Do you know what it means to miss New Orleans?
and miss it each night and day...
I know I'm not wrong, this feeling is gettin stronger
the longer I stay away
Das gratas surpresas que a internet nos traz, filme sempre é uma boa. Ao longo dos últimos anos em que venho me dedicado a apreciar o cinema (infelizmente cada vez menos), não foram raras as vezes em que descobri filmes através de blogs, redes sociais ou mesmo pelo YouTube. Sim, YouTube! E aqui temos um exemplo. Sou grande fã do jazz, apesar de meu pouco conhecimento a respeito. E entre uma música e outra descobri que Louis Armstrong e Billie Holliday, dois titãs da música do século XX, estrearam um filme nos anos 40 sobre a origem do blues e do jazz, embalado por canções incríveis.
O ano é 1917 e estamos na pomposa cidade de Nova Orleans, onde a jovem Miralee Smith (Dorothy Patrick) chega para realizar os planos de sua família de transformá-la numa estrela da música clássica. Miralee tinha muito talento para a ópera e logo consegue a cooperação de um experiente maestro da cidade, Henry Ferber (Richard Hageman), que aceita dirigir o concerto da moça. Mas apesar de sua devoção à música clássica, Miralee se encanta pelo estilo de música que sua empregada Endie (Billie Holliday) vive cantarolando e depois de muita insistência, Endie a leva para o subúrbio da cidade, no animado e mal falado distrito de Storyville, mais especificamente, à rua Basin. Conforme dito no filme, são 38 quadras de corrupção, poluição e degeneração - com um pouco de exagero, claro. Este submundo é onde se concentram casas de jogo, bares, prostíbulos e toda a sorte de pessoas, além concentrar boa parte da população negra.
Na rua Basin, Miralee encontra Nick Duquesne (Arturo de Cordova), jogador profissional que ela havia conhecido quando chegou na cidade. Não é difícil perceber que a moça rica se apaixona por Nick, assim como se apaixona pelo blues que Louis Satchmo Armstrong (interpretado pelo próprio) e sua Happy Dixie Band tocam, improvisando músicas com um excepcional talento. A partir de então, o filme segue um caminho bem clichê: a moça rica e bem nascida apaixonada pelo dono do cassino, o belo casal sofrendo preconceito, bem como o blues é discriminado pela alta sociedade e pelos músicos mais conservadores.
Nota: 9,5/ 10 [graças à música]
Luís F. Passos
Na rua Basin, Miralee encontra Nick Duquesne (Arturo de Cordova), jogador profissional que ela havia conhecido quando chegou na cidade. Não é difícil perceber que a moça rica se apaixona por Nick, assim como se apaixona pelo blues que Louis Satchmo Armstrong (interpretado pelo próprio) e sua Happy Dixie Band tocam, improvisando músicas com um excepcional talento. A partir de então, o filme segue um caminho bem clichê: a moça rica e bem nascida apaixonada pelo dono do cassino, o belo casal sofrendo preconceito, bem como o blues é discriminado pela alta sociedade e pelos músicos mais conservadores.
Do you know what it means to miss New OrleansNew Orleans (1947) é, por seu enredo,um filme bem básico. Uma história simples, sem muitas reviravoltas ou surpresas. No entanto, vale muito a pena assistir por se tratar de um filme sobre a origem do blues e do jazz estrelado por duas das maiores vozes desses estilos: Louis Armstrong e Billie Holliday. As vozes inesquecíveis dos dois embalam o filme em músicas que se tornaram conhecidas como Do you know what it means to miss New Orleans ou The blues are brewin, ou mesmo outras mais simples que não chamam tanto a atenção. E sim, a música é o maior destaque do filme. Digo isso porque o casal de protagonistas, Nick e Miralee, não tem carisma o suficiente para roubar a cena, e claro, porque a história é bem básica, nada de excepcional - o excepcional aqui é a música e quem a canta. "Afinal, Luís, presta ou não?" Presta, gente. Eu que sou chato mesmo.
When that's where you left your heart
And there's one thing more...I miss the one I care for
More than I miss New Orleans
Nota: 9,5/ 10 [graças à música]
Luís F. Passos