1. Apocalypse Now (1979)
Não há filme de guerra que se compare a Apocalypse Now, nem mesmo Kubrick ou Oliver Stone chegaram perto. O capitão Willard (Martin Sheen), das Operações Especiais do Exército recebe a missão de matar o coronel Kurtz (Marlon Brando), oficial brilhante que enlouquecera e desertara para criar no Camboja uma sociedade bizarra em que é adorado como um deus e mata sem piedade. Na viagem, Willard vê a verdadeira face da guerra e seus efeitos nas pessoas - o medo, a loucura, o horror. Depois de uma epopeia para descer o Vietnã vivenciando coisas que chegam a ser bizarras, como a "Cavalgada das Valquírias" em que um coronel surfista (Robert Duvall) distribui morte pelos ares e se delicia com o cheiro de morte e destruição, Willard enfim chega ao Camboja e vê sua vida mudada pelo que tem de enfrentar para terminar sua missão. Um final ambíguo e perturbador para a mais fiel das histórias sobre a Guerra do Vietnã.
Não há filme de guerra que se compare a Apocalypse Now, nem mesmo Kubrick ou Oliver Stone chegaram perto. O capitão Willard (Martin Sheen), das Operações Especiais do Exército recebe a missão de matar o coronel Kurtz (Marlon Brando), oficial brilhante que enlouquecera e desertara para criar no Camboja uma sociedade bizarra em que é adorado como um deus e mata sem piedade. Na viagem, Willard vê a verdadeira face da guerra e seus efeitos nas pessoas - o medo, a loucura, o horror. Depois de uma epopeia para descer o Vietnã vivenciando coisas que chegam a ser bizarras, como a "Cavalgada das Valquírias" em que um coronel surfista (Robert Duvall) distribui morte pelos ares e se delicia com o cheiro de morte e destruição, Willard enfim chega ao Camboja e vê sua vida mudada pelo que tem de enfrentar para terminar sua missão. Um final ambíguo e perturbador para a mais fiel das histórias sobre a Guerra do Vietnã.
Frase memorável: "Adoro o cheiro de napalm pela manhã".
Nota: 10
2. Gata em teto de zinco quente (Cat on a Tin Hoof, 1958)
Um clássico cheio de diálogos tensos, a maioria entre o casal Maggie (Elizabeth Taylor) e Brick (Paul Newman), jogador de futebol americano entregue à
bebida após um incidente no trabalho envolvendo um amigo - coisa que não
é totalmente esclarecida e que dá brecha para a suspeita de um caso
gay. E por que tanta briga entre Maggie e o esposo? É porque
Brick simplesmente despreza a mulher, assim como toda a família, em
especial o pai, "Big Daddy" Harvey (Burl Ives), com quem nunca teve boa
relação. Bid Daddy está com câncer, não há perspectiva de cura e se
preocupa com a possibilidade de deixar toda sua fortuna para o filho
mais velho, Gooper, que é uma lesma e casado com uma mulher gorda e
chata, e tem vários filhos gordos e chatos. A tensão entre Brick e
Maggie e Brick e Big Daddy abre espaço para discussões diálogos
brilhantes - afinal, o filme é baseado numa peça de Tennessee Williams,
influente dramaturgo da Broadway. Também chama a atenção as
espetaculares atuações de Paul Newman e Liz Taylor e claro, a beleza
inesquecível da atriz.
Frase memorável: "Nós não vivemos juntos, apenas dividimos a mesma jaula"
Nota: 9,5/ 10
3. Uma rua chamada pecado (A streetcar named desire, 1951)
Desejo e loucura. Duas
palavras que descrevem muito bem a potência desse clássico marcado por
personagens à flor da pele e interpretações monstruosas de quatro atores
de duelam com ferocidade em cena para ver quem mostra mais força. São
eles: Karl Malden (vencedor do Oscar de melhor ator coadjuvante), Kim
Hunter (vencedora do Oscar de melhor atriz coadjuvante) e,
principalmente, dois dos maiores nomes do cinema mundial, Marlon brando
(indicado a melhor ator) e Vivien Leigh (vencedora de melhor atriz) como
uma das personagens mais ricas não apenas do cinema, como do teatro
(esta obra é baseada numa peça homônima de Tennessee Williams). As
relações intrincadas de atração e repulsa entre essas personagens são o
motor deste intenso e inovador clássico.
