1. Clube de Compras Dallas (Dallas Buyers Club, 2013)
Destaques do Oscar do ano passado, Clube de Compras Dallas é
uma mistura de drama e comédia de humor negro que se passa na metade dos
anos 80, quando a AIDS ainda era uma novidade e seu efetivo tratamento
um sonho distante. Ron Woodroof (Matthew McConaughey) é um eletricista
metido a cowboy e viciado em álcool, cocaína e sexo que vê seu mundo
desmoronar ao ser diagnosticado com o vírus HIV. Não conseguindo entrar
um programa de testes de uma droga, vai ao México e conhece um médico
que combinava diversas vitaminas e proteínas para tratar os
soropositivos. De volta aos Estados Unidos, ele começa uma inusitada
parceria com o travesti Rayon (Jared Leto) para ajudar os pacientes que
não tinham acesso ao tratamento, vendendo drogas ainda não aprovadas
pelo FDA e sendo perseguidos pelo governo. A proposta de tratar de um
tema pouco corriqueiro é abrilhantada pelas atuações impecáveis de
McConaughey e Leto, vencedores do Oscar de melhor ator e coadjuvante,
respectivamente.
Nota: 9,0/ 10
2. Maria Antonieta (Marie Antoinette, 2006)
3. Orgulho e Preconceito (Pride and Prejudice, 2005)
Quando Sofia Coppola lançou Maria Antonieta no Festival de Cannes
dividiu opiniões; enquanto uns se levantaram para aplaudir, outros
vaiaram o filme. Mas a opinião do público é quase unânime: genial.
Deixando de lado o contexto político que antecedeu a Revolução Francesa,
o filme foca a vida pessoal da polêmica rainha, desde o acordo firmado
por sua família (os Habsburgo, soberanos da Áustria) com a França que
arrumou seu casamento com Luís, príncipe herdeiro. Os medos diante do
casamento, a distância de seu marido, a demora em engravidar e a vida
dentro do ninho de cobras que era a Corte em Versalhes atormentam a
jovem princesa, que aos poucos vai criando uma vida em paralelo às
obrigações reais: dias inteiros dedicados à escolha de vestidos, chapéus
e sapatos, a paixão por doces finos, passeios no campo e pequenas
festas regadas a muito vinho e champanhe. Em poucas palavras: é As patricinhas de Beverly Hills
do século XVIII. Elogiado pela fotografia que realça os cenários
deslumbrantes, pelo figurino vencedor do Oscar e pela trilha sonora
composta por rock, Maria Antonieta é mais um grande filme da nova geração dos Coppola.
Nota: 8,5/ 10
Uma das melhores e mais queridas adaptações para o cinema de clássicos literários, Orgulho e preconceito
traz a linda Keira Knightley como a jovem Elizabeth Bennet, uma das
poucas cabeças sensatas em meio a uma família de cinco irmãs do interior
da Inglaterra. Diferente dela e de sua irmã mais velha, Jane, as três
mais novas são desmioladas que só pensam em casar, graças à influência
de sua mãe. O que muda o destino das irmãs Bennet é a chegada do rico
sr. Bingley à cidade, acompanhado de suas irmãs e do antipático sr Darcy
(Matthew Mcfadyen). Enquanto a relação de Jane e Bingley promete seguir
um belo caminho, a de Elizabeth e Darcy é cheia de discussões. Mas nada
que um enredo não possa mudar.
Nota: 9,0/ 10
4. De olhos bem fechados (Eyes wild shut, 1999)
Um médico bem sucedido cujo nome era conhecido pela alta sociedade nova-iorquina (Tom Cruise), casado com uma bela mulher (Nicole Kidman) e pai de uma adorável criança acreditava ter uma vida perfeita. Gostava de ter tudo sob seu controle e acabava menosprezando sua esposa dentro da relação, até o dia em que ela confessa que fantasiou com um oficial da marinha que passou por ela em um hotel. Perturbado pela revelação da esposa, ele parte em busca de aventuras sexuais, sem imaginar a dimensão das consequências de seus atos. Uma aventura que divide o espectador entre o que é real e o que onírico, mas com um final sólido e esperançoso. Um filme que é um dos melhores trabalhos de direção de Kubrick e que quanto mais eu penso sobre, mais fascinado fico. De gravações demoradas e intenso trabalho de edição e pós-produção, De olhos bem fechados foi o último filme do diretor, que faleceu alguns dias depois de mostrar o resultado final aos executivos da Warner, há exatos 15 anos.
Nota: 10
Um médico bem sucedido cujo nome era conhecido pela alta sociedade nova-iorquina (Tom Cruise), casado com uma bela mulher (Nicole Kidman) e pai de uma adorável criança acreditava ter uma vida perfeita. Gostava de ter tudo sob seu controle e acabava menosprezando sua esposa dentro da relação, até o dia em que ela confessa que fantasiou com um oficial da marinha que passou por ela em um hotel. Perturbado pela revelação da esposa, ele parte em busca de aventuras sexuais, sem imaginar a dimensão das consequências de seus atos. Uma aventura que divide o espectador entre o que é real e o que onírico, mas com um final sólido e esperançoso. Um filme que é um dos melhores trabalhos de direção de Kubrick e que quanto mais eu penso sobre, mais fascinado fico. De gravações demoradas e intenso trabalho de edição e pós-produção, De olhos bem fechados foi o último filme do diretor, que faleceu alguns dias depois de mostrar o resultado final aos executivos da Warner, há exatos 15 anos.
Nota: 10
5. Tiros na Broadway (Bullets over Broadway, 1994)
Tem filmes de Woody feitos pra gargalhar mesmo: aqui temos um bom exemplo. David Shayne (John Cusack) é um jovem e promissor escritor que como todo jovem escritor sonha em ter uma peça exibida na Broadway. Talento ele tinha, o problema era o financiamento. Com a ajuda de alguns amigos, ele chega a um financiador nada convencional: um mafioso da pesada, que em troca da ajuda exige que David aceite sua amante Olive (Jennifer Tilly) no elenco - sendo que ela não tem talento algum. Pra completar, ele tem que aturar o segurança de Olive, um criminoso que vive dando palpites no roteiro e na direção da peça, e até mesmo a estrela Helen Sinclair (Dianne Wiest), veterana dos palcos e protagonista, vive complicando a cabeça do pobre David. Mais um exemplo do sempre ótimo roteiro de Woody e das ótimas atuações típicas de sua filmografia - destaque, claro, pra Dianne Wiest, que venceu seu segundo Oscar de atriz coadjuvante (e o primeiro também foi por filme de Woody, Hannah e suas irmãs).
Nota: 9,5/ 10
Tem filmes de Woody feitos pra gargalhar mesmo: aqui temos um bom exemplo. David Shayne (John Cusack) é um jovem e promissor escritor que como todo jovem escritor sonha em ter uma peça exibida na Broadway. Talento ele tinha, o problema era o financiamento. Com a ajuda de alguns amigos, ele chega a um financiador nada convencional: um mafioso da pesada, que em troca da ajuda exige que David aceite sua amante Olive (Jennifer Tilly) no elenco - sendo que ela não tem talento algum. Pra completar, ele tem que aturar o segurança de Olive, um criminoso que vive dando palpites no roteiro e na direção da peça, e até mesmo a estrela Helen Sinclair (Dianne Wiest), veterana dos palcos e protagonista, vive complicando a cabeça do pobre David. Mais um exemplo do sempre ótimo roteiro de Woody e das ótimas atuações típicas de sua filmografia - destaque, claro, pra Dianne Wiest, que venceu seu segundo Oscar de atriz coadjuvante (e o primeiro também foi por filme de Woody, Hannah e suas irmãs).
Nota: 9,5/ 10
Luís F. Passos
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