody Allen pode ser definido bem rapidamente como uma graça. Woody viaja no tempo e nos leva à Europa dos charmosos anos 20, onde somos apresentados a Stanley Crawford (Colin Firth), que nos palcos é o magnífico mago chinês Wei Ling Soo, mas fora deles é um cético incorrigível e arrogante o suficiente pra desprezar todo e qualquer crédulo. Stanley é convocado por um amigo,também mágico, a desmascarar uma jovem médium (Emma Stone) que está impressionando na Riviera Francesa, principalmente a rica família que a acolheu. Acontece que por mais que se esforce, Stanley não consegue encontrar falhas na garota. E quando um cético acredita em algo, ele acredita de verdade - e mais que confiança, essa conflituosa relação
Nota: 9,0 / 10
Sem dúvidas um dos melhores e mais bonitos filmes dos últimos anos. Theodore (Joaquin Phoenix) é um solitário escritor que acaba se apaixonando por um sistema operacional (OS). O filme é ambientado num futuro próximo, onde a tecnologia é sutilmente mais avançada que no presente, e os sistemas operacionais são grandes facilitadores da vida das pessoas. Samantha (voz de Scarlett Johansson), o OS de Theodore, dotado de voz feminina e personalidade, acaba por envolver seu dono. A ideia do amor entre um homem e um software parece totalmente plausível, apesar de uma certa estranheza com que muitas pessoas encaram a relação. A proposta é fazer pensar na relação de dependência com a tecnologia além de, claro, afirmar que toda forma de amor vale a pena.
Nota: 10
Mais uma vitória do circuito semi-alternativo americano. Um filme tenso, provocador, reflexivo e belo - beleza oculta por mágoas, mas belo. O longa baseado no best-seller homônimo é focado na figura de Eva Khatchadourian (Tilda Swinton), cuja história é montada a partir de flashbacks que datam da infância de seu filho mais velho, Kevin (Ezra Miller) até a adolescência dele; o menino doce que escondia birras e uma certa maldade que só a mãe parecia perceber, a ligação aparentemente saudável com o pai Franklin (John C. Kelly) e a paixão pelo arco e flecha, que tem papel importantíssimo na história. Desde o início vemos do que Kevin foi capaz de fazer, mas ver todo os antecedentes e o agravamento da relação entre mãe e filho é o que o filme mais tem de espetacular, realçado pelas excelentes atuações de Ezra Miller e Tilda Swinton. Sem dúvida uma das melhores críticas à sociedade americana contemporânea.
Nota: 9/ 10
Nota: 9/ 10
Um filme de investigação jornalística sem paralelo. Baseado num escândalo da política americana dos anos 70, Todos os homens do presidente tem seu ponto de partida no assalto à uma sede do Partido Democrata. Analisando o pouco valor subtraído e a condição social dos suspeitos, dois jornalistas do The Washington Post (Dustin Hoffman e Robert Redford) farejam um mistério que desafia figurões do alto escalão da política e pegam um rastro que segue até a Casa Branca. Apoiados por seu editor chefe e com o inconstante apoio de um informante que soltava apenas poucos detalhes do que sabiam, a dupla enfrenta inimigos poderosos que mal conhecem, numa caçada que pode abalar os pilares da política mais influente do mundo.
Nota: 10
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