Desde o fim de agosto nós do Sagaranando recomendamos filmes para o final de semana; geralmente cinco filmes, todas as sextas. Demos uma pausa no fim de dezembro por causa da programação de fim de ano, mas ainda essa semana daremos prosseguimento às dicas para quem gosta de aproveitar o descanso do final de semana com cinema.
A novidade é a recomendação de livros. Sabemos que há algum tempo não damos tanta atenção à literatura (que foi o carro chefe do blog em sua origem), por isso encontramos um jeito prático e interessante de nos reaproximarmos dos livros por aqui: todo mês indicaremos três livros para nossos leitores. Serão livros de gêneros diversos, populares ou não, que caíram no gosto dos que fazem o Sagaranando. Pra dar início ao projeto, um fenômeno mundial, um clássico brasileiro indiscutível e um grande romance do querido Hemingway.
1. A menina que roubava livros (Markus Zusak, 2005)
A novidade é a recomendação de livros. Sabemos que há algum tempo não damos tanta atenção à literatura (que foi o carro chefe do blog em sua origem), por isso encontramos um jeito prático e interessante de nos reaproximarmos dos livros por aqui: todo mês indicaremos três livros para nossos leitores. Serão livros de gêneros diversos, populares ou não, que caíram no gosto dos que fazem o Sagaranando. Pra dar início ao projeto, um fenômeno mundial, um clássico brasileiro indiscutível e um grande romance do querido Hemingway.
1. A menina que roubava livros (Markus Zusak, 2005)
Finalmente chega aos cinemas a adaptação de uma das melhores histórias publicadas no século 21. Dá até uma saudade do romance que li há quase seis anos e até hoje permanece como um de meus favoritos, ao lado de título de peso como Memórias Póstumas de Brás Cubas e Cem anos de solidão. O futuro clássico de Markus Zusak é narrado pela Morte, baseado nos três encontros que ela teve com a protagonista, a pequena Liesel. A história se passa na Alemanha nazista em 1942, quando a garota vai morar com uma nova família numa pequena cidade e tem sua vida completamente mudada com a nova família, o vizinho que se torna seu melhor amigo e o judeu que os pais adotivos abrigam em seu porão. E claro, os livros, mudam sua vida. A menina que era analfabeta no começo do enredo rouba livros (dã!), primeiro um que cai do bolso de um coveiro, depois um que salva de uma pilha de livros incendiados pelos soldados de Hitler. Um hábito que ajuda a construir sua história pessoal e a aproxima da história de outras pessoas, e se tornou um dos melhores e mais populares livros em mais de dez anos por todo o mundo.
Nota: 10
Nota: 10
O mais discutido dos livros machadianos está na mais seleta lista dos clássicos indispensáveis de nossa literatura. Narrado em primeira pessoa por Bento Santiago, o próprio Dom Casmurro (alcunha explicada por ele no primeiro capítulo), o livro visa atar as duas pontas da vida dele, que está na velhice e acredita que lhe restam poucos anos. O objetivo de Bento - Bentinho assim que avançamos alguns capítulos - é rever toda sua vida para compreender sua intensa relação com Capitu, o grande amor de sua vida e também ponto de partida para a grande dúvida que o perturba. Capitu fora vizinha de Bentinho desde que eram crianças, e era evidente o carinho mútuo, mas o menino foi para o seminário devido a uma promessa da mãe dele. No seminário ele conhece Escobar, que se torna seu melhor amigo; os dois abandonam o seminário juntos. Escobar se torna comerciante e Bentinho advogado, ambos se casam: Bentinho com Capitu, Escobar com Sancha, amiga da mulher do amigo. Família estável, emprego rentável, bons amigos. Bentinho não podia reclamar de nada, até que percebe algo estranho nos olhos de cigana oblíqua e dissimulada, os olhos de ressaca de sua esposa, imortalizados por Machado de Assis. Teria Capitu traído o marido com seu melhor amigo? O narrador tem certeza de seus chifres e tenta convencer o leitor de que está certo. Ele está? Ninguém sabe e nunca saberá. 115 anos depois da publicação e 106 anos depois da morte de Machado, permanece inalterado o mistério que é parte essencial do legado de nosso maior escritor.
Nota: 10
Nota: 10
3. O jardim do Éden (Ernest Hemingway, 1986)
Fico um pouco receoso de falar de O jardim do Éden porque acho que quanto menos for revelado da história, melhor. Publicado anos depois da morte de Hemingway (o manuscrito foi um dos encontrados nos pertences do escritor), o livro é um exemplo do que há de melhor na literatura do boêmio que tanto influenciou a literatura mundial, e assim como outras obras suas, cheio de elementos da vida do próprio autor: mulheres, bebida, praias, caçadas na África e o ofício de escrever. Ambientada no litoral da França e da Espanha, a história acompanha o casal Catherine e David, ela herdeira de uma rica família e ele promissor escritor. Os dois vivem no paraíso: passeios e mergulhos em praias lindas, conhecendo belas cidades litorâneas, bebendo e passando boa parte do tempo na cama. Praticamente Adão e Eva no Jardim do Éden. A maçã da história é Marita, linda morena que Catherine conhece e leva para junto de si e do marido - e por algum tempo a história lembra Vicky Cristina Barcelona. Até mesmo o triângulo amoroso foi tirado de experiências próprias do autor, cuja força literária se mostrou incólume vinte e cinco anos depois de seu suicídio, quando o romance foi publicado - e que até hoje conquista fãs por todo o mundo.
Nota: 10
Luís F. Passos
Fico um pouco receoso de falar de O jardim do Éden porque acho que quanto menos for revelado da história, melhor. Publicado anos depois da morte de Hemingway (o manuscrito foi um dos encontrados nos pertences do escritor), o livro é um exemplo do que há de melhor na literatura do boêmio que tanto influenciou a literatura mundial, e assim como outras obras suas, cheio de elementos da vida do próprio autor: mulheres, bebida, praias, caçadas na África e o ofício de escrever. Ambientada no litoral da França e da Espanha, a história acompanha o casal Catherine e David, ela herdeira de uma rica família e ele promissor escritor. Os dois vivem no paraíso: passeios e mergulhos em praias lindas, conhecendo belas cidades litorâneas, bebendo e passando boa parte do tempo na cama. Praticamente Adão e Eva no Jardim do Éden. A maçã da história é Marita, linda morena que Catherine conhece e leva para junto de si e do marido - e por algum tempo a história lembra Vicky Cristina Barcelona. Até mesmo o triângulo amoroso foi tirado de experiências próprias do autor, cuja força literária se mostrou incólume vinte e cinco anos depois de seu suicídio, quando o romance foi publicado - e que até hoje conquista fãs por todo o mundo.
Nota: 10
Luís F. Passos
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