Frases memoráveis: "Sempre dependi da bondade de estranhos" e "STEELLAAAAAAAAA!"
Nota: 10
4. Crepúsculo dos Deuses (Sunset boulevard, 1950)
Crepúsculo dos deuses é
uma grande crítica à própria indústria do cinema e do entretenimento,
um mundo que pode num momento elevar uma pessoa ao céu e, em questão de
minutos, lançá-lo no total ostracismo quando não lhes é mais
conveniente. É isso que ocorre com a Norma Desmond interpretada por
Gloria Swanson. Uma musa do cinema mudo largada no esquecimento após o
advento do cinema falado e que sofre com sua loucura e suas obsessões ao
mesmo tempo em que alimenta fantasias megalomaníacas de uma volta ao
estrelato que jamais ocorrerá. O roteiro de Wilder é fantástico. A forma
como amarra as diferentes circunstâncias que culminam para o grande
final, que é revelado já no início do filme, é de uma inteligência
incrível. O filme é ácido, maldoso e as coisas se desenrolam de uma
maneira ironicamente cruel para todas as personagens. Wilder não se
importa de vê-las sofrer e as castiga pelos seus erros. Filme não só obrigatório como essencial para os amantes do bom cinema.
Frase memorável: "Eu sou grande. Os filmes é que ficaram pequenos".
Nota: 10
5. ...E o vento levou (Gone with the wind, 1939)
Tan tan tan taaan... A música tema da
personagem Scarlett O'Hara (Vivien Leigh) é quase tão icônica quando a
heroína, uma das mais queridas figuras de todo o cinema. Scarlett é
filha de um rico fazendeiro da Geórgia que vê seu mundo virar ao avesso
com o início da Guerra Civil (Guerra de Secessão). A moça, que tinha
dezenas de admiradores aos seus pés e era apaixonada por Ashley Wilkes
vê seus fãs irem para a guerra e seu amado se casar e também ir para a
luta. Ao longo de quatro horas de filme, vemos as mudanças de Scarlett:
de rica à pobre, de dondoca a mulher forte; de ingênua a ser capaz de
matar para proteger a si e a sua família -versatilidade mostrada graças
ao enorme talento de Vivien Leigh, que fez dessa uma das maiores
atuações vencedoras de Oscar. Do outro lado da história, o cafajeste
Rhett Butler (Clark Gable) apaixonado por Scarlett e que tem um enorme
coração por trás da cara de canalha, que luta pelo coração da jovem,
teimosa e ambiciosa O'Hara. Uma dupla que o mundo vê e ama há mais de
setenta anos.
Frase memorável: "Frankly, my dear, I don't give a damn" (Tem que ser em inglês senão perde o efeito)
Nota: 9,5/ 10
Nota: 9,5/ 10
Bônus: De pernas pro ar (2010)
Em defesa das comédias
nacionais, vamos falar desse filme que todo mundo viu, mas não custa
nada rever. Alice (Ingrid Guimarães) é uma executiva cuja carreira
brilhante contrasta muito com seu casamento. Seu marido João (Bruno
Garcia) reclama da falta de atenção à família e também da falta de sexo.
A vida (aparentemente) sob controle dá uma reviravolta quando, no mesmo
dia, ela perde o emprego graças a uma confusão de caixas e João sai de
casa, pedindo um tempo na relação. É depois de se aproximar da sensual
vizinha Marcela, dona de uma sex shop decadente, que Alice encontra
novas ideias para reestruturar sua vida profissional e também pessoal,
derrubando vários tabus a respeito de sexo. Claro que o filme apela
muito para as cenas engraçadas relacionadas a situações e produtos
eróticos, mas também tem um lado romântico bem bonito, embalado pelo som
de Tim Maia.
Frase memorável: "Às vezes eu acho que o mundo é uma imensa suruba e eu não fui convidada".
Nota: 8,0/ 